domingo, janeiro 25, 2004

Moralidade quebrada

O meu dia começava de noite, levantei as persianas do meu quarto, via as luzes acesas na rua e um Sol já recolhido. Meia hora passava das sete da tarde e estava completamente exausto pela aventura da noite anterior.
Telefonei para a minha amiga Susana, escutei a sua voz e ainda falei um pouco com as suas primas suecas que iam voltar para casa, nessa madrugada. O avião só saía depois das três da manhã, combinámos então um café para essa noite.
Era sexta-feira, véspera da grande festa de enfermagem, no Cenoura. Não iria ficar na rua até muito tarde, tratava-se somente de uma saída de cortesia e uma última oportunidade para beijar tão belas loiras.
Jantei e fui encontrar-me com elas no Clube Naval, café na praia do Barreiro, local onde nos tínhamos conhecido na véspera.
Relembrámos os bons momentos passados na noite anterior... os corpos a rebolarem pela areia, as estrelas no céu e o som do mar. Todas aquelas memórias ainda estavam presentes nas nossas cabeças, fizeram-nos recuar algumas horas no tempo e voltar a sentir toda aquela excitação.
Saímos do café e voltámos nessa noite à praia da Lagoa de Albufeira, tirámos os sapatos e brincámos na areia pela última vez.
Começava a ficar tarde, elas tinham voo marcado e o avião não esperaria por elas.
Deixámos a praia e fomos directos para o aeroporto, Ingrid veio no meu carro enquanto Angie foi com a prima, que nos seguia pouco atrás. Ingrid passou a viagem inteira com a mão na minha gaita enquanto eu intercalava entre a manete das mudanças e o seu pito loiro.
As loirinhas foram fazer o check in e entraram para a sala de embarque.
Não mais as vi mas ainda guardava nos lábios, o doce sabor dos seus beijos.
Regressei com a Susana, cada um no seu carro. Durante a viagem, quase sofríamos um acidente. Um filho da puta num carro do tunning, passou de raspão pelos nossos carros, a uma velocidade vertiginosa, em plena ponte Vasco da Gama. Segundos depois, passava um carro da polícia que ia em sua perseguição.
Imediatamente reduzi a marcha e perdi os dois carros de vista.
No fim da ponte, entrámos na área de serviço. Queria beber um café e meter gasolina.
Depois de tratar disso, estacionei o carro na zona de paragem, ao lado do carro da Susana. Entrei para dentro do seu carro e ficámos à conversa, ouvindo baixinho as músicas de Raemonn. Todo o romantismo daquelas músicas despertou em mim uma necessidade vital de comer a Susana. Encostei o meu corpo ao seu mas ela depressa que cortar com a situação e afastou-me.
Sabes... apesar de ser só tua amiga, ontem desejei-te ter nos meus braços.
Precisaria de ter a certeza que este momento agora teria algum significado para ti e não seria somente mais uma foda descartável para a tua colecção.
- disse Susana.
Não, eu... - tentava explicar-me.
Shhh... escuta. Gosto muito de ti e sabes disso mas preciso dessa prova tua. - finalizou Susana.
As suas palavras tinham sido claras, ela lançou-me um desafio e soube desde logo que não a iria foder naquela noite. Não quis lutar contra a sua vontade e aceitei esse desafio. Convidei-a para a festa de enfermagem, disse que levava um amigo para lhe fazer companhia e também a minha amiga Elisa que é enfermeira.
Voltei para o meu carro, foi cada um para sua casa, descansar para a grande noite de festa que se aproximava.
Finalmente o tão aguardado sábado, mais uma vez acordei de tarde mas tinha ainda tempo suficiente de me preparar para a grande noite.
Telefonei para o meu amigo Abrantes, antigo colega de escola e também ele um putanheiro sem escrúpulos, sabia que a minha amiga Susana não poderia ficar em melhores mãos.
Estava então tudo combinado, fui buscar a Elisa ao trabalho e fomos directos para o Cenoura.
