sábado, janeiro 17, 2004

Caminho para perdição

Era dia de teste, estava atrasadíssimo e não tinha o carro disponível.
Saltei da cama directamente para a banheira e nem tive tempo para a punheta matinal. Estava bem fodido assim, ia para a faculdade sem vazar o colhão, o mais certo seria ter algum ataque de tesão a meio do teste e já não me conseguiria concentrar mais.
Fui de barco para Lisboa, mesmo à pobre, no caminho tive a agradável companhia dos meus colegas e após umas cartadas jogadas, tinha finalmente conseguido desanuviar a ansiedade causada pelo teste e por não ter despejado os colhões na minha típica e mais que habitual punheta matinal.
Eram quase onze da manha, hora marcada para o teste, os nervos começavam a estoirar-me com a paciência e fui à casa de banho dar uma mijinha. Parecia um dilúvio, deveria ter esta merda atestada e só ao fim de dois minutos é que a torneira deixou de pingar.
Finalmente o teste, não correu mau de todo mas poderia ter sido muito melhor. Continuava excitado e ansioso, agora desejando acima de tudo por algum pedacinho de carne que me desfolhasse o tolinhas. Telefonei para a Andreia, a minha querida amiga estava sempre quente e entendia as minhas necessidades melhor que qualquer outra rapariga.
Linda, acabei de sair do teste. Posso passar por ai? - perguntei eu.
Podes João, depois de almoço estou sozinha. - respondeu Andreia, no seu doce tom de voz.
O calor da sua voz reanimou-me o espírito e fiquei de pau feito só de a escutar, começava a ficar com o cérebro atrofiado de esperma, não fodia há quase um dia.
Pouco passava das duas da tarde, estava agora sentado à mesa na cantina com o Alexandre e o Luís.
Falávamos do teste e da merda de resultados que aguardávamos.
Entretanto o telemóvel tocou, era a Selene. Não a via desde a nossa última escapadela nocturna, ao Queens’. Afortunada saída que acabou comigo a mijar em cima dum convite para uma festa da filha da Cinha Jardim, jamais esqueceria aquela noite regada de álcool e foda.
João, tenho saudades tuas... Quando é que tens um tempinho para vires tratar de mim? - perguntou Selene.
Acabei de sair dum teste, passo logo na tua casa? - disse eu.
Pode ser, tenho uma surpresa para ti. - respondeu Selene, com uns sorrisos.
Desliguei a chamada, o encontro estava marcado para as cinco da tarde.
Selene estava num quarto perto do Areeiro, próximo da sua faculdade. Partilhava a casa com uma amiga sua, também colega de faculdade. Talvez estivesse farta do namorado e quisesse agora experimentar pila nova naquelas entranhas.
Não poderia recusar tal oferta, Selene era linda e extremamente bem feita. O seu corpo atraente desde sempre me deixou de rastos e rebarbado observando as definidas curvas. Com um cú tão bom como aquele, ela deveria cagar bombons.
A foda do lanche estava marcada mas tinha uma sobremesa de almoço por devorar ainda pendente, ali próximo na residência do ISEL estava a minha querida Andreia me aguardando.
Bati à porta do seu quarto, lá de dentro ouvi uma voz doce...
Entra querido, está encostada.
Era da Andreia, quando entrei no quarto vi-a estendida na cama, de barriga para baixo e com um caderno aberto. Estava bastante sensual e o seu rabo empinado despertava em mim sentimentos adormecidos e que agora voltavam com todo o seu vigor. Fiquei imediatamente de pau feito, sentei-me na cama a seu lado e dei-lhe uma palmadinha naquelas nalgas. Estavam rijinhas e ansiosas por serem espetadas.
Beijámo-nos na boca, um longo e doce beijo. Que saudades tinha eu do seu gostinho a morango.
Ela continuou a estudar, tinha teste no dia seguinte e também não a queria desconcentrar por completo. Agarrou-se novamente ao livro e eu massajava-lhe as costas enquanto íamos conversando.
És um docinho de miúda, com ou sem roupa vestida. - disse eu, ao ouvido de Andreia.
Não era o elogio mais simpático para lhe dizer mas foi o mais apropriado à situação.
Tratava-se duma visita rápida de médico, somente para dizer um Olá e com alguma sorte, talvez ainda houvesse tempo para uma mamadazinha. Andreia tirou a camisola e o soutien, estava a gostar da massagem e pediu-me para continuar, agora mais em baixo.
As suas costas ferviam, a minha querida começava agora a espernear um pouco e a excitação corria pelo seu corpo.
Largou o livro e virou-se para mim, agarrou no meu pescoço e encostou os seus lábios nos meus.
Andreia reparou que estava tenso, passou as suas mãos pelo meu peito e disse...
Relaxa fofo, deixa que já trato de ti.
Empurrou-me bruscamente para trás, fiquei deitado de costas na sua cama.
Andreia desapertou-me o fecho das calças e começou a mamar no caralho.
Estava cheio de tesão e bastante ansioso, com poucos minutos da sua boca a trabalhar, vim-me.
Peguei na Andreia e deitei-a agora de costas na cama, massajava os seus seios avantajados e começava a mordiscar o interior das suas coxas e virilhas, ainda escondidas debaixo das calças.
Retirei as suas calças depressa, serviu para aumentar a excitação da Andreia e deliciei-me com o seu doce gostinho a pito molhado. As suas cuequinhas brancas estavam encharcadas e com a boca retirei-as devagarinho, a sua cona completamente rapadinha era uma maravilha digna de ser observada e comecei por lhe chupar os lábios, estavam inchados e pediam por carinhos.
Entretanto toca o meu telemóvel, logo agora que estava com a boca na carne. Era o filho da puta do Alexandre, escolhe sempre os piores momentos para dar sinal de vida.
Estou aqui com a malta à tua espera, vamos lá a ver senão te atrasas caralho.
Deves-me uma imperial e o meu dinheiro está a acabar. Despacha-te cabrão!
Arruma lá a piça nas calças e vem ter com os amigos.
- sermão dum gajo com falta de foda, o Alexandre.
Calma lá caralho, ‘tás já com o pito aos saltos?
Mantém as imperiais fresquinhas que já por ai passo.
- disse-lhe eu.
Depois de tão educativa conversa, desliguei e voltei ao pito quente da Andreia.
Preparava-me agora para baixar o resto das minhas calças e começar a penetrá-la quando desta vez toca o seu telemóvel.
Andreia atendeu e depressa o seu olhar sensual e excitado deu lugar a uma cara de preocupação.
João, tu tens de ir embora. O meu namorado vem ai!
Depressa lindo, ele não demora a chegar aqui.

As palavras da Andreia vinham carregadas de apreensão e tristeza, não iamos acabar a tarde da melhor maneira... a foder que nem loucos.
Ainda com a braguilha aberta, saí a correr pelo corredor fora e meti-me dentro da casa de banho até o gajo passar.
Por poucos segundos ainda me apanhava de calças na mão a fugir do quarto da sua namorada.
Fui então ter com os outros cabrões ao bar, enfrascavam-se em imperiais e já tinham perdido a quantas tinham bebido.
Paguei eu a rodada seguinte e continuou-se com a conversa de merda.
Todos falavam ainda do teste e das poucas gajas que estavam na sala.
O Luizinho já falava sozinho e só dizia merda...
Eu bebo pouco mas o pouco que bebo transforma-me noutra pessoa e essa sim bebe para caralho.
A malta riu-se com a sua frase filosófica e viu que o seu mal era sede.
Mais rodadas vieram para a mesa e ficámos todos um pouco tocados pelo álcool.
Tinha perdido a noção do tempo e estava quase a esquecer-me do encontro com a Selene e da tão aguardada foda. Levantámo-nos da mesa e fomos embora da faculdade. Como não tinha trazido carro, tive de os acompanhar na viagem.
Descemos as escadas para o Metro aos encontrões uns aos outros, ninguém estava sóbrio. Na estação de Chelas, muita gente nos observava e ria com as nossas palhaçadas. Felizmente chegaram as carruagens antes que alguém se tivesse lançado para a linha, tal era o estado de embriaguês de cada um. Vinham apinhadas de gente e não eram certamente o melhor local para acolher cinco malucos com sangue no álcool. Entrámos lá para dentro, fazendo uma barulheira do caralho.
Não deixei de reparar num porco que se lambuzava com um balde de pipocas e assim que o Metro chegou à estação da Bela Vista, meteu aquilo num saco de plástico e saiu das carruagens. O javardo nem a merda do seu lixo tinha levado consigo, o saco de plástico ficou em cima de um dos assentos.
Nessa mesma estação entraram três velhotas e foram ocupar os lugares adjacentes ao saco de plástico.
Falavam alto para caralho, pior que peixeiras.
Maria, ontem na tvi deu a noticia de mais um atentado no Iraque... coitadinhos. - dizia uma delas.
A conversa delas estava-me a dar diarreia mental e as putas das velhas nunca mais se calavam.
Tinha de as calar, não pensei em mais nada e o meu estado de embriaguês falou por mim...
Olhem que essa merda é uma bomba! - disse eu, com um ar sério.
As velhas olharam para o banco do lado e viram o tal saco preto fechado, era volumoso e tinha um aspecto suspeito.
Olharam umas para as outras e desataram aos berros...
Ai minha nossa senhora!... Uma bomba!... Socorro!... Uma bomba!
O Gonçalo, nosso colega de curso e também ele embriagado, mal ouviu a palavra bomba mandou-se logo para o chão e pôs as mãos em cima da cabeça, que figura cómica que aquele gajo estava a fazer, digna dos melhores circos mundiais.
Somente eu e o Alexandre tínhamos visto o outro gajo a tirar pipocas do balde que se encontrava dentro daquele saco preto e mais ninguém sabia que aquilo não se tratava realmente de uma bomba. O pânico instalou-se na carruagem e a mensagem espalhou-se depressa. Gritos e histerismo por todo o lado, uma situação cómica que me fazia rir para caralho com as tristes figuras que aquela pobre e inocente gente fazia.
Mas que merda vem a ser esta? - berrava o Alexandre, depois desatou a rir.
O Alexandre que ainda não estava contente com o pânico instalado, puxou a alavanca de segurança e foi o clímax de toda a palhaçada.
Todos voavam de sitio para sitio, muitos foram bater com os cornos na parede e o nosso colega Rui deu uma marrada num dos postes de ferro e arrochou inconsciente no chão.
O Metro estava parado entre estações, na ponte que se aproxima da estação das Olaias.
Com tanto sítio para aquela merda parar e o Alexandre tinha logo de puxar a alavanca de segurança em cima da ponte, lá em baixo viam-se as quintas a quarenta metros de altura e dentro das carruagens era o caos total.
Eu estou calmo... Eu estou calmo... - repetia o Luizinho, vezes sem conta.
O nosso pobre amigo estava alucinado com tanta agitação e os litros de imperial que transportava no estômago também não ajudavam.
Não era o único, estávamos todos bêbados, uns mais que outros mas ninguém estava no seu perfeito juízo.
Os momentos seguintes ao Alexandre ter puxado a alavanca de segurança e feito parar o Metro, foram de extrema agitação e o maquinista depressa tomou conta da ocorrência. Para fugir às perguntas do mesmo, fui ter com o Gonçalo que ainda se encontrava estendido no chão e aos berros...
Não me matem foda-se! Não caralho... - gritos histéricos do Gonçalo.
Coitado, o meu pobre amigo estava completamente passado dos cornos e deveria estar a reviver algum momento mais excitante dos seus jogos online. Deveria ter muito Quake naquela cabeça e já não dizia coisa com coisa.
O gajo estava todo borrado de medo e completamente a suar, encostei o meu sapato no seu ombro e chocalhei o Gonçalo.
Ele não reagiu logo mas quando voltei a aproximar o sapato de si, vomitou em cima dos meus sapatos Rockport.
Foda-se mas que merda foi essa? - gritei eu com ele.
Ele estava noutro mundo e nem deve ter ouvido, limpei os sapatos na camisola dele e fui ver como estavam os outros.
Deles todos tinha sido eu a beber menos e era o único ainda com alguma actividade mental.
O Rui, ainda estendido no chão, começou a mijar-se nas calças. O rapaz não deve ter aguentado os muitos litros de cerveja ingerida naquela mesma tarde e despejou tudo ali. Aquela mancha nas suas calças alastrava-se agora pelo chão, originando uma poça gigantesca em volta do seu corpo e o cheiro a urina começava a notar-se.
O Luizinho não parava de dizer que estava calmo, o Alexandre ria-se das velhas e tentava evitar o maquinista que andava atrás dele e o Gonçalo continuava a guinchar que nem um porco pronto para a matança.
