sábado, julho 17, 2004

Festa da foda na faculdade
 
Sou bruscamente acordado pela minha mãe, esta merda começava mal.
Que queres, mãe?
Acorda, telefonema para ti...
E da próxima vez diz aos teus amigos que eu não tenho cara de ser tua secretária.
– refilava ela.
Peguei no telefone, ainda ensonado, e mandei-a sair do quarto.
Quem fala? – perguntei eu.
Sou eu, o Zé!
Ah sim, tu. Que queres a estas horas, caralho?
Estas horas?! São quase cinco da tarde.
– respondia ele.
Então não é de manhã? Foda-se, mas que dia é hoje?
Sinceramente não sabia às quantas andava, apenas me recordei do que tinha feito anteriormente quando olhei para o chão do quarto e vi e a roupa espalhada. Era a mesma que trazia vestida naquela manhã, quando voltei da Serra da Arrábida.
Um gajo deitar-se às horas de almoço e acordar a meio da tarde, origina esta sensação de desnorteado. Nem seis horas tinha dormido, mantinha os neurónios ainda a ressonarem.
João, deixa de ser parvo. Tenho uma novidade para te contar. – disse o Zé, todo contente.
Imagino... Ganhaste a lotaria e queres dividir isso comigo.
Não, bem melhor. Conheci a mulher da minha vida...
Passámos esta noite na praia dos Coelhos, foi espectacular.
Engraçado, estive na praia ao lado, na Figueirinha...
Então?
– perguntou o Zé.
É uma longa história, depois conto-te. – finalizei eu.
Desligámos a chamada mas antes combinámos um cafezinho para aquela tarde, numa esplanada do Barreiro.
Levantei o cú da cama e tratei de vestir qualquer merda para ir ter com o Zé.
Saí de casa sem tomar banho nem me pentear, simplesmente não estava com paciência para essas mariquices.
Tinha uma nova mensagem no telemóvel, era da Elsa.
Mais uma vez me alertava que o Alexandre tinha fugido do Hospital e que ainda ninguém sabia nada dele. Foi então que me lembrei desse gajo, talvez ele tivesse ido para casa mas com a pedrada que estava naqueles cornos, devido aos analgésicos que lhe deram para as dores no cú, o mais certo seria ter ficado a dormir nalguma esquina perto do Hospital.
Cheguei ao Clube Naval, uma esplanada no Barreiro, bem frequentada e com vista para o Tejo.
O Zé já lá estava, todo sorridente.
Estou a ver que deste uma foda ontem à noite. – comentei eu, na brincadeira.
Não... Fiz amor com uma menina linda!
Aquilo prometia, ele não só estava contente como também falava bem dela.
O Zé estava impaciente para me contar a sua aventura, se fosse gaja, ele estaria certamente com o pito aos saltos. Bebemos duas imperiais cada um e no início da terceira, o Zé acabava de me contar a sua noite inesquecível, com todos os detalhes.
Agora que ele estava sem namorada, tinha sido promovido a companheiro putanheiro de engates, mas o cabrão dizia que estava apaixonado por outra menina, a Mónica.
Desde que a Paula e eu acabámos, passei uns tempos na merda e reduzido às punhetas.
Não conseguia gostar de outra rapariga, agora com a Mónica, tudo mudou e sinto-me realmente feliz.
– acrescentou ele.
Pensei que aquilo tivesse sido somente uma foda de vaza colhão, por ele andar esfomeado, mas na verdade até parece que foi dada com sentimento e o Zé ficou completamente apanhado por ela.
Não querendo quebrar a sua alegria, contei-lhe o que tinha ido fazer à Arrábida depois de ele me deixar na porta do ginásio. Ficou triste por saber que a Patrícia andava novamente a monte mas reconfortou-me e fez-me entender que talvez tivesse sido o melhor para mim.
Fiquei mais calmo, aquilo que uma conversa com um amigo e três imperiais fazem a um gajo.
Depois de tanta conversa, eram horas de jantar e fomos para casa. Telefonei para a Diana, não falava com a minha doce loirinha desde a manhã, quando ela me levou a casa. O cheiro do seu corpo ainda permanecia no meu, como ela estava tão próxima de mim e ao mesmo tempo tão distante. Não somente pela distância que nos separava mas também por todo o meu envolvimento com a sua irmã.