Passavam uns minutos da meia-noite quando lá chegámos. A festa estava animada e repleta de conas boas que se passeavam diante dos meus rebarbados olhos. A discoteca Cenoura do Rio estava cheia e a música era agradável.
Dançámos durante imenso tempo, com algumas bebidas pelo meio e agora os nossos corpos queriam recolher para o seu estado mais primitivo. Queríamos sair dali, ir para casa ou qualquer outro lugar onde pudéssemos acabar a noite a foder.
Pensei que a Susana e a Elisa se sentissem pouco à vontade numa saída a quatro mas estava enganado. Elas já se conheciam faziam uns meses, Susana tinha anteriormente ficado aos cuidados médicos da enfermeira Elisa, no hospital do Barreiro. Estavam as duas a confraternizar bem e pouco espaço de manobra havia para o meu amigo Abrantes, o coitado sabia que daquela noite o mais próximo que teria de uma relação sexual, seria uma punheta batida por si.
A noite ali estava terminada e voltámos para o Barreiro.
Chegámos perto da minha casa, fiquei com a Elisa no carro à espera da Susana.
Tinha vindo a conduzir devagar, assim daria mais que tempo suficiente para a Susana deixar o Abrantes em casa e chegar à minha porta de casa ainda a tempo de nos apanhar na rua.
Assim aconteceu, Susana estacionou o carro do outro lado da rua, longe da minha porta, e esperou que eu e a Elisa subíssemos as escadas. Tal como combinado, deixei a chave no tapete de entrada e fui directo para o meu quarto.
Pus uma música a tocar, senti o momento de entrada da Susana em casa, visto que a esperava mas Elisa não deu por nada. No leitor tocava Enigma, tinha baixado o volume sabendo que a Susana já se encontrava dentro de casa e queria que ela escutasse atentamente cada gemido de prazer solto pela Elisa. A querida sentou-se na minha cama, tirou o casaco e chamou-me para junto de si.
Tirei o pólo e desapertei os botões da minha camisa. Ajoelhei-me à sua frente, peguei-lhe nos pés e retirei lentamente os seus sapatos. Elisa tinha os pés bonitos e bem feitos, comecei por massajá-los e mais tarde levei um deles até aos meus lábios. Chupei cada dedo do seu pé, Elisa recostava-se na cama e soltava uns leves gemidos. Fiz o mesmo ao outro pé, a minha boca foi subindo pela sua perna descoberta e a minha língua brincava agora no interior das suas coxas.
Coloquei a minha boca na sua cintura, desapertei o fecho da saia e os meus lábios foram parar ao seu umbigo enquanto Elisa me agarrava firmemente pelos cabelos e fazia pressão contra a sua barriga.
Susana observava-nos da varanda, através da janela do meu quarto com as persianas caídas.
Não dávamos pela sua presença mas imagino que se estivesse a masturbar.
Elisa levantou-se da cama, pegou-me na mão e arrastou-me até uma parede do quarto. Virou-se de costas para mim e apoiou as suas mãos na parede. Ajoelhei-me novamente, agora atrás de si, e baixei-lhe a saia, já antes desapertada.
Tinha a agradável vista das suas nádegas, rijinhas como tudo e muito bem trabalhadas, pediam ardentemente pelo calor da minha boca. Os meus lábios colaram-se no seu rabo e mordiscava cada pedacinho seu, ouvia agora gemidos e a respiração cada vez mais ofegante da Elisa.
Lambia as nádegas e o interior das suas coxas enquanto as minhas mãos exploravam as suas costas, estavam quentes e o seu calor aumentava a cada toque meu. Lentamente lhe retirei as cuecas, estavam encharcadas, lambia e chupava agora a sua rata pouco peluda, ao mesmo tempo que a penetrava suavemente com um dedo. Elisa virou-se de frente para mim e encostou-se na parede.
Pegou no colarinho da minha camisa e puxou-me até ao encontro dos seus lábios, nos meus.
O calor dos seus beijos era intenso, toda ela fervia e pedia-me que a penetrasse.
