terça-feira, março 30, 2004

Agridoce

Acordei em sobressalto, sentia uma comichão desgraçada em cada colhão.
Depois da agradável coçadela, esgalhei o pessegueiro para libertar as tensões acumuladas durante a noite, tomei mais tarde um banho e sentia-me como novo para a aventura quotidiana.
As férias da Páscoa aproximavam-se, algumas faculdades estavam já de férias mas infelizmente o ISEL, a minha, gosta de ser diferente e não concedeu pausas a ninguém até somente três dias antes da Páscoa.
Tinha tido um sonho escaldante naquela noite, ainda sentia alguma tesão, mesmo depois da segunda punheta esgalhada no banho. O dia iria ser longo e pouco de bom prometia, apenas aulas das onze às cinco da tarde e um jantar de amigos que ameaçava ser apenas mais uma concentração de picha, sentada à mesa numa tasca qualquer de Lisboa e a embocar sangria até o primeiro cair no chão em coma alcoólico.
Pouco mais havia a fazer em casa, dei uma última mijadela e meti-me a caminho da faculdade.
As aulas foram a mesma merda de sempre, cada vez mais detestava aquele ambiente mas se queria ser alguém na vida, dava jeito acabar o curso. Certamente não iria passar o resto da vida somente a foder e a viver à conta dos pais, não que desgostasse da ideia.
Estava já no caminho de volta para casa quando recebi a confirmação do local e hora marcada para o restaurante e quem supostamente iria... por mensagem.
João, está no Jardins de São Bento às 21h.
Vai a mangueirada do costume mas trás alguma amiga contigo, vão mais gajas.

Vim nas pressas mas afinal tinha chegado cedo a casa, faltavam ainda três horas para o jantar.
Tinha de arranjar uma amiga para levar ao jantar, em três horas teria até tempo de arranjar amigas suficientes para encher um autocarro.
Fui cagar descansado, deixei-me relaxar na sanita e esperei até vazar completamente a tripa.
Estava tão cansado do intenso dia de aulas que entrei num estado de moleza tal que quase me levou a adormecer em cima da cagadeira.
O tempo tinha passado a correr, das três horas que dispunha quando cheguei a casa, estavam agora reduzidas a pouco mais de uma.
Peguei no telemóvel e liguei para a primeira rapariga que me lembrei.
Adoraria levar a Elisa comigo ao jantar mas infelizmente a minha linda estava a fazer o turno da tarde.
Telefonei então para a Vera, uma ruivinha muito gira que mora perto de mim.
Não a via desde há um bom tempo, assim ia igualmente bem acompanhado e sempre matava saudades da minha amiga.
Depois de ir buscar a Vera a casa, reparei novamente nas horas e o relógio marcava quase nove horas da noite, hora agendada para o jantar da mangueirada. Certamente que iria perder as primeiras dez rodadas de bebidas mas iria também muito melhor acompanhado que qualquer um deles. Iam outros amigos do Barreiro àquele jantar mas foram mais cedo para lá e ficámos de nos encontar no restaurante.
Chegámos finalmente ao local da janta, atrasados. A ruivinha tinha demorado algum tempo a arranjar-se.
Só havia gajos sentados naquela mesa que transbordava de bebidas alcoólicas, fiquei fodido com estes cabrões, pediram-me para levar uma amiga comigo e nenhum deles fez o mesmo. Imagino que as namoradas deles soubessem do que se tratava este jantar, então esquivaram-se de ir e preferiram sacrificar-se em casa a ver a sessão de novelas da TVI.
As bebidas começavam a ser servidas, os copos tão depressa enchiam como ficavam vazios.
Estes gajos pareciam camelos a beber e só descansariam quando tivessem esgotado a adega do restaurante.
A Vera sentia-se um pouco deslocada daquele ambiente, coitada, era a única gaja na mesa e estava rodeada de bêbados rebarbados a falarem de cona, inclusive eu próprio. Os poucos que ela conhecia para além de mim, eram os gajos do Barreiro. O Zé Luís tinha trazido o Alexandre e o Luizinho de carro, vinham com o banho tomado e mais uma vez prontos para tentarem a sua sorte no desbravamento de pito molhado nas noites quentes de Lisboa.
Estávamos todos juntos num cantinho da longa mesa. Para desanuviar um pouco o ambiente, contámos ao Luizinho e à Vera o que se tinha passado na semana anterior, na nossa última saída em conjunto. O Zé ainda tinha bem presente na sua memoria o facto de ter acordado numa cela da esquadra onde o pai dele trabalha, apesar de não se lembrar de nada daquilo que o tinha levado até lá.
A bebedeira foi tão potente que ele somente se lembrava de ter entrado no Portão bar e acordar depois na manhã seguinte, na esquadra.
O chulo que o Zé Luís tinha atropelado sobreviveu, aquele homem passou por tudo. Desde lhe passarem com as rodas dum Fiat Punto por cima, ter sido dado como morto durante várias horas e ainda ter viajado até ao cemitério, o cabrão estava com bom aspecto.
Somente partiu algumas costelas e deslocou um ombro mas estava agora sob custódia policial porque tinha treze gramas de cocaína no bolso das calças e posse ilegal de arma de fogo.
A Vera sorriu e ficou bem mais descontraída.
Com tamanha palhaçada só um surdo não ficaria e seria porque não a tinha escutado.
Comecei por sentir uma leve pressão na minha perna esquerda, foi aumentando tal como o calor dela emancipado.
Reparei depois que era a mão da ruivinha que timidamente vagueava pela minha coxa.
Coloquei também a minha mão debaixo da mesa, peguei na mão dela e arrastei-a para cima do fecho das minhas calças.
Se ela queria brincar, pelo menos teria de ser bem feito.
A Vera corou, olhou para mim e depois em redor para as outras pessoas sentadas à mesa, envergonhada que alguém estivesse a reparar naquele jogo de toques e carícias por debaixo do pano. Dei-lhe uns segundos para se habituar à ideia e se adaptar à situação. Larguei a mão da Vera e deslizei a minha de encontro às suas pernas, parando depois por cima do clítoris.
A agradável ideia de ver aquele pito ruivo aos saltos instalava-se na minha mente.
Massajava-lhe o pito, por cima das calças, intercalando com umas garfadas do arroz de pato.
Ela estava bastante húmida, sentia a sua excitação escorrendo pelos meus dedos.
Recebi uma chamada entretanto, que acalmou um pouco as coisas, era da Elisa.
A minha enfermeira preferida iria sair do trabalhar pouco depois da meia-noite mas infelizmente não dava para nos encontrarmos, eu chegaria ao Barreiro muito depois daquela hora. Com muita pena minha... e também com a mão da Vera cada vez mais mexida por cima das minhas calças.
Desliguei a chamada e levantei-me da mesa para ir à casa de banho, estava com uma tesão do caralho e aflito para mijar.
Alguns olhares seguiram-me no percurso até à casa de banho.
Momentos depois de chegar aos lavabos do restaurante, sem eu notar pela sua entrada, senti o toque da Vera. Eu estava de picha na mão, sacudia ainda umas pinguinhas de sangria organicamente destilada, pelo urinol abaixo. A Vera agarrou-me na gaita, sacudiu as últimas gotas e começou a esgalhar-me o pessegueiro, muito gentilmente com a sua mãozinha delicada.
Parece que não me enganei na porta. - dizia ela baixinho ao meu ouvido, bem coladinha atrás de mim.
Ela não poderia estar mais correcta, acertou exactamente na porta que tinha prémio.
Virei-me de frente para ela e num ataque louco de excitação, despi a ruivinha em poucos segundos, ela tentava beijar-me enquanto a despia e puxou-me os cabelos com tanta força que a minha cabeça mais parecia uma esfregona exposta ao vento. Naquela altura não quis saber disso e somente me preocupava em fodê-la. A ruiva saltou com a nalga para cima do lavatório e foi penetrada o mais depressa que consegui, as suas unhas marcavam as minhas costas mas era uma dor agradável e fodiamos que nem loucos.
A aventura no lavatório pouco durou, tinha sido mais uma rapidinha para libertar a tensão e esgotar a tesão.
Os nossos corpos pareciam saciados, agora ofegantes e de volta à realidade.
Eu acabei de me vestir primeiro e fui na frente tomar o meu lugar, a Vera seguiu-me dois minutos depois.
Finalmente tinha chegado a sobremesa à mesa de jantar mas eu já tinha comido a minha, na casa de banho, e estava cheio por enquanto.
O grupo agora estava mais reunido e já havia comunicação entre as duas pontas da mesa.
Aproximava-se a hora de pagar a despesa e combinava-se um sítio para irmos todos.
Escolhemos o Bairro Alto como destino seguinte, pagámos a conta e fomos directos para lá.
Era quase uma da manhã, o jantar acabou por ser mais longo do que o inicialmente esperado.
Ninguém conhecia muito daquela zona onde estávamos mas o Bruno disse que tinha um porteiro amigo que trabalhava num daqueles bares. Fomos então para o tal bar, apesar de eu inicialmente discordar por achar o nome do sítio um pouco do estilo caga para dentro e aquela ser uma zona preferencialmente frequentada por rabetas.
Éramos mais de dez gajos e somente uma rapariga no grupo, estranhei o facto do porteiro nos deixar entrar a todos sem qualquer pergunta e gostei ainda menos do sorrido que ele esboçou quando passámos junto dele. Estava quase que a adivinhar o que era aquela merda, pouco mais faltou para ver as minhas suspeitas confirmadas.
Mal atravessámos a porta do bar, notei logo a escassez de fêmeas naquele local, somente contei uma, a minha amiga Vera.
Fui logo disparatar com o Bruno e fiquei todo fodido com ele por nos ter arrastado para aquele bar gay.
Tu estás todo queimado, caralho!
Andaste a fumar o quê para nos trazeres para esta merda?
- barafustava eu com ele.
Epah! Desculpa lá, esta merda mudou de gerência e eu não sabia. - desculpava-se ele.
Quando o último de nós entrou no bar, já o primeiro se preparava para sair mas uma das bichas foi-se meter com o Luizinho.
Estava visivelmente a assediar o rapaz e o Luizinho começou a entrar em stress.
O rabeta passou-lhe a mão pelo cu, o Luizinho não se deve ter importado mas como ficámos todos a olhar para ele com cara de parvos a assistir àquele triste espectáculo na expectativa de ver qual a reacção dele, rapidamente começou a gritar com o paneleiro, numa tentativa de se fazer de macho.
O Alexandre meteu-se também ao barulho e tentava impor-se na discussão, agarrando numa cadeira.
O próximo paneleiro que se aproximar de nós, leva com esta cadeira nos cornos. - gritava ele.
Um dos rabetas, completamente vestido de cabedal, deveria querer impressionar o namorado que também deveria estar naquele bar e tentou mostrar o seu lado másculo. Começou a rir-se na cara do Alexandre e disse-lhe que ele não era homem para fazer tal coisa.
Estás-te a rir, paneleiro?! - gritou uma vez mais o Alexandre.
O rabeta acenou e levou com a cadeira nos cornos.
Instalou-se a confusão, as bichas juntaram-se à discussão e gritavam mais que nós mas em desvantagem davam menos porrada, para além de termos o Alexandre sempre bem armado com cadeiras à mão.
Nem um minuto tinha passado connosco dentro daquele bar de panascas e já andávamos todos à porrada com umas bichas que se sentiam ofendidas. Foi tudo corrido a pontapé e estalada pelos seguranças do bar, que também eram paneleiros e a sessão de pancadaria continuou na rua por mais alguns minutos. Vinham mais bichas em auxilio das que já estavam esmurradas e rendiam-se ciclicamente umas às outras.
Aquela merda parecia não ter fim, havia claramente uma vantagem numérica por parte dos paneleiros mas quem dava os murros com mais força éramos nós. A enorme confusão desfez-se com a chegada da polícia, entretanto já alguns de nós tinham sangue no rosto e pequenas escoriações nos braços por andarmos a rebolar pelo chão áspero de calçada, no Bairro Alto. Ficámos cansados mas felizes por termos defendido a nossa virilidade e comprovarmos que um homem a sério é duas vezes mais macho que uma bicha qualquer.
