segunda-feira, agosto 30, 2004

Ares de Espanha

Algo diferente mexia comigo, não era somente a minha mão a esgalhar o pessegueiro, tinha a puta da gata aos meus pés, aconchegando-se do refreado da noite. Eram sete da manhã, esta pequena bolinha de pêlo insistia comigo para lhe dar de comer.
Vai chatear a tua dona! – gritava eu para a gata, referindo-me à minha mãe.
Espera com isso poder acabar de bater a minha habitual punheta matinal de bons dias ao caralho até me vir, sem interrupções, mas o bicho não percebeu.
O dia adivinhava-se agitado, lá acabei por ceder aos caprichos da gata depois de me vir.
Dei-lhe um pouco de peixe, ainda com a mão imunda dos meus próprios fluidos e abri a janela da cozinha. Finalmente o Sol dava um ar da sua graça, após uns dias bastante nublados e com alguma chuva, em pleno mês de Agosto.
Infelizmente não poderia passar toda a manhã na cama, tive de alimentar os animais e tratar dos últimos preparativos antes de rumar a Palma de Maiorca. Tinha marcado esta viagem com a Elsa, há uma semana atrás, e pedimos ao Gonçalo e à Cátia que nos acompanhassem.
Poderia ter pedido ao Zé Luís e à Mónica que também viessem connosco, sempre seria mais um casal para brincadeiras, mas não falava com eles desde que regressámos de Lagos, o nosso desentendimento ainda estava bem presente nas nossas memórias e tentaria ao máximo desencontrar-me com essa confrontação. Estava de partida para bem longe deles e de toda a confusão que nos envolveu, algo me impingiu que lhes falasse e procurasse esclarecer o que ainda houvesse para ser discutido, coisa que me deixara pouco à-vontade e sem controlo da situação.
Telefonei então para a Mónica, não falara com ela há mais de dez dias... disse-me para passar na casa dela depois de almoçar. Seria uma boa altura, tinha o voo marcado para as seis da tarde e dar-me-ia tempo suficiente para depois passar atempadamente na casa das meninas e do Gonçalo. Ele foi o único que ganhou algo de novo com aqueles dias passados na casa de Lagos. O cabrão andou a comer a Marina durante todo este tempo desde que saímos de lá, aproveitando a viagem de férias dos pais dela para tirarem o máximo proveito de todas as divisões da sua casa.
O pobre rapaz continuava modesto como sempre, não contando nada aos amigos, mas trazia consigo sempre um sorriso de fodilhão estampado na cara. Numa tarde, depois de algumas rodadas seguidas de imperiais, deixou escapar que a andava a foder a Marina desde que a conheceu, que era uma maluca na cama e guinchava que nem uma porca.
Depois de almoçar, passei na casa da Mónica. Ela recebeu com dois beijos na cara e o Zé Luís apareceu por trás, cumprimentando-me calmamente e sem qualquer problema. Não pensei que ele estivesse em casa dela, mas acabou por ser vantajoso, sempre poupei na gasolina de mais uma viagem.
Eles tinham retomado a relação há pouco tempo, certamente fizeram apagar das suas memórias os incidentes ocorridos entre mim e a Mónica nos chuveiros da Residência da faculdade. O Zé Luís olhava agora para mim de modo bem diferente daquele último olhar que trocámos na despedida de Lagos. Já não trazia consigo a mágoa demonstrada no Algarve e continuamos amigos como sempre.
Bebi um cafezinho em casa da Mónica, conversei um pouco com eles e fui buscar as meninas a casa, deixando o Gonçalo para último. Iniciávamos agora a viagem rumo a Palma de Maiorca.
Estacionei o carro num dos parques do Aeroporto de Lisboa, sabia que iria pagar uma fortuna quando o viesse levantar mas sempre ficaria mais em conta que fazer todo este percurso de táxi.
Fizemos o Check in e esperámos pelo embarque. Entrámos a bordo do avião uma hora depois.
Olá, traz mais alguma bagagem consigo? – perguntou-me com simpatia uma das hospedeiras.
Não, apenas a eles. – respondi-lhe com uma certa ironia.
A bela mulher sorriu e foi dispensar um pouco da sua atenção a outros passageiros.
A viagem até Palma de Maiorca foi calma, quase sempre acompanhados por uma vista magnífica sobre a península Ibéria. Aterrámos no Aeroporto de Palma eram quase oito da noite, uma hora mais que em Portugal.
Durante o percurso para o hotel em Ca’n Pastilla, feito de autocarro, o guia português falou-nos do agradável clima que se fazia sentir por toda a ilha, sempre com temperaturas acima dos 30ºC mas humidades próximas dos 95%, que levariam a algum desgaste físico extra nos primeiros dias de estadia.
Chegámos ao hotel, em Ca’n Pastilla, uma vasta e popular estancia balnear que fica situada a oito quilómetros da cidade de Palma. A elevada temperatura era evidente, acompanhava-nos desde o momento que descemos do avião, e ainda se viam algumas pessoas dentro de água no extenso areal da praia de Palma.
Jantámos no hotel, vínhamos em regime de pensão completa, e saímos logo para as movimentadas ruas de Ca’n Pastilla. Rapidamente nos apercebemos que estávamos diante de uma agradável e agitada vida nocturna, cheia de vivacidade, que se prolongava por sete quilómetros de areia que ligavam Ca’n Pastilla à zona do Arenal, na outra extremidade da praia.