Abracei Elisa pela cintura e enrolei a minha língua na sua, despi a sua blusa e facilmente lhe retirei o soutien enquanto Elisa me despia a camisa e desapertava o fecho das calças. Tinha novamente os seus avantajados seios na minha boca, redondinhos e completamente rijinhos.
Recuámos de volta à minha cama e lancei-a de barriga para baixo sobre o nosso leito de amor que ansiosamente aguardava pelos nossos corpos excitados. Ali estava Elisa, o seu belo corpo deitado na minha cama e o chamamento da sua voz sensual atraiu o meu corpo para o seu como se de um potente íman se tratasse.
Baixei as minhas calças e apoiei um joelho no chão, dobrei a outra perna e puxei o corpo da Elisa para a beira da cama.
Penetrava agora a Elisa por trás, aquele pito molhado estava a dar comigo em doido.
Agarrei firmemente os seus seios, mal me cabiam na mão. As minhas mãos percorriam também as suas costas mas cercaram-se das suas ancas e não mais de lá saíram até mudarmos de posição.
Queria ver a sua linda cara, beijar a sua boca e lamber os seus mamilos.
Elisa virou-se de barriga para cima e chamou por mim. Subi para cima da cama e encaixei o meu corpo no seu. Posição simples de missionário mas o que nos envolvia era uma energia demasiado complexa e de difícil percepção para o comum dos mortais.
Acariciava o seu pescoço e beijava os seus lábios enquanto a penetrava lentamente.
Estávamos deliciosamente bem, os nossos corpos fundidos num só, iam fodendo calmamente mas Elisa queria mais que aquele simples foda. Cravou as suas unhas nas minhas costas e fazia mais pressão com as suas ancas. A anjinha queria-se transformar em diabinha e certamente desejava que lhe fodesse aquela cona com mais força e muito mais depressa.
O ritmo aumentou, já não controlava mais o meu corpo, tinha sido subjugado pela vontade da Elisa e era ela quem me controlava os movimentos. A contagem final tinha sido iniciada e íamos fodendo a um ritmo cada vez mais forte, selvagem até e chegava mesmo a ser violento para os nossos corpos.
Isso pouco interessava, seguimos o nosso prazer até um lugar nunca antes alcançado por nenhum de nós e viemo-nos como nunca antes tínhamos feito. Tanta excitação e prazer acumulados foram libertados numa violenta explosão que nos deixou de rastos e entregues a um sono repousante.
Acordei na manhã seguinte, Elisa dormia descansada a meu lado, linda e deslumbrante como sempre. Os seus lábios carnudos faziam beicinho e chamavam pelos meus, ainda exausto pela maravilhosa noite passada com a minha deusa, beijei os seus doces lábios e voltei a adormecer.
Pouco passava da uma da tarde quando fomos acordados pelo toque do meu telemóvel, era a Susana. Marcámos um café para essa tarde e desliguei. Fui encher a banheira para um banho a dois. Saltei com a Elisa lá para dentro e fizemos amor novamente.
Elisa entrava no turno das quatro, somente alguns minutos passavam das duas da tarde e fomos almoçar despreocupados, sem qualquer controlo de tempo e não resisti ver o seu corpo somente coberto por uma camisa minha. Elisa sentou-se em cima da bancada da cozinha e voltámos a fazer amor.
O hospital do Barreiro, seu local de trabalho, era próximo da minha casa. Levei lá a Elisa de carro e fui depois ter com a Susana a um café, próximo do rio. Ela aguardava por mim, já sentada numa mesa junto à janela, local onde se via o Tejo.
Olhava-me sorrateiramente e soltava uns sorrisos quando se falava da noite anterior.
Eu estava convicto que a tinha surpreendido e a achava que era altura de receber o meu troféu, a própria Susana.
Desejava-a muito e não queria acabar o dia sem lhe saltar para a espinha.
Que tal me saí? - perguntei-lhe eu.
O que é que achas. - respondeu Susana, bebendo o resto da sua bebida.
Acho que me portei bastante bem! - disse eu, sorrindo.
Não prestei muita atenção. - avançou Susana, de imediato.
Era evidente que ela me estava a esconder qualquer coisa ou simplesmente não queria ir ao castigo, levar com o tolinhas naquelas entranhas.
Está bem, fofa. Não insisto mais. - disse eu.
Nem teria qualquer utilidade se continuasse, Susana é uma mulher com uma mentalidade forte e nada do que eu dissesse a faria mudar de opinião. A conversa continuou, pedimos uma nova rodada de sumos naturais e não tocámos mais no assunto referente ao que se tinha passado na noite anterior. Amor sem penetração chama-se amizade, era isso que eu sentia pela Susana. Talvez fosse esta a nossa maneira de viver as nossas vidas em comum, uma relação completamente assexuada mas cheia de amor e partilha de sentimentos.
Entretanto tinha anoitecido lá fora, o tempo tinha passado a correr e nós não tínhamos dado conta.
Nunca reacção espontânea da Susana...
João, ela fodeu bem melhor que tu.
Se fosse só pelo sexo que me surpreenderia, iria antes foder com ela e não contigo.

Palavras da Susana que me deixaram boquiaberto, apanharam-me desprevenido e não sabia o que dizer, mal lhe consegui responder.
Linda... eu queria que me desejasses...
Susana não me deixou acabar a frase, colocou os seus dedos na minha boca, selando-a para que a escutasse.
Senão a tivesses comido, eu teria sido tua.
Falhaste o teste, João!
- disse Susana, acenando com a cabeça.
Tinha realmente feito merda, quis impressionar a Susana com a foda na Elisa mas esqueci-me de impressionar o seu coração e só lhe dei mais uma razão para não se envolver emocional e sexualmente comigo. Por muito boa cama que fosse, ela sabia que eu não era seguro e iria certamente magoar os seus sentimentos.
Foi errado pensar que a iria foder ao deixá-la observar-me fodendo outra mulher.
Poderia ter levado a Elisa para minha casa e não a ter comido, seria um sinal de futuro compromisso com a Susana mas tinha a cabeça de baixo a funcionar mais que a cabeça de cima e não consegui raciocinar da melhor maneira. Os homens têm a picha maior que o coração, por isso fodem antes de amar enquanto as mulheres primeiro precisam de amar e só depois fodem. As que seguem os padrões masculinos, fazem-no porque têm a cona mais aberta que o tamanho do seu coração.
Susana, tentei provar-te que também era capaz de amar, pela paixão e amor que sinto pela Elisa...
Sabes, ela tocou-me no coração e queria mostrar-te que era capaz de sentir o mesmo por ti.
Mostrando-te a paixão que sentíamos ao fazermos amor.

Disse-lhe estas palavras, agarrando na sua mão e esperando que ela as compreendesse.
Estava claro que a queria foder a qualquer preço, mesmo inventando uma desculpa tão reles como aquela para o meu erro da noite anterior mas desejava que Susana as tivesse escutado da maneira que mais me convinha.
Susana sorriu, passou suavemente a sua mão pela minha face, comecei a sentir esperança num desfecho feliz, de preferência comigo em cima dela. Chegou os seus lábios junto dos meus, continuava a sorrir, afastou a sua mão e voltou a lançá-la contra a minha cara, desta vez não carinhosamente, a cabra deu-me um estalo.
Nem sejas porco nem mentiroso, João. - gritou Susana.
Levantou-se da mesa e saiu do café.
Que barraca do caralho, senti-me envergonhado e quis sair de imediato atrás dela.
Tive antes de pagar a conta e quando cheguei ao carro, já Susana tinha ido embora há muito tempo.
Voltei para casa, a dor que sentia era forte e comecei a chorar.
Tinha perdido uma amiga, sabia que muito precisaria de fazer para a ter de volta mas não seria naquela noite.
Fui jantar, vi alguma televisão, bati a punheta de boa noite e deitei-me na cama.
Desliguei-me do mundo que me rodeava e adormeci.

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