A noite em Lisboa tinha acabado, pelo menos para mim.
Peguei na Vera e despedi-me dos restantes convidados do jantar, excepto dos que iriam comigo para o Barreiro.
O Zé Luís ficou de transportar o Alexandre e o Luizinho para casa.
Deixei tudo para trás, estava farto daquela curta noitada em Lisboa.
Devido à hora, decidimos primeiro passar pelo Portão para bebermos um copo antes de rumarmos a casa.
Em menos de uma hora chegámos lá.
Estacionamos os carros em frente ao bar, já longe daquela concentração excessiva de bichas alucinadas a gritarem que nem histéricas, estávamos finalmente de volta ao nosso cantinho habitual e livres daquela escumalha.
Fui directo ao balcão do bar, precisava urgentemente de uma bebida e das fortes.
Contei à Valu o que se tinha passado, depois de três copos duma mistura que ela me preparou, já ria desalmadamente.
As pessoas ao meu lado deveriam ter escutado a conversa, também elas esboçavam um sorriso.
A ruivinha começou a abrir a boca, estava a ficar com sono.
Eu tinha ainda mais de meio copo para beber e disse-lhe que iríamos embora quando acabasse a bebida.
O Zé andava nos coros a uma loira, sua colega de trabalho, enquanto que o Alexandre estava sentado no sofá à conversa com o Luizinho, talvez a reviverem a experiência vivida momentos antes em Lisboa.
Mais uma vez tive de ir mijar, agora não dava para levar comigo a companhia de doce Vera, o bar estava apinhado de gente e a Valu começou logo a acenar que não com a cabeça. No caminho para a casa de banho, cruzei-me com uma beldade, uma doçura de rapariga que estava entre mim e a porta do meu lavabo, calmamente a beber a sua imperial e na companhia de uma amiga.
Olá menina, dá aí um jeitinho, se fazes favor. - disse-lhe eu, sem pensar e levado pelo álcool.
Ela sorriu e eu fui atrás.
Deixei-me rir, talvez pelo meu estado de sangue no álcool mas depois apercebi-me que estava a servir de palhaço da festa, mais palhaço que eu ali naquela situação só o próprio Batatinha.
Ela concedeu-me passagem e desviou-se da porta.
Ouvia o som do mijo a bater no urinol ao mesmo tempo que continuava a escutar o riso delas.
Parei de mijar, sacudi a gaita e encostei-me à porta, de modo a tentar ouvir o que eles estavam a comentar.
Que bebedeira! - dizia uma delas.
Ele até é giro, achei-lhe mesmo piada. - acrescentava a outra.
Como não conhecia a voz de cada uma, não sabia qual delas me tinha achado giro.
Talvez tivessem sido as duas mas para uma delas me chamar bêbado, certamente estaria já queimado e seria uma carta fora do baralho, numa última tentativa minha de preencher o resto da noite montado nalguma gaja, visto que a ruivinha dali iria directamente para casa.
Tentei recuperar parte da postura de sóbrio e quis explorar melhor aquilo, tinha também de me lembrar de avisar a Valu para não me dar misturas tão fortes como aquela em noites de engate.
Sai do cubículo onde me encontrava encostado atrás da porta e fui directo para o balcão, elas entretanto tinham ido para lá também.
Estavam à conversa com a Valu, talvez se conhecessem.
Aproveitei o momento que a Vera se levantou, também ela para ir dar uma mijinha antes de ir embora, para perguntar à Valu quem eram aquelas meninas.
A Patrícia e a irmã? Tu não tens remédio, João. - disse ela, esboçando um sorriso malandro.
Fui ter com elas, pareciam-me boas raparigas e não iriam levar a mal uma pequena aproximação.
Desculpem o momento de há pouco...
A Valu às vezes abusa nas doses das bebidas.
- introduzi-me eu na conversa delas.
Não faz mal, estávamos também na brincadeira contigo. - disse uma delas.