Foi um telefonema triste, decidimos esquecer o que tinha acontecido entre nós naquela manhã e continuar somente como bons amigos, mas como daria para esquecer tal corpinho, tão bela carinha e mais difícil ainda, o calor dos seus beijos.
Sentia-me triste mas um pouco aliviado, não queria misturar o que sentia pelas duas irmãs numa só.
Cheguei a casa, à boleia com o Zé, cansado e triste, acabei por não jantar.
A minha mãe tinha uma novidade para me contar, não estava com paciência para a ouvir e dirigi-me para o quarto, até que ouvi o nome Alexandre. Parei para escutar o que ela tinha para me dizer e foi então que fiquei a saber que o Alexandre tinha sido encontrado a dormir à porta dum café nas imediações do Hospital e foi de imediato levado para lá.
Era menos uma dor de cabeça para mim, sabendo agora que o meu amigo estava de novo sob cuidados médicos.
Fui dormir, era a terceira vez que me deitava sobre um colchão naquele mesmo dia.
 
Cinco dias passaram...
Finalmente chegava a sexta-feira, após dois exames pelo meio da semana. Tinha-me livrado da faculdade naquele semestre, os exames já faziam parte do passado e agora começavam as festas académicas.
O dia permanecia numa pasmaceira, apenas quebrado pela infalível punheta matinal de bons dias ao caralho e tinha também ido buscar o meu carro à oficina.
Jantei e fui sair com os amigos, infelizmente, o Alexandre ainda estava de cama mas agora em casa.
Já não me reunia com todos estes gajos, faziam agora quase duas semanas, os exames e as noites passadas de cona em cona, deixavam uma janela pouco aberta para o convívio entre amigos.
O Rui, sentado ao meu lado direito, recebeu um telefonema dum amigo dele que é Relações Publicas duma agência de modelos e nos convidou para uma festa no Blues Caffe.
Aceitámos o convite, para mais, entrar numa respeitada discoteca de Lisboa e de borla, era bom demais para se recusar. Lá íamos nós para as Docas, o caminho não é muito longo mas o Zé estava com ideias de levar o seu novo apêndice, a menina Mónica.
Ela também vai, caralho! – insistia o Zé.
Este gajo deveria estar parvo...
Iam quatro gajos para uma discoteca bem frequentada por cona fina de Lisboa e ele a querer levar uma empata fodas. Gerou-se alguma polémica sobre a inclusão da Mónica no grupo de engate.
Epah... vejam lá isso. – tentava o Luizinho amansar a situação.
Quando tu vais à praia, o que é que tu nunca levas? – perguntei eu, ao Zé.
Sei lá, foda-se. Que merda de pergunta é essa agora?
Responde lá, caralho. Podes levar de tudo, excepto uma coisa.
– acrescentei.
O Zé não estava a chegar lá nem a perceber porque lhe perguntava aquilo...
Não sei, diz lá. – respondeu ele.
É a areia... Tal como quando vais para uma discoteca, não levas gajas porque já há lá muitas.
Acho que ele ainda não tinha percebido na totalidade o que lhe acabara de dizer.
Foda-se, essa foi muito à frente. – metia-se o Rui ao barulho.
Poucos minutos depois, estávamos em frente à casa da Mónica, esperando por ela.
Como iam dois carros para Lisboa, achei por bem levar mais uma amiga connosco para equilibrar as coisas. Telefonei para a Cátia, uma amiga linda pela qual tenho muita estima.
Agora na presença das meninas, seguimos para as Docas, onde toda a emoção nos esperava.
Passava meia hora da meia-noite, aproximámo-nos da entrada do Blues Caffe.
Estavam dois gorilas na porta que nos olhavam de alto a baixo, na esperança de nos barrarem a entrada.
Boa noite, hoje só com cartão de cliente. – disse um dos gorilas.
Nós fomos convidados a vir cá hoje... – dizia o Rui, sendo interrompido por um deles.
Vocês aqui não entram, tu e os teus amigos vão brincar com as pilinhas e desapareçam daqui.