Eu não estou em pânico... Eu não estou em pânico... - repetia o Luís.
O miúdo estava com uma psicose fodida, dei-lhe um par de estalos e sentei o gajo. Este tinha também bebido mais do que devia e mal encostou a cabeça no vidro, vomitou aquela merda toda.
As pessoas à sua volta agoniavam-se e fugiam para outras carruagens.
O Alexandre para acalmar a situação, começou aos gritos a dizer que íamos todos morrer.
Fui então falar com o maquinista, a situação estava caótica e já tinha ultrapassado à muito de uma simples brincadeira. As pessoas estavam mesmo assustadas e a situação era incontrolável.
Chefe, abra uma porta. Está aqui um cheiro a merda que não se pode. - disse eu, para o maquinista.
Eu gostava era de saber quem foi o engraçadinho que parou esta merda! - disse o maquinista, bastante irritado.
O cabrão tinha uma barriga maior que o meu caralho e se pegasse em algum de nós, fazia-nos em merda.
Após uma curta conversa, consegui que o barrigudo abrisse uma das portas para arejar a carruagem, o cheiro intenso a vomito e urina estavam a atrofiar com os neurónios de todos os presentes.
Eu também estava aflito para mijar, aproveitei a porta aberta e fui regar as hortas lá em baixo. Tinha a picha ao sabor do vento, aquele local era a única zona descoberta em toda a linha vermelha e despejava agora um litro de imperial, estando mais para sair senão fosse incomodado pelas muitas pessoas que queriam abandonar a carruagem.
Ninguém sai desta merda até eu saber o que se passou! - gritava o maquinista.
As velhas denunciaram o Alexandre e o maquinista foi buscar o gajo.
O Alexandre gritava por ajuda e eu meti-me ao barulho, afastei o maquinista com um empurrão. Instantes depois estava eu à porrada com o maquinista e vi o Alexandre pelas janelas do Metro, este já do lado de fora e a correr para a estação das Olaias que estava a menos de cem metros dali, toda aquela area era bem iluminada.
A cena de pancadaria pouco durou, fomos separados de imediato pelas muitas pessoas que nos rodeavam e aguardava agora pela polícia.
O maquinista fechou a porta manualmente e conduziu as carruagens até à estação seguinte onde já nos esperava um grande aparato policial.
Foram horas de interrogatório numa esquadra ali perto, depressa curei a bebedeira e deixaram-me ir para casa somente com um aviso enquanto o Gonçalo e o Rui foram directos para o hospital.
Já no Barreiro, o Luís estava capaz de se equilibrar e foi sozinho para casa a pé, não mais tive notícias de nenhum deles naquele dia.
Apanhei um táxi na estação dos barcos e fui para casa.
Assim que cheguei a casa despi logo a roupa.
Os meus sapatos permaneciam cagados de vómito do Gonçalo e eu estava numa verdadeira desgraça... um autêntico espanta fêmeas. Tentava agora lembrar-me do que tinha combinado para aquela tarde.
Foda-se... a Selene! - pensava eu alto.
Peguei no telemóvel pela primeira vez desde que tinha entrado no Metro e estavam lá nove chamadas por atender, quase todas do Alexandre e duas da Selene. Tinha estragado a foda do lanche por uma brincadeira parva.
Caguei no Alexandre e telefonei primeiro para a minha amiga Selene.
A conversa foi curta, ela estava chateada comigo por não ter comparecido à foda e não quis mais conversas, apesar de eu lhe tentar explicar o que tinha realmente acontecido. Pousei o telemóvel e fui cagar.
Quando voltei ao quarto estava novamente a tocar, desta vez era o Alexandre.
Olha lá caralho, fui assaltado nas Olaias e não tenho dinheiro para os transportes.
Os gajos levaram-me a carteira, depois consegui fugir para aqui mas nem sei onde estou.
Foda-se estou a ficar com a bateria fraca...
Vem-me buscar, não me abandones! Estou aqui perto do...

A chamada caiu, tentei ligar-lhe mas o gajo tinha o telemóvel desligado, acabou-se a bateria.
O estúpido com tanta conversa, esqueceu-se de dizer onde estava.
Assim não tinha maneira de saber onde o encontrar, estava super cansado e encostei-me na almofada.
Não me recordo de mais nada nesse dia, caí ferrado no sono e assim fiquei.

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