Soube momentos depois que se chamava Patrícia.
Mana, tenho de ir andando. Queres boleia para casa? - perguntava a outra.
Não, vai lá. Eu estou em condições de conduzir. - respondeu a Patrícia.
Ela despediu-se e foi embora.
Fiquei um pouco à conversa com a Patrícia, encostado ao balcão do bar enquanto a Vera não regressava.
Afinal a Patrícia já me conhecia, somente eu andei distraído este tempo todo que não tinha reparado numa doçura de miúda daquelas. Rapidamente trocámos os números de telemóvel e a bebida servida pela Valu não estava somente a exercer um efeito esquisito em mim, a Patrícia estava também um pouco eufórica e pediu-me que lhe ligasse assim que fosse levar a Vera a casa.
A ruivinha finalmente regressou da casa de banho, despedi-me da Valu e da Patrícia ao balcão e fui procurar os outros malucos que deveriam andar espalhados pelo bar. O Zé continuava no coro à sua colega de trabalho, este aproveitava a pouca folga que a namorada lhe tinha dado naquela noite e estava já a trabalhar numa outra chatice para se meter.
Não mais vi os outros dois, o Luizinho mora relativamente perto do bar e o Alexandre somente duzentos metros mais à frente, certamente teriam ido a pé para casa. Levei então a Vera a casa e disse-lhe que ia dormir. Menti descaradamente à minha amiga mas acima de tudo não a queria magoar, dizendo-lhe que iria para junto de outra mulher. Após deixar a ruivinha subir as escadas, afastei-me um pouco da sua rua e estacionei novamente o carro, agora para telefonar à Patrícia que já me aguardava há algum tempo.
Doçura, estou a cinco minutos da tua casa. - disse-lhe eu.
Está bem. Olha, espera...
Trás algo doce, algo quente.
- pediu a Patrícia.
Levo comigo o calor dos meus beijos. - avancei eu, sorrindo depois.
Não perdi mais tempo e desliguei a chamada. Estava cheio de tesão, todo o meu corpo aclamava pela Patrícia, aquela doçura de rapariga que nunca antes tinha provado. Meti o motor a trabalhar e fui ter com ela.
Cheguei à porta do seu prédio, um edifício enorme no centro do Barreiro. Tudo estava sossegado nas redondezas, nada fazia antever o enorme terramoto que eu já imaginava na minha mente perversa por sexo. Sentia um intenso fogo dentro de mim e só havia uma pessoa naquela noite que o faria acalmar. Subi por elevador até ao quarto andar, a Patrícia saiu de casa e fechou a porta depois. Meteu-se dentro do elevador e disse-me que iríamos para o terraço do prédio.
Faltavam ainda cinco andares, uma eternidade. Não aguentei a distância que nos separava, as minhas mãos cercaram-se do seu rosto e após umas suaves carícias, foi a vez dos nossos lábios entrarem no jogo de prazeres.
Ela começou por hesitar no beijo mas depressa a sua língua acompanhou a minha.
O calor dos seus beijos era intenso e aumentou drasticamente quando uma mão minha lhe agarrou um seio.
Patrícia tem os seios pequenos mas muito bem feitinhos, extremamente sensuais e ninguém lhes ficaria indiferente.
Tínhamos deixado as cortesias no quarto andar, a nossa excitação aumentava à medida que subíamos, pelo elevador.
Chegámos ao último andar, eu trazia já o pólo despido e meia camisa desabotoada. A Patrícia conservava ainda a roupa toda mas desde há muito que eu a tinha despido mentalmente.
Passei um dedo pelos seus lábios, ela respondeu com uma suave dentada. Senti todo o calor da sua respiração, já um pouco ofegante e cada vez mais quente, Patrícia colou novamente os seus lábios nos meus, pegou-me pela mão que passeava agora pelo seu pescoço e levou-me para ver a surpresa que me tinha reservado, lá fora no terraço.
Estava um pouco frio na rua, para mais àquela altura.
Uma pequena mesa estava disposta sobre o chão de cimento do terraço, nela uma garrafa de champagne juntamente com dois copos e era iluminada por duas velas que a Patrícia acabara de acender.
Nem sei o que te dizer...
Foi a surpresa mais linda que alguém me preparou.
- confidenciei-lhe eu, um tanto emocionado.
Vem João, ainda não acabou... - disse a Patrícia.
Abri a garrafa de champagne e servi dois copos para nós.
O meu corpo estava ali bem presente mas a minha mente tinha alcançado um estado tal de êxtase que tudo aquilo me parecia um sonho.
Caí novamente na realidade quando a Patrícia pousou o seu copo sobre a mesa e me abraçou, num longo e quente abraço.
Afastei-lhe os lisos cabelos pretos da face e beijei-a docemente. Tudo era feito muito lentamente, não tínhamos qualquer intenção de apressar as coisas e íamos deslumbrando a Lua cheia que pairava por cima de nós.
Patrícia desabotoou-me lentamente o resto da camisa e os seus lábios humedeciam cada pedaço de mim que ela tratava de destapar.
Deixei-me levar pela intensidade dos seus toques, eram carinhosos e escaldantes.
Retirei-lhe cuidadosamente a blusa, debaixo somente havia a sua pele e a minha boca foi directa para o biquinho dos seus mamilos.
Estavam bem rijinhos, toda ela transbordava excitação.
Encostei a Patrícia à mesa e desci lentamente com a língua pelo seu elegante corpo até à cintura. Parei, por momentos, no umbigo.
Lambi cada cantinho daquela cavidade e queria agora aventurar-me noutros buracos ainda mais quentes.
Desapertei o fecho das suas calças e puxei-as para baixo.
Mordiscava-lhe toda aquela zona que se escondia somente debaixo do fio dental que a Patrícia vestia e chupava os seus lábios vaginais que de tanto incharem, estavam agora bem rosadinhos e sentiam o toque directo da minha boca.
Ia baixando muito lentamente a pouca tira de tecido que ainda cobria a Patrícia. Ela agarrava-se cada vez mais firmemente aos meus cabelos e tentava posicionar a minha cabeça entre as suas pernas, exercendo cada vez mais pressão.
O seu gostinho a pito molhado era divinal, Patrícia tinha somente uma curta tira de pelinho, pouco acima do clítoris.
Lambi cada pedacinho do seu corpo, inicialmente dei menos atenção ao clítoris mas quando ela já fervia completamente e tinha a sua excitação bem no auge, os meus lábios coloram-se no clítoris e não mais de lá saíram até ela se vir. Patrícia afastou a minha cabeça do meio das suas pernas, ela tinha ficado um pouco sem fôlego e queria recuperar para mais uma jornada de prazer sem limites.
Beijei-lhe os lábios carnudos, a sua língua abraçava a minha e os nossos corpos queriam um contacto ainda mais directo. Ela estendeu as costas pela mesa e levantou um pouco as pernas. Penetrei-a lentamente ao início mas depois com extremas variações de ritmo, criámos numa ligação muito forte entre nós, duas pessoas que mal se conheciam e que poucas horas antes eram completamente indiferentes uma à outra, estavam agora num modo tão chegado como se tivessem feito aquilo em conjunto durante toda a vida.
Fizemos amor durante toda a noite.
Quando os primeiros raios de Sol começaram a aparecer, escutávamos também o som dos pássaros que andavam de árvore em árvore e ficámos abraçados, ali completamente nus.
O amanhecer tinha também trazido algum frio, vestimos as nossas roupas amarrotadas e recolhemos para dentro do prédio.
Trocámos longos beijos antes de me ir embora para casa.
Cheguei a minha casa completamente exausto, não tinha sido a cena de pancadaria em Lisboa que tinha rebentado comigo, nem as fortes misturas alcoólicas preparadas pela Valu mas sim a paixão mostrada pela Patrícia em cada momento que partilhámos.
Despi toda a minha roupa e meti-me logo na cama.
Gostaria de reviver todos aqueles momentos intensos de paixão no sonho mais próximo.
Ajeitei a cabeça na almofada e adormeci, esperando que o meu desejo se realizasse.