sábado, outubro 23, 2004

Arde sem se ver

Acordei numa cama que passou a não me ser estranha desde há uns dias. Elsa beijava-me suavemente as orelhas e fazia deslizar a sua língua pela minha face, humedecendo os meus lábios na esperança de me despertar.
Abri os olhos, tive uma visão linda, Elsa de cabelo apanhado e deslocando os seus lábios na minha direcção. Havia lá coisa mais bela que esta princesa logo pela manhã, tão linda e serena, acariciando-me com a sua sensualidade e tornando um simples despertar em dia de aulas, numa verdadeira celebração de bons dias.
Tinha passado toda a semana na casa dela, desde que voltámos das férias em Palma de Maiorca. Os pais da Elsa continuavam pela Suíça e regressariam no próximo fim-de-semana, estávamos ainda em quarta-feira e teríamos de aproveitar ao máximo estes momentos íntimos.
Elsa era sem duvida a mulher mais sensual, mais apaixonante que eu alguma vez tinha conhecido. Sentia-me cada vez mais atraído por ela, não apenas pelo seu corpo magnífico e beleza deslumbrante, mas igualmente pela sua doce maneira de ser, o seu interior como pessoa espelhava na perfeição toda a beleza exterior que ela possui.
Elsa, tenho de ir para o ISEL, já estou atrasado. – dizia eu baixinho, sem vontade nenhuma.
Já? Espera mais um pouco, meu querido. – puxava-me ela para junto do seu corpo.
Não posso, com muita pena minha. Tenho de deixar tudo preparado para a apresentação do projecto.
Mas não tens de partir para a Madeira apenas no Sábado?
– perguntou ela.
Sim, mas faltam acertar ainda bastantes detalhes.
Fiquei por momentos a olhar para a sua carinha, desejando não ter de ir embora.
És muito linda, sabias? A tua beleza e sensualidade são adocicadas pelo teu carinho e ternura...
Deixas-me completamente louco de paixão, mas tenho mesmo de ir. – acrescentei eu, beijando os seus lábios carnudos.
Levantei-me da cama, arranjei-me à pressa e fui de imediato para a faculdade.
O ambiente no ISEL continuava de grande tensão, tudo teria de estar preparado antes de Sábado e as tarefas pareciam nunca mais acabar. A engenheira Isabel chamou-nos ao seu gabinete, local onde tinha passado óptimos momentos da sua companhia e partilhando a sua intimidade.
Acertávamos os últimos preparativos antes de arrumarmos e selarmos o nosso projecto num caixote. Esse fim não estava próximo, tivemos de passar dia e noite de volta daquele trabalho a modo de o colocarmos completamente funcional a tempo da exposição, na Gala de Novos Criadores que este ano iria decorrer no Funchal.
Os três dias que nos separavam do grande acontecimento passaram num instante, não havia mais tempo para editar o projecto feito por nós e apenas esperávamos que tudo nos corresse bem e fizéssemos boa figura.
Estávamos no Aeroporto de Lisboa, à hora marcada. Eu e o Luizinho aproveitámos a boleia do pai do Alexandre que amavelmente nos trouxe do Barreiro. A bela engenheira Isabel já nos aguardava no terminal de embarque, tinha ido mais cedo para tratar do envio do nosso projecto no mesmo voo, um pequeno robot.
Éramos uma comitiva de quatro pessoas, bem liderada pela nossa engenheira da cadeira.
Chegámos antes da hora de almoço ao Funchal, foi óptimo assim, sempre tivemos a sorte de saborear uma maravilhosa refeição no hotel.
Fomos recebidos calorosamente pelas gentes desta terra. No restaurante do hotel encontravam-se outros alunos de diversas faculdades de engenharia acompanhados pelos seus professores, no entanto, nós éramos dos poucos grupos com sorte por termos uma bela engenheira responsável por nós. A confraternização era excelente, até mesmo entre engenheiros e alunos.A refeição terminou e levaram-nos a conhecer o Funchal. Algumas meninas prestavam-se de guias e enfeitavam as beldades exteriores que íamos observando com as suas palavras, havendo ali naquele autocarro turístico muito engenheiro babado.
Connosco, seguia também uma jornalista, uma bela rapariga de longos cabelos castanhos nos seus vinte e poucos anos. Eu desconhecia que aquele evento de jovens criadores pudesse despertar tanto interesse à impressa, ainda mais a um jornal matinal de grande tiragem, fazendo-se representar por esta jovem atraente.
Enquanto passeávamos nas floridas ruas do Funchal, ela fazendo as suas entrevistas aos engenheiros responsáveis pela gala e no regresso ao hotel, aproximou-se do meu grupo de trabalho.
Olá rapazes! Estou a ver que são do ISEL, muito bem.
Chamo-me Daniela e gostava de falar um pouco convosco.
– disse ela.
Talvez mais logo, temos de preparar melhor a nossa apresentação. – respondeu o Alexandre.
Está bem, não vos roubo este tempinho. – desculpou-se ela.
Não, espera. As coisas já estão prontas.
Penso que uma pequena conversinha não fará mal a ninguém nem ao projecto. – intrometi-me eu.
Olhá lá isso... – dizia o Alexandre, olhando para o relógio.
Tem calma, não te enerves.
Vão lá estudar a vossa parte que eu trato da minha mais logo
– acrescentei, sorrindo.
Como fica então? Se estiver bem assim para vocês...
O Alexandre e o Luizinho subiram para o quarto e fiquei na entrada do hotel com a Daniela.
João, podemos ir para o bar, se não te importas. – disse a Daniela, levando-me para lá.
Bebemos alguns copos de sumo, numa mesinha do bar, enquanto ela ia fazendo a sua entrevista. As nossas palavras eram registadas num gravador que ela tinha posto em cima da mesa e as suas mãos folheavam constantemente um bloco de notas.
Algumas perguntas ultrapassavam em muito o campo científico e o interesse pelo motivo que me tinha trazido à ilha da Madeira, chegavam a tocar na intimidade e eram um pouco indiscretas para a ocasião. Disse tudo o que a jornalista quis saber, não escondi nada, apesar de achar certas questões fora do contexto, mas desconfiei que essas respostas ela fosse guardar só para ela.
A entrevista prolongou-se por bastante tempo, parecia quase um interrogatório policial. O Alexandre telefonou-me entretanto e tivemos de ficar por ali com a nossa conversinha.
Antes de ir ter com os meus colegas, Daniela perguntou-me se poderia jantar e assistir à gala dessa noite na nossa mesa de jantar, de imediato aceitei e fiquei de lhe dar o resto das respostas que ela necessitasse nessa mesma ocasião.
Entrei no quarto do Luizinho, onde estavam a discutir a melhor maneira de apresentar o projecto, a engenheira Isabel já me esperava e ficou pouco contente de eu desperdiçar tempo precioso em entrevistas, e mais gravoso ainda, sendo a jornalista uma morena possuidora de uma grande beleza exótica.
Desculpa Isabel, logo compenso-te. – disse para ela, sem os meus colegas a assistirem.
Ora, João! Temos de manter as formalidades, eles podem ouvir! – interrompeu-me.
Não te preocupes, eles estão demasiado preocupados e entretidos com o trabalhão que lhes destes. – acrescentei, passando uma mão no seu belo rosto.
Espera... vamos para o meu quarto. Lá estaremos mais à vontade.
Acho que preciso de uma massagem para relaxar, também estás qualificado nessa matéria ou terei que te chumbar? – brincava Isabel comigo.
Uma massagem? A menina anda a exigir demais dos seus alunos.
Vamos, anda. Aparece lá daqui a cinco minutos.
– finalizou a engenheira, saindo depois do quarto.
Falei com eles, ia-me ausentar novamente do trabalho, desta vez para prestar assistência técnica à engenheira Isabel. Como esperado, a reacção deles não foi a melhor...
Vais o caralho! Já me estou a passar contigo. – gritava o Alexandre, todo alterado.
O sistema nervoso do rapaz ainda se estava a restabelecer depois dele ter levado um tiro no cú, dois meses antes, e toda aquela ansiedade provocada pela eminente exposição do projecto não lhe estava a fazer bem.
Acalma-te, foda-se! pareces uma gaja com falta de pau e comichão no grelo. – tive de lhe levantar a voz.
Não me demoro, vou discutir uns pormenores do trabalho com a engenheira.
Até já, volto daqui a pouco.
– despedi-me deles.
Isabel deixou a porta do seu quarto entreaberta, entrei surrateiramente e fiz-lhe companhia na cama. Trocámos uns beijos calorosos e algumas carícias. A minha bela engenheira estava tensa, pediu-me que lhe fizesse uma massagem nas costas e satisfiz a sua vontade. Comecei calmamente pelos ombros, humedecendo a sua pele com os meus lábios, antes de passar com o calor das mãos. O seu corpo reagiu de imediato, libertando um calor imenso, começando ela a suspirar a cada toque mais provocante que lhe ia dando.
Tinha de preparar a apresentação do projecto, não poderia deixar aquele fardo somente entregue aos meus colegas. Isabel também sabia disso e como responsável pelo nosso trabalho, pediu-me que parasse e continuasse a massagem noutra altura, combinando um novo encontro naquela noite na intimidade do seu quarto.
Espera, João!
Estou a adorar, mas tens de ir preparar o trabalho...
– disse ela, soltando um pequeno gemido.
Temos tempo, preparei a minha parte em casa. – interrompi-a eu.
Mas não está correcto, eu prender-te aqui e deixares os teus colegas sozinhos. – acrescentou Isabel.
Fico mais um pouco, deixa-me antes tratar de ti. – olhando nos seus olhos e fazendo deslizar a minha mão entre os seus belos seios e parando no clítoris.
Ai...! Pára, não podemos agora! – dizia ela, soltando uns gemidos.
Queres que pare? – perguntei eu, brincando com os dedos no seu clítoris.
Sim... Tens o trabalho...
Cheguei a minha boca junto do seu ouvido.
Sim? Queres mesmo que pare? – disse eu baixinho, estimulando com mais força o seu clítoris e arrastando a outra mão sobre o seu seio.
Sim...
Sim? – voltei a sussurrar-lhe, mordendo suavemente a sua orelha.
Isabel ficou sem palavras, apenas lhe escutava uns suaves gemidos...
Não... Não pares! – começava a Isabel a deixar-se levar pela excitação.
Os seus lábios beijaram os meus e beijei a minha doce engenheira até ela se vir. Não levou muito tempo para que isso acontecesse, ela estava bastante excitada e foi maravilhoso ver o seu belo sorriso e cara de satisfação quando nos despedimos.
O tempo passou a correr, era finalmente hora de jantar. A apresentação dos projectos pelos alunos estava marcada para a ceia, naquele mesmo salão nobre do hotel.
Daniela sentou-se na nossa mesa, criou-se de imediato um certo à vontade da jovem jornalista com todo o grupo. A engenheira Isabel tecia rasgados elogios dos seus pupilos e o gravador que acompanhava a Daniela por todo o lado ia captando toda a nossa conversa.
Reparei mais tarde, quando nos levantámos da mesa de jantar para ir apresentar o nosso projecto à vasta assistência, que esse mesmo gravador se encontrava desligado e sem cassete lá dentro, algo estranho mas que me passou completamente despercebido na altura.
A apresentação foi um sucesso, o nosso robozinho motorizado comportou-se na perfeição e respondeu correctamente a todos os estímulos da nossa voz, deixando toda a plateia rendida às suas capacidades.
Regressámos à mesa, a engenheira agradeceu a colaboração de todos nós e compensou-nos com o calor dos seus lábios. O Alexandre e o Luizinho coraram de imediato e quase se vinham, não era todos os dias que uma bela mulher os beijava. Daniela também gostou do que viu, tanto que arrastou a sua mão por debaixo da mesa de encontro à minha perna. Foi avançando lentamente pela minha coxa, do joelho para a virilha, massajando cada pedaço de mim e ia contando com a minha cumplicidade. Estava a gostar, a sua mão ali agradava-me, mas havia qualquer coisa no meio de toda esta situação que não batia certo. Esta bela jornalista estava a avançar depressa demais, tocava na minha intimidade de maneira indelicada, sem esperar pelo meu consentimento, fazendo-me sentir usado.
Entretanto, recebi uma chamada, a sua mão parou na minha virilha.
Concentrei toda a minha atenção no telemóvel, era a minha Elsinha que me ligava.
A sua voz doce relaxou-me e fez-me aproximar dela, mas senti mais que nunca a sua falta. Era a mão dela que eu gostaria de ter sobre a minha perna e não a desta ilustre desconhecida.
Desliguei a chamada e sussurrei ao ouvida da Daniela para que tirasse a mão de cima da minha perna. Ela ficou relutante em aceitar, mas acabou por me largar segundos depois.
A gala de apresentações continuou sem mais sobressaltos, quando a mesma terminou, subimos aos quartos. Isabel foi ter com os seus colegas engenheiros e mandou-me uma mensagem pedindo que fosse ter ao seu quarto naquela noite. Não sabia se haveria de ir, o simples escutar da voz da Elsa momentos antes tinha sido suficiente para me afastar da tentação das outras mulheres, pelo menos naquela noite. Daniela acompanhou-nos até ao corredor dos nossos quartos e esperou junto de mim que o Alexandre e Luizinho entrassem nos seus respectivos quartos. Ela queria entrar no meu quarto, com o pretexto de querer falar um pouco mais comigo sobre o projecto. Era tarde, disse-lhe que não estava com a mínima disposição para falar sobre aquilo e que me procurasse no dia seguinte. A atraente jornalista continuava a insistir para que a deixasse entrar, parecia desesperada para me arrastar lá para dentro, o seu estado actual de ansiedade chegava a ser patético e não coincidia com a sua beleza.
Algo nela me fez recuar e não partir para mais uma aventura sexual, e não apenas o que sentia pela Elsa era usado como único pretexto para acalmar as minhas hormonas. A forte persistência da Daniela acabou por me cansar e perdi a pica de a comer.
Despedi-me dela, com dois beijos na cara, abri então a porta do meu quarto. Antes de rodar completamente a maçaneta da porta, senti a sua mão na minha braguilha. Estava de costas para ela, não consegui evitar a aproximação brusca dela. Talvez fosse este o seu último acto de desespero, já que não me conseguia levar para a cama com falinhas doces, agarrava-se logo ao caralho e espera que a minha reacção fosse a mais natural possível de um gajo esfomeado por cona.
Mas tudo o que é demais e contra nossa vontade torna-se maçador e inconveniente, se tivesse sido noutra noite e com outro ambiente, talvez a levasse ao castigo, naquela noite ficaríamos por ali.
Daniela, tira daí a mão. – disse eu, calmamente.
Então, João? Onde está o belo rapaz promíscuo que costumas ser? – perguntava ela, massajando-me a gaita.
Promíscuo?! Que mais sabes tu de mim?
Nada... – levou ela algum tempo a responder, abrindo entretanto o fecho das minhas calças.
Explica lá isso melhor! – começava eu a passar-me.
Calma João... fazia ela escorregar uma mão para dentro das minhas cuecas.
Voltei a fechar a porta do quarto e virei-me de frente para ela.
Não calma nada. E tira já daí a mão, foda-se! – gritei eu, agora um pouco alterado.
Está bem, tu é que sabes. – disse ela, em tom de despedida e com cara de desilusão.
Largou-me o caralho e foi embora para o seu quarto, a três portas de distância do meu.
Entrei rapidamente no meu quarto, não fosse ela voltar atrás e decidida a querer acabar aquilo que tinha começado. Confesso que me senti assustado e nada confortável naquela situação. Deitei-me na cama, ainda vestido, por lá fiquei durante uns minutos, reflectindo e tentando relaxar.
Tomei um duche e voltei para a cama, enrolado na toalha e secando o cabelo com as mãos.
Estava imenso calor naquela noite, antes de cair no colchão tinha aberto uma janela do quarto e permaneci deitado a olhar para o tecto, despido por cima dos lençóis e apenas com uma toalha de banho enrolada na cintura.
O telemóvel tocou, quem seria a uma hora destas?!
Deixei o telemóvel tocar, já tinha falado com a minha Elsinha naquela noite e mais nenhuma outra gaja me interessaria, queria mesmo era dormir. O voo de regresso a Lisboa estava marcado para o início da tarde seguinte, não teria de acordar cedo, mas estava extremamente cansado daquele dia agitado.
Fechei os olhos e tentei deixar-me levar pelo sono, queria mesmo adormecer.
Estava difícil, o telemóvel voltava a tocar. Atendi desta vez, era a minha amiga Filipa.
Não falava com esta loirinha linda desde o aniversário do Luizinho, numa festa em casa dele.
Olá João, desculpa se te acordei.
Não, loirinha. Tinha acabado de me deitar.
Estás bom? E por onde andas? – perguntou ela.
Muito bem. Vim apresentar um projecto do ISEL ao Funchal.
Estás sozinho agora? – continuava ela a perguntar.
Sim...
Continuámos a nossa conversinha. Estava ensonado, mas escutava com satisfação a voz dela.
Sabes, hoje lembrei-me de alguns bons momentos que passámos juntos.
Sinto falta desses tempos, João. Que foi que nos aconteceu?
– dizia ela.
Não sei bem linda, ainda hoje não percebo como tudo acabou.
Talvez tenha faltado mais entrega, mais paixão, gostávamos um do outro mas não nos amávamos.
– acrescentei, recordando na minha mente alguns desses bons momentos.
A nossa conversa acabou por ultrapassar as formalidades, entrando com naturalidade numa cumplicidade extrema. As nossas palavras eram agora empregues de modo carinhoso e mesmo sensual, tendo a sua finalidade bem definida.
João... Deixa-me entrar nessa cama e sentir-te junto de mim.
Será? Que farias se eu te deixasse?
– perguntei eu, despertando o meu corpo.
Beijava a tua boca e descia com os meus lábios pelo teu pescoço...
Parece-me tentador, já seria um bom começo.
– interrompi a Filipa, sorrindo.
Lambia o teu peito, todo o teu corpo... Ai que saudades! – continuava ela.
Apetecia-me estar novamente com ela, tocar-lhe no corpo e sentir o seu calorzinho outra vez. O seu doce tom de voz reanimou o meu corpo, senti-me mais relaxado e também feliz. Filipa começou a aquecer, a sua voz tinha-se alterado tal como a respiração. Senti novamente a sua chama acesa e revivemos alguns bons momentos passados muitos meses antes, a minha voz estimulava o seu corpo e o seu calor excitava-me cada vez mais. Ela estava ainda deitadinha na cama e começou a tocar-se, conseguia ouvir as suas mãos a vaguearem pelo seu corpo e os seus gemidos, ainda esporádicos, começavam a aparecer. Recostei-me na cama e acompanhei a sua excitação, também eu me masturbava sentindo a sua presença próxima de mim, apesar da distância que nos separava. A loirinha estava super excitada, o seu corpo completamente a ferver pouco aguentou os seus toques amorosos, veio-se e fez-me vir com ela. Foi bom, um tipo de calor diferente claro mas não deixou de ser agradável. Desliguei o telemóvel, limpei-me na toalha que tinha lançado para o chão e tentei adormecer.
Tinha desligado a chamada há cerca de meia hora, continuava sem adormecer, muito por culpa de toda aquela excitação vivida momentos antes e que agora me despertava um desejo carnal. Se ainda encontrasse a rejeitada Daniela perdida pelos corredores do hotel, que lhe faria? Agora, certamente não escaparia ao castigo.
Levantei-me da cama, vesti um roupão e fui bater na porta do quarto da engenheira Isabel.
Ela estava a dormir, levou algum tempo para me abrir a porta, mas quando o fez, puxou-me de imediato para dentro e deitou-me na sua cama. Os nossos corpos ferviam, acariciava os seus seios e beijava o seu pescoço, enquanto Isabel me despia o roupão.
O momento estava escaldante, a excitação era cada vez maior, mas um pensamento baralhou-me por completo. Uma memória muito recente de algo belo, comecei a recordar o sorriso da Elsa, a sua face, os contornos do seu corpo e a sua voz doce sussurrando-me palavras doces ao ouvido... Tudo aquilo foi demais, não poderia continuar a acariciar a Isabel pensado na Elsa. Tinha a minha enfermeirinha controlando a minha mente em detrimento da engenheira que ia perdendo o controlo sobre o meu corpo.
Pára. – como me custou dizer esta palavra.
Isabel não ouviu, pronunciei-a num tom muito baixo.
Pára, Isabel. Estou apaixonado por outra pessoa. – voltei a repetir.
O que disseste, João? – começava ela a prestar atenção nas minhas palavras.
Desculpa, gosto de outra pessoa e não podemos continuar.
Como? E dizes-me isso agora?!
Desculpa...
E já agora, quem é ela? – perguntou Isabel.
A Elsa.
Descobri-o agora neste momento, gosto mesmo daquela miúda.
A engenheira ficou magoada, saiu de cima do meu corpo despido e sentou-se a meu lado na cama.
João, se estás apaixonado por ela, que fazes agora na minha cama?
O silêncio tomou conta da conversa por alguns segundos...
Exacto! Que faço eu aqui?! – questionei-me eu próprio.
Voltei a vestir o roupão e despedi-me da Isabel, beijando-a na cara e passando a mão pelo seu cabelo loiro.
Finalmente no meu quarto, adormeci mal caí na cama, tinha encontrado a paz de espírito que tanto necessitava.
Na manhã seguinte foi uma correria. Não consegui acordar com o despertador e fui acordado pela senhora das limpezas.
Tínhamos o voo de regresso marcado para o principio da tarde, arrumámos as malas, fizemos o check out no hotel e um autocarro levou-nos rapidamente ao Aeroporto do Funchal.
Vinham outros alunos e engenheiros no mesmo voo que nós, a azafama era grande e a coordenação de tanta gente era uma tarefa complicada. Não tinha tido mais noticias da Daniela, simplesmente desapareceu da minha vida tão rapidamente como tinha entrado, ainda agora não percebo qual seria a ideia dela.
Finalmente chegámos a Lisboa, fui levantar as minhas malas e sabia que teria boleia para casa. O Alexandre estava estranho, passou toda a viagem calado e apenas com um sorriso parvo na cara, o cabrão deveria ter tido sexo na noite passada... seria com quem estaria a pensar? Penso que não, acho que a Daniela não estaria assim tão desesperada. Não ao ponto de se ir entregar nos braços do próximo homem que lhe abrisse a porta do quarto e a deixasse partilhar o seu leito.
Mas algo se passava de diferente com o rapaz, recusou a boleia do pai para ir para casa e disse que já estava servido de boleia. O Luizinho ficou apreensivo, pensava que a sua boleia tinha sido cancelada, mas o Alexandre assegurou-lhe que também tinha arranjado quem o levasse a casa. Ele concordou de imediato e sorriu matreiramente para o Alexandre. Muito misteriosos andavam estes gajos, mas caguei nisso e fiquei feliz por eles, poderia ser que fossem descontrair um pouco depois de tamanha carga de trabalho.
Despedi-me deles e da Isabel, a loirinha corou quando lhe dei dois beijos na cara, junto dos seus lábios, senti uma pequena dentada sua no meu queixo e depois a suavidade da sua língua. O Alexandre e o Luizinho estavam por perto, não dava para darmos muito nas vistas e ficámos por ali.
A Elsa foi-me buscar ao Aeroporto, a minha linda já esperava por mim no seu carro.
O Alexandre e o Luizinho ficaram bem entregues às suas sortes, num recanto qualquer e prometeram telefonar-me mais tarde.
Chegámos a casa dela, ainda antes da hora de jantar.
Estava cheio de saudades do seu corpo, do seu calor e da paixão que sinto quando o acaricio.
Apesar do momento de grande ansiedade, fazemos sempre os possíveis para fazer amor sem stress e rodeados do ambiente ideal. Esta noite não seria excepção. Ainda era relativamente cedo, não estava assim tão cansado da viagem e teríamos todo o tempo inimaginável pela frente.
Tomámos um banho relaxante, banhando cuidadosamente um ao outro para nos libertarmos das tensões do nosso dia. Entrámos no quarto, ainda de toalha enrolada nos nossos corpos. Tinha sido decorado, o ambiente assemelhava-se a um harém de modo a estimular os nossos sentidos. Elsa tinha preparado com dedicação cada pormenor do seu quarto, acendeu algumas velas, espalhou um perfume aromático no ar para lhe dar um toque ainda mais sensual, enquanto eu ia passando as mãos por algumas pétalas de rosa espalhadas pelo quarto. Seleccionou um som calminho e pô-lo a tocar, Mandalay, para combinar com a nossa disposição. Tínhamos já todos os nossos sentidos bem apurados, ainda muito antes do nosso jogo de amor começar.
Sentámo-nos de pernas cruzadas sobre a cama, eu deslumbrava-me com o efeito que a luz do candeeiro fazia no seu belo corpo, ficando cada vez mais apetecível. Apenas então, senti que algo estava a crescer entre nós, começava a ficar de pau feito.
Não queria apressar nada, nesta noite, estava disposto a continuar até quando ambos quiséssemos.
Curvámos os nossos corpos ao encontro do outro, tocámos no coração um do outro e sentimos a energia imensa que nos comandava naquela noite. Passei-lhe a mão na testa e suspirámos...
Trocámos palavras doces de amor, levando apenas os lábios ao encontro do ouvido um do outro. O calor intenso que se espalhava do meu coração para o resto do corpo sugeria que toda aquela paixão contida iria brevemente explodir. Tanta energia sexual que me corria pelas veias e pouco nos tínhamos tocado ainda.
Elsa pediu-me por uma massagem sensual, primeiro com uma luva de pêlo de coelho e mais tarde com um óleo relaxante. Não tínhamos o tempo contra nós, então toquei-lhe docemente e muito calmamente em cada pedacinho do seu corpo. Os seus gemidos iam confirmando como ela estava a gostar da minha atenção. Ela vibrava de paixão, uma poderosa energia orgásmica percorria todo o seu corpo.
O meu estado alterou-se, não estava somente na expectativa e aguardando pela Elsa, passei a mão suavemente pela sua vagina uma ou duas vezes.
A música levava-nos ao nosso próprio estado de transe, sem nada para nos incomodar, apenas escutando Mandalay e o som dos nossos corpos. Continuei com as carícias pelo seu corpo, muito depois de ela pedir por mais. Ela deixara-se levar pelo momento e contorcia o seu corpo nas minhas mãos, confiando nos meus toques.
Elsa imploro-me que me tocasse, como poderia eu recusar-lhe? Ela arranhou suavemente o meu corpo com as suas unhas, beliscou e massajou calmamente até eu estar completamente relaxado e deliciado com os seus toques.
Quando ela colocou a sua boca na minha gaita, pensei que viesse com a mais leve e subtil lambidela. Mas ela sabia o que fazia, avançou calmamente para apreciar completamente cada momento. Estávamos ambos sentindo tudo tão profundamente com todos os nossos sentidos despertos, não apressando nada um futuro orgasmo.
Eu respirava fundo, relaxei, e fazia circular todas aquelas sensações maravilhosas para longe dos meus genitais. Sabia que qualquer outra parte do meu corpo não poderia ejacular, mas sentia nos pés, no peito e na cabeça um calor intenso como se estivesse a vir-me desses pontos. O intenso impulso acabou por acalmar e consegui relaxar enquanto a Elsa me estimulava a gaita. Estranhamente, quanto mais devagar ela estimulava, mais fortes eram as sensações. Não queria que isto acabasse nos próximos segundos, desejava que isto se prolongasse durante horas.
Passado bastante tempo, de gaita dentro da boca da menina, virei-me e tratei de lhe estimular os sentidos da mesma forma que ela tão bem tinha feito comigo. Toquei, beijei e lambi delicadamente a sua vagina, agora bem molhada. Ela teve orgasmos múltiplos com o toque dos meus dedos e depois com a minha língua, cada um deles mexendo comigo por dentro. A sua energia fez-me querer vir com ela. Encurralei a gaita entre as minhas pernas e lá permaneceu dura como pedra, enquanto a Elsa continuava gemendo e lançando o seu calor sobre o meu corpo.
Coloquei a minha boca mesmo no meio das suas pernas, era como se ela estivesse bombeando prazer para dentro do meu corpo. Estávamos ambos bastante excitados e gemendo com tanto prazer que poderíamos ter continuado os preliminares durante toda a tarde, mas como poderia eu resistir a tanta tentação, quando a bela Elsa agarrou no meu cabelo e encostou os seus lábios no meu ouvido...
João, quero-te dentro de mim! – disse ela entusiasmada, mordendo a minha orelha em seguida.
Em vez de lhe saltar logo à animal para cima como as minhas hormonas estavam exigindo, subi calmamente com a boca pelo seu corpo e penetrei a sua vagina. Devagar, devagarinho eu me movia, não tanto para a provocar, mas para apreciar cada pedacinho do seu corpo com intenso prazer e merecida atenção. Com todos os nossos movimentos subtis, conseguimos sentir as pequenas explosões orgásmicas de cada um, semelhantes a poderosos espasmos de um orgasmo mas sem nunca nos virmos.
Parecia que tinha passado uma eternidade desde que caímos na cama e desenrolámos as toalhas dos nossos corpos. Continuava a penetrar a Elsa, agora sentado de pernas cruzadas sobre a cama e ela aninhada no meu colo. As nossas vibrações mexiam completamente com os nossos corpos, tentámos permanecer imóveis, mas as vibrações internas simplesmente nos atraíam cada vez com mais força. Aqueles espasmos que se espalharam pelos nossos corpos eram tão maravilhosos que os deixámos percorrer normalmente o seu caminho, fazendo-nos sentir prazeres até então por descobrir e cada vez mais intensos.
Á medida que conseguia acalmar o meu corpo, de modo a não ejacular, comecei novamente a penetrar a Elsa, tomando ela agora conta dos movimentos. Parecia que o prazer resultante de cada movimento era tão intenso que me poderia ter vindo após qualquer um deles e ficado sexualmente satisfeito, mas tentaria prolongar o máximo possível aquele momento.
Elsa aumentava consideravelmente o ritmo, abraçada a mim e colando os seus seios na minha cara, tentava chegar cada vez mais abaixo no meu colo, sendo a penetração mais profunda. Íamos variando de ritmo, retomávamos algum fôlego, começávamos rapidamente e depois as penetrações iam sendo mais lentas e profundas, controlando a ansiedade e excitação de cada um.
Após cada ascensão a um ponto mais alto de excitação, conseguia controlar-me e a mesma excitação baixava a pique. Depois de um breve momento de relaxamento, recomeçava a penetrar a bela Elsa sem explodir de prazer, estava extremamente motivado a prosseguir com este prazer extremo durante toda a noite.
Chegámos, por fim, a um ponto sem retorno, estávamos bem sincronizados e caminhando para um desfecho mais que aguardado. Cada vez que tentava relaxar o meu corpo, sentia na gaita as poderosas contracções da Elsa. Estávamos demasiado ocupados desfrutando cada momento para nos importarmos há quanto tempo estávamos naquilo e com qualquer outra coisa que nos rodeasse, a não ser nós próprios.
O prazer era infinito, viemo-nos ruidosamente, fazendo vibrar os nossos corpos.
Continuava a tocar o CD de Mandalay, passando agora pela terceira vez na última faixa do mesmo.
Abraçámos os nossos corpos encharcados em suor, exaustos, trocámos carícias e adormecemos.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

tl,dr hehehe

[]

7:30 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

second :3

12:35 da tarde  

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