Sim, a não ser que queiram passar por cima de nós.
– começava o outro também a cagar sentenças.
Estávamos a ficar fartos destes gajos, não eram ninguém na vida e comportavam-se como se fossem donos da discoteca. O Rui ligou para o seu amigo Relações Publicas, que já se encontrava dentro do Blues Caffe. Pediu-lhe que viesse à entrada, para resolver a situação.
Ele chegou lá segundos depois e perguntou porque é que nós ainda estávamos do lado de fora. O semblante dos porteiros alterou-se por completo, ficaram mesmo intimidados, talvez vissem ali as suas promissoras carreiras como gorilas plantados à porta duma discoteca fina de Lisboa, irem com o caralho.
Pediram imensas desculpas, estavam finalmente reduzidos à sua insignificância...
Abrir a porta da discoteca e dizer boa noite aos clientes.
Dentro da discoteca, por fim. O Blues tem um espaço fabuloso, cheio de gajas boas e, aparentemente, também recheado de senhoras cheias de dinheiro, umas quarentonas ricas com desejos dispendiosos por miúdos da minha idade. Até vinha a calhar apanhar uma gaja destas pela frente, tinha ainda de pagar o resto da reparação do meu Astra e quem sabe, poderia inclusive trocar de carro à conta de tão simpáticas senhoras. Dar uma queca por caridade na terceira idade, tem destas coisas.
Estava com cede e fui imediatamente para um dos bares, a Cátia mantinha-se próxima de mim enquanto os outros ficaram à conversa com o gajo que nos tinha convidado.
Eu e a Cátia pedimos dois sumos à menina do bar, toda ela gira, tornou a bebida muito mais saborosa.
Mal acabava de guardar o cartão de Multibanco na carteira, topei numa rapariga a levantar-se da sua mesinha e aproximar-se da minha traseira. Não me senti intimidado, a mulher, nos seus vinte e muitos anos, tinha estilo e era jeitosa. O seu corpinho despertou-me a atenção e a sua cara de anjo era a cereja no cimo do bolo.
Encostou-se de costas para o balcão, já com um copo na mão, e galou-me de cima a baixo. Ela deveria pensar que seria só aparecer e comer o que lhe apetecesse, mas eu teria de a contrariar, apesar de ela não estar muito longe da realidade.
Pedi à Cátia que fosse ter com o resto do grupo, gostaria de saber até onde iriam as intenções desta mulher e se a sua aparente segurança não seria apenas fachada.
Virei-me para o balcão, a bonita mulher estava praticamente colada ao meu braço esquerdo, sem nada entre nós, apenas aquilo que ela pudesse vir a dizer.
Ela olhou uma vez mais para mim, discretamente, pegou na sua bebida e voltou para a sua mesinha. O seu comportamento foi tal como esperava, uma primeira investida para apalpar terreno e matar um pouco da ansiedade, somente com um olhar sobre a sua presa, neste caso eu. Para quem acha difícil engatar uma pita novinha e acabada de nascer para a vida, deveria experimentar com uma mulher já formada e de preferência que fosse da classe alta. Depois desse árduo teste, tudo o resto que lhes parecerá muito mais fácil.
Voltei para junto dos meus amigos, o Zé estava abraçado à Mónica e pareciam bastantes chegados, talvez aquilo fosse apenas tesão do mijo por serem novidade um para o outro.
O Rui continuou à conversa com o seu amigo, peguei na Cátia pela mão e arrastei-a para o meio da pista, o Luís seguiu-nos enquanto o novo casal do grupo ficou aos beijos, numa das mesinhas da discoteca.
As mesinhas, recheadas de grupos de gajas, estavam a poucos metros da pista, os seus olhares vagueavam pelos gajos que dançavam inocentemente. Cheguei a pensar que isto fosse uma discoteca de engate para gente fina, tal era o modo como tudo estava preparado e meticulosamente arranjado, as mesas bem alinhadas e ajudados pela cumplicidade do pessoal que trabalhava nos bares que distribuam bebidas e bilhetinhos de mão em mão. Não, deveria ser tudo imaginação minha, pois então, todas estas belas mulheres e aparentemente ricas, estavam aqui apenas para tomar o seu copo e discutir a roupa que cada um vestia, fazendo principal incidência na zona da cintura, talvez fossem todas designers de cintos para homem e quisessem apenas ver de perto as suas obras. Bem, na verdade, quase todas estas gajas são umas vacas do caralho, deixam os maridos em casa e vêem para estes ambientes na procura de picha juvenil que lhes coma as entranhas, entranhas essas que ficam a descansar na cama no dia seguinte quando o marido cornudo vai trabalhar para arranjar mais dinheiro e lhes pagar estes vícios.
Ainda era cedo, mas rapidamente a pista ficou cheia de gente, a música ambiente deu lugar a um som mais alternativo e estimulou as pessoas para dançarem e abanarem os seus glúteos ao ritmo da mesma.
O Luizinho estava a rir como um parvo, olhei para ele e perguntei-lhe o que se passava.
Olha para aquilo, o Circo chegou à discoteca. – respondeu ele, apontando na direcção duns betos.
De facto era uma coisa caricata, três putos novos, acabavam de entrar no Blues...
Foda-se, que figura aquela.
Estes gajos vêem para aqui, penteados pela mãe e com as roupas do pai.
– acrescentei eu.
O confronto social era mais que evidente, estes rapazitos novos tinham que se ambientar aos costumes da sua classe desde logo em tenra idade, apesar de ficar ridículo ver um miúdo de 16 anos vestido à jogador de golfe, eles estavam contentes e introduziam-se assim desta maneira na vida social que os aguardava desde o berço.
A noite tinha tido o seu momento de comédia, agora estava na hora de esperar pelo ataque das predadoras, que nos observavam das suas mesinhas, já preparadas com o pito aos saltos, mas como é pito de classe alta, dá só meio saltinho. Não sei como elas combinavam entre elas quem engatava quem, mas teria sempre de haver carne para todas.
Vieram duas gajas na nossa direcção, o Luizinho ficou nervoso, queria certamente comer alguma delas.
Aproveitei o ritmo mais pausado da música para me encostar e abraçar à Cátia, livrando-me assim do contacto daquelas feras que se aproximavam. Elas toparam a jogada e mudaram de direcção, para novos horizontes.
O Luizinho ficou sem saber o que se tinha passado, olhava para elas de trás na esperança que elas dessem meia volta mas tal não aconteceu. Elas encostaram-se a outros gajos e esperaram que eles entrassem no jogo de sedução delas, não deveriam ter de esperar muito, elas eram bonitas e os gajos deveriam estar ali também no engate.
Continuámos a nossa noite normalmente na discoteca, terminara agora uma hora desde que lá entrámos e três sumos depois, estava na hora de dar uma mija e deixei o Luizinho com a Cátia, no meio da pista.
Uma das casas de banho fica no andar superior, queria conhecer toda a discoteca e aproveitei para subir lá cima. Ainda nas escadas, senti uma presença feminina sempre por trás de mim, seguia-me discretamente. Subi o resto dos degraus e parei junto ao bar, perguntei ao empregado onde ficava a casa de banho, esperei mais um pouco que ela se aproximasse e, sem surpresa para mim, reparei que era a mesma mulher que me tinha observado assim que entrei na discoteca, junto do outro bar.
Olhei para ela e sorri, ela retribuiu o cumprimento e acenou-me com um copo.
Abanei a cabeça e sentei-me num dos bancos do balcão, estava aflito para mijar mas quis esperar para ver até onde iria este pequeno jogo. Ela chamou o empregado, disse-lhe qualquer coisa baixinho e ele veio ter comigo.
A senhora perguntou se queria beber alguma coisa. – trouxe ele o recado, sorrindo.
Pode ser o mesmo que ela.
Não me quis alongar muito mais em palavras nem trocar recados pelo coitado do barman que deveria ter de comer com estas merdas durante todas as noites da semana.
Ela pegou na sua bebida e sentou-se no banco ao lado do meu, cruzou a perna e levou um cigarro à boca. A gaja sabia o que fazer e esperou pela minha reacção, tirei do bolso o isqueiro que nunca uso e acendi-lhe o cigarro.
Agradeceu e olhou para mim, mais fixamente e sem desviar o olhar.
Encalhei por completo, esta bela desconhecida estava a domar-me como queria e eu pouco mais me limitava do que seguir as suas intenções. Foi então que ela se chegou ainda mais perto de mim e pousou uma mão sobre a minha perna, confesso que tremi e senti-me a perder o controlo sobre o meu próprio corpo.
Queria comer esta tipa, e muito. Não tínhamos trocado uma única palavra e já lhe queria tanto saltar para a espinha.
Olá, chamo-me Carolina. – ouvi a sua voz pela primeira vez.
João, prazer e... obrigado pela bebida.
Falámos um pouco sobre nós, começava a conhecê-la ou aquilo que ela me mostrava, mas eu fazia o mesmo, revelava-lhe apenas um pouco de mim e somente o necessário. Nada de grandes intimidades, ambos sabíamos onde aquilo iria dar e não estávamos para grandes rodeios.
Olha, acabei de sair duma relação atribulada. – disse eu, voltando o olhar para o balcão onde repousava a bebida.
Espera, volta esse olhar lindo para mim... – pediu-me ela.
Carolina, não me quero envolver. – acrescentei eu, inclinando a cabeça na sua direcção.
Só procuro um amigo, João...
Acho eu.
disse ela, sorrindo.
Achas mesmo?!
– perguntei eu, entrando no seu jogo.
Não será de mais dizer que dois minutos depois estávamos fechados na casa de banho do piso superior da discoteca. Engraçado, como algumas palavras se transformam em sexo.
Fomos interrompidos pelo bater na porta da casa de banho, certamente estaria já alguma fila formada na porta da mesma. Estivemos ali fechados durante bastante tempo e acabámos por nos saciar por completo, até que as forças nos faltassem.
A Carolina tinha sugado grande parte da minha energia vital, precisava de combustível, fui então ao bar beber qualquer coisa. Nem acreditava que tinha passado mais de uma hora fechado numa casa de banho com uma mulher que nem conhecia há duas horas atrás e se tinha revelado tanto em tão pouco tempo.
Desci as escadas e fui ao bar mais próximo dos meus amigos, ela passou por trás de mim e apalpou-me o rabo, olhei para trás e sorri para aquela cara de mulher comilona e adorei de ver o seu sorriso.
Abri a carteira para pagar o bacardi lemon, ao arrumar o cartão de Multibanco, reparei num flyer que tinha lá guardado há uns dias quando fui ao ISEL fazer o meu último exame do semestre, desfolhei aquele pequeno papel... Interessante, era um convite para uma festa privada na residência do ISEL.
Peguei na bebida e fui imediatamente falar com os meus amigos sobre a festa. Eles continuavam a dançar, o Luizinho e o Rui faziam companhia à Cátia e o Zé continuava agarrado à Mónica, a miúda deveria ter mel no cú.
Eram duas e pouco da manhã, tínhamos vindo conhecer a discoteca e as suas gentes, estava agora na hora de mudar de ares e ir explorar a festa na nossa faculdade. Acabámos as bebidas e fomos para o ISEL.
Antes de entrar no carro, telefonei para a Andreia, foi ela quem organizou a festa.
Loirinha, vou aí chegar dentro de vinte minutos.
Óptimo, trazes mais alguém?
– perguntou ela.
Sim, três amigos e duas amigas.
Está bem, venham depressa que isto está ao rubro.
– finalizou ela, com um beijo bem sonoro.
Estacionámos os dois carros dentro do parque da faculdade, eles não sabiam ao certo para que tipo de festa iriam e estavam bastante curiosos, a Cátia sorria e lá continuava o Zé agarrado à Mónica.
Já dentro dos portões do ISEL, subimos a pequena rua que nos levou à Residência do Politécnico de Lisboa, ali sedeada nas instalações do ISEL. Abri um pouco do jogo sobre o tema da festa e senti neles um crescente interesse. Tratava-se de uma festa da foda, numas instalações formalmente conhecidas como o sexódromo da faculdade.
Certamente já todos eles tinham ouvido falar deste tipo de festas mas nunca assistido a uma, era agora a grande oportunidade deles e também a minha.
Com a cumplicidade do segurança de serviço, um gajo porreiro com pouco mais da nossa idade, entrámos na Residência e fomos directos para o terceiro andar, onde toda a festa se desenrolava.
Viam-se gajas em top less e algumas apenas em bikini, enquanto os gajos passeavam pelo corredor em tronco nu e de imperial na mão. Havia quem preferisse correr de quarto em quarto com cameras de filmar, mas também sempre com uma imperial na mão.
Era uma festa por completo, no verdadeiro sentido da palavra, sem confusões e apenas muita diversão espalhada por todos os cantos deste andar da Residência. Alguns casais aventuravam-se na sala principal, trocavam carícias e alguns toques mais íntimos diante de toda a gente e, sobretudo, das cameras de filmar.
Distanciei-me das pessoas que chegaram comigo e corri com a Andreia para o seu quarto, tinha imensas saudades daquele pito loiro e estava mortinho para o saborear novamente.
Tínhamos muita conversa a colocar em dia, sobretudo afectiva. As saudades despertadas em nós assim que nos vimos, transportaram-nos de imediato para o seu quarto, a nossa sala de conversações, e discutimos na sua cama, o melhor modo de tratar dos nossos interesses.
Trocámos beijos por todo o corpo, os nossos corpos voltavam a revelar-se aos lábios de cada um e apreciávamos agora cada momento como se fosse o primeiro contacto que tínhamos.
Parecíamos dois adolescentes, completamente enlouquecidos e cheios de hormonas malucas dos cornos a tomarem conta dos nossos movimentos. Acabámos a nossa ligação amorosa com um longo beijo, após litros de suor derramados pelo colchão da sua cama.
A Andreia ficou no quarto a arrumar as coisas, saí para tomar uma bebida e dar uma mija.
Encontrei a Mónica no corredor que separa o quarto da Andreia e a sala da festa, estranhei ela não estar uma vez mais agarrada ao Zé ou vice-versa. Parei quando ela se aproximou e esperei que ela metesse conversa comigo. Não demorou muito para que isso acontecesse, ela já deveria vir com essa intenção.
Olá João, estou a gostar da festa. – começou ela.
Olá. Então fugiste do Zé? – brincava eu, com o facto deles estarem sempre agarrados.
Quem? – perguntava ela, com um olhar de distanciamento.
Começava a notar nela, uma tentativa de se despegar do calor do meu amigo.
Ela encostou-me contra a parede, fui empurrado pelos seus seios...
João, beija-me. – entoava ela baixinho, com os seus lábios próximos dos meus.
Não, beija-me tu.
Ela inclinou-se mais sobre mim, humedeceu os lábios com a língua e fechou os olhos...
Pára, apetece-me uma imperial. – travei os avanços da menina, colocando dois dedos nos seus lábios.
Estúpido, não sabes o que perdes! – gritou ela, visivelmente chateada.
Não sabia o que perdia mas sabia aquilo que não perderia, a amizade do meu amigo Zé.
Fui beber a imperial descansado e voltei novamente a ter aquela sensação de ter a bexiga completamente cheia, mas o vicio pela cevada divina era mais forte que a vontade de mijar e bebi o resto do líquido sagrado. Vagueei pela sala, de copo na mão, observava casais a comerem-se para as cameras que os captavam de vários ângulos, toda a gente gritava e incentivava os novos artistas.
Tinha a Andreia à minha espera no quarto, voltei para lá e cruzei-me novamente com a Mónica no corredor, esta saía da casa de banho e parou junto a mim. Olhou-me nos olhos e pediu um pouco da minha atenção.
Olha, ainda queres aquele beijo? – insistia ela.
Nem por isso, tenho de ir mijar. Volto já. – terminei ali a conversa.
Não fazia isto por mal, esperava que ela me compreendesse, mas não podia entrar neste jogo de sedução com a rapariga que andava a ser comida pelo meu melhor amigo.
Ela encostou-se à parede do afamado corredor de passagem e levou as mãos à cabeça.
Entrei na casa de banho e fui dar a minha mijinha.
Levei alguns minutos para sair, tinha o tanque de combustível bem atestado das imperiais e bacardis que tinha consumido naquela noite, para libertar aquilo tudo, foi um dilúvio.
Saí da casa de banho, agora mais aliviado, reparei que a Mónica ainda estava pelo corredor, agora com um copo de imperial na mão. Fui ter com ela, algo de muito poderoso me arrastava para junto dela, peguei-lhe na mão e arrastei-a para os balneários da Residência, ao fundo do corredor.
Questionava-me constantemente sobre o que estava a fazer mas fui incapaz de parar e ela não se queixou, reparava agora num leve sorriso nos seus lábios. O meu espírito tinha sido possuído pelo demónio e queria agora possuir, literalmente, a doce Mónica que não oferecia a mínima resistência.
Entrámos nos chuveiros e tranquei a porta por dentro, saberia que senão o fizesse, dentro de poucos instantes estaria ali um gajo qualquer com uma camera de filmar na mão e no dia seguinte teria imagens do meu caralho a passear por toda a Internet.
Estás a ser uma menina muito má, sabias? – dizia eu, para a Mónica.
Vá, castiga-me... – pedia ela, apertando-me os tomates.
Abri a água quente dos chuveiros e puxei a fera lá para baixo.
Os nossos corpos rapidamente se encharcaram, só depois tirámos as roupas molhadas.
Ela não queria muitas carícias e eu estava mais numa de rapidinha, juntámos as nossas necessidades à excitação que nos percorria os corpos. Ela virou-se de costas para mim, apoiou as suas mãos nos azulejos dos chuveiros e afastou as pernas.
O sangue rapidamente fluiu todo para um só sitio, cheio de vigor, penetrei a Mónica à canzana e estimulava os seus seios, apertando-os com força. Não iríamos ficar ali muito tempo, os nossos corpos pediam por sexo, não por amor e era isso que fazíamos, apenas sexo, duro e sujo.
Passeei a minha mão pelo seu corpo, parei na sua boca e deixei que ela me mordesse os dedos, continuava a penetrar aquele pito molhado sem parar e sentia os seus gemidos cada vez mais fortes e a sua respiração mais ofegante a cada encavadela que lhe dava.
Toquei-lhe no clítoris com os dedos, antes mordidos por ela, e o seu estado tornou-se crítico, a menina teve o seu primeiro orgasmo. Mudámos de posição, ela virou-se de frente para mim, beijei os seus seios antes de a voltar a penetrar e ela tratava de me massajar suavemente o tolinhas.
Fode-me, caralho. Estás à espera de quê?! – insistia ela comigo.
Levantei-lhe uma perna e encostei-a com firmeza aos azulejos, beijava agora o seu pescoço e ela acabou por introduzir o caralho dentro dela. Voltava novamente a escutar os seus gemidos, fodemos que nem loucos durante mais dois minutos e acabámos por nos vir naquela posição.
Ficámos exaustos, sentei-me no chão e vi a Mónica tomar um duche, ali bem pertinho dela.
As nossas roupas continuavam molhadas, como não haviam outras, vestimos aquelas mesmas e misturámo-nos no meio da festa. Estavam outras pessoas também encharcadas, umas de cerveja, outras de fluidos corporais e acabámos por passar quase despercebidos no meio de tanta gente bêbeda.
Fui ter com a Cátia, tinha convidado a minha bela amiga para sair naquela noite e pouco tempo tinha passado com ela.
Ela brincou com a minha figura, com a sua doçura reconfortou-me e deu-me um pouco do seu calor. Não há nada melhor que uns miminhos sinceros de uma amiga, para nos aquecerem a alma.
O Luizinho tentava-se colar no meio da acção sexual, agora era a vez dum casal amigo nosso desfilar o seu erotismo para as cameras, coitados, estavam os dois bêbados e nem se lembraram que no dia seguinte seriam noticia por toda a faculdade. Foi engraçado ver o Luizinho ao lado das cameras, captando no seu globo ocular, importante material para a sua punheta matinal. Ele não se ficou pelo olhar e juntou-se ao casal de namorados na foda que davam. O gajo comia a namorada, enquanto o Luizinho se ia contentando a chupar-lhe as mamas, ela sorria e parecia estar a gostar.
A Mónica estava novamente junto do meu amigo Zé, no colo dele e interagia com ele como senão tivesse feito nada de anormal antes. Senti alguma pena dele, esta miúda não era a ideal para ele e eu próprio não agi da melhor forma, fiquei mal comigo próprio e de consciência pesada, tinha de lhe contar o sucedido.
Teria também de sair daquele lugar, estava a ficar enojado com o que se passava à minha volta e sobretudo na minha cabeça. Foi então que recebi uma mensagem no telemóvel, era da Carolina, talvez fosse o meu bilhete de saída dali.
Cheguei agora a casa, tanto espaço e eu sozinha aqui.
Estou louca para sentir novamente o teu cheiro e beijar os teus beijos.
Aparece, sinto a falta do teu corpo.
Um beijo, Carolina

Apressei-me a acordar o Rui, que ressonava encostado a um dos sofás e retirei bruscamente o Luizinho do meio do ménage, ele ficou fodido comigo mas prometi-lhe que era por uma boa causa, ele não ficou muito convencido mas concordou depois de lhe prometer que pagaria uma imperial.
O Zé a Mónica levantaram-se do sofá, pareciam alegres e bem dispostos.
Passei pela mesa onde estavam as bebidas, enchi um copo de imperial e dei ao Luizinho, que me olhava com cara de parvo, agarrei também nuns rebuçados para o caminho.
Eram quase cinco da manhã, despedi-me da Andreia e fomos para o parque de estacionamento, onde estavam os carros. Eles olhavam de forma estranha para mim, não sabiam porque tínhamos saído à pressa da festa.
Pensavam que íamos todos juntos para casa e a Cátia entrou imediatamente no meu carro enquanto eles se dirigiam para o carro do Zé, juntamente com a Mónica. Despedi-me ali deles e disse-lhes para esperarem pela Cátia, que iria com eles no mesmo carro. Não me expliquei mais nem lhes disse onde iria, ficaram curiosos como o caralho.
Entraram dentro do carro e esperavam agora pela Cátia.
Abri a porta do meu carro, lá dentro estava já uma morena linda com o cinto de segurança posto mas teria de o tirar em breve, com alguma pena minha por vê-la partir.
Linda, vou ter de ir a um sítio agora. – disse eu.
Está bem, onde vamos? – perguntou ela, inocentemente.
Não, tontinha...
Vou sozinho, é melhor ires para casa no carro do Zé.
– respondi, sorrindo para aquela carinha linda.
Eu vou, até amanhã João. – disse ela, momentos depois.
Espera...
Tenho um presente para ti.
– tentava eu compensá-la.
Mandei a Cátia fechar os olhos, meti a mão ao bolso e tirei um dos rebuçados que tinha fanado na festa.
Ela abriu os olhos e agarrou no rebuçado...
Então, gostas? – perguntava eu, tentando sacar mais um sorriso daquela carinha.
É docinho. – respondeu ela, depois de o colocar na boca.
Não, docinho é esse teu sorriso e os teus olhos castanhos. – acrescentei eu.
Ela sorriu, corou um pouco e fez um beicinho lindo que me deixou louco.
Aproximei os meus lábios dos dela e esperei que ela retribuísse o avanço. A Cátia chegou-se lentamente mais junto de mim e beijou suavemente os meus lábios, com um beijo curto, mas molhado.
Adeus João, diverte-te. – despediu-se ela, saindo depois do carro.
Fiquei sem palavras, liguei o motor e fui ter a casa da Carolina.
Meia hora depois, estava à sua porta, estacionei o carro e subi ao seu andar.
Ela abriu-me a porta, trazia somente uma camisa de dormir, bem curtinha, vestida sobre o seu belo corpo.
A rapariga tem umas belas pernas, perfeição que sobressaía agora pelo pouco que trazia vestido.
Pegou-me na mão e levou-me para o seu quarto.
Fizemos amor no chão do quarto e de janela aberta, estava calor e não encontrámos melhor escapatória para consumarmos toda a nossa excitação. Fiquei cansado, esta tinha sido a quarta foda da noite e todas elas fabricadas a ritmos altíssimos, excepto esta, que foi dada mais na desportiva e mais calmamente.
Encostei a minha cabeça no seu seio e adormeci.


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