Estávamos cansados da viagem, o suor escorria pelos nossos rostos, caminhámos quase até meio da extensa praia, parando em dois bares pelo caminho. A humidade ofegante e a temperatura extremamente elevada faziam que o cansaço da viagem nos pesasse ainda mais nas pernas. Voltámos então para o hotel, a visita à praia ficava fechada naquela noite.
Tínhamos escolhido quartos duplos, o Gonçalo e a Cátia teriam de passar as noites juntos. Ela a princípio, quando fizemos as reservas para estas férias, ficou apreensiva mas depois acabou por se habituar e gostar da ideia.
Ficámos hospedados no mesmo piso do hotel, em quartos seguidos. Subimos para os quartos e despedimo-nos.
Eu e a Elsa desfazíamos as malas, ela retirava cuidadosamente as roupas da sua mala, os biquinis, as cuequinhas e tudo o mais que lhe ficava muitíssimo bem. Ela é daquelas raparigas que fica bem com qualquer trapinho, tem um corpinho escultural e a roupa assenta-lhe na perfeição sobre as suas belas cursas.
Ao vê-la manusear naquelas peças de roupa, despertou-me o apetite sexual.
Linda, porque não desfazemos as malas depois? – perguntei-lhe eu, passando uma mão pelas suas costas.
Senti o calor do corpo da Elsa na palma da minha mão, reduzindo as elevadas temperaturas que se faziam sentir na rua a agradáveis brisas de Primavera.
Deixámos as malas por desfazer de lado e caímos no outro lado da cama, abraçados e cruzando as nossas línguas uma na outra. Os beijos rapidamente levaram às carícias, estas aceleraram as nossas hormonas e fizemos amor, tirando quase nenhuma das nossas roupas dos corpos. Estes suavam quando acabámos, desfizemos as malas e fomos para a varanda. Apreciávamos a vista sobre a praia, no quarto ao lado já o Gonçalo e a Cátia dormiam, possivelmente sem se passar mais nada entre eles.
O último andar do hotel Las Arenas dispunha de uma vista maravilhosa sobre toda a extensão do areal, regalávamos os nossos olhos sem ninguém a mirar-nos.
Estávamos em trajes menores, vestia apenas uns finos calções e a Elsa passeava o seu corpinho pela varanda somente com umas cuequinhas de renda brancas bem justinhas ao rabo. Veio sentar-se no meu colo, baixei os calções e desviei-lhe a cuequinha para o lado. Fazíamos amor calmamente, ela voltada de costas para mim e balanceando o seu corpo no meu colo.
Explodimos de prazer e adormecemos na varanda.
Durante a noite, quando as temperaturas baixaram um pouco e arrefeceram os nossos corpos despidos, acordámos e recolhemos ao interior do quarto, saltando para a cama. Deixámo-nos adormecer abraçados e sentindo a respiração um do outro.
A noite anterior tinha sido bem dormida, apesar do intenso calor que se fazia sentir em Palma de Maiorca. Tomámos o pequeno-almoço por volta das nove e meia da manhã, no hotel. Tal como combinado de véspera com o guia que nos trouxe do Aeroporto, tivemos uma palestra juntamente com o resto do grupo de portugueses que nos acompanharem para estes ares de Espanha. O gajo da agência tentava levar-nos a comprar excursões de exploração à ilha de Maiorca, mas não fiquei muito convencido para ir nalguma delas... teria de me sujeitar aos seus horários, aos seus percursos e à companhia daquela gente toda.O olhar doce da Elsa e a persistência do guia fizeram-me mudar de opinião. O Gonçalo também se mostrou interessado, não queria faltar à visita das grutas na parte oriental da ilha e a Elsa gostaria de fazer o cruzeiro pela costa sudoeste da ilha. Acabámos por escolher essas duas excursões e mais uma nocturna no restaurante Cocó la nuit na cidade de Palma, com espectáculo de transformismo. Eu não queria ir ver aquela merda, mas o restaurante era de elevado requinte e iria provar o melhor da cozinha francesa. Os travestis que dançassem à vontade, mas longe de mim, enquanto eu me regalaria com as maravilhas gastronómicas.
Abandonámos a palestra, após pagarmos as excursões, e fomos tratar do almoço.
Almoçámos tarde e quisemos ir conhecer toda a extensão da praia de Palma, cerca de oito quilómetros de areia que separam Ca’n Pastilla da zona do Arenal.
Não iríamos percorrer toda a praia a pé, estávamos de férias e não nos queríamos cansar daquela maneira. A solução encontrada foi o comboio turístico, tren como é conhecido na região. O serviço retomava a actividade às cinco da tarde, esperámos no hotel até essa hora no hotel. O Gonçalo ficou a conversar com a Cátia no bar enquanto eu e a Elsa subimos para o quarto. Tínhamos apenas mais uma hora de espera, estava um calor abrasador e os nossos corpos pediam pelo contacto molhado dos nossos lábios. Tomámos um duche e fizemos amor na banheira, muito lentamente, com ela sentada no meu colo e recebendo as minhas mãos no seu corpo. A água fria da torneira aquecia com o calor dos nossos corpos, Elsa marcava o ritmo com que era penetrada por trás e estimulava o clítoris com a sua mão, deixando eu as minhas mãos bem firmes nos seus seios, apertando-os cada vez mais. O calor dos contactos intensificava-se e viemo-nos naquela posição, inundando a banheira com o resultado da nossa paixão.
Restava-nos pouco tempo, vestimo-nos e depressa descemos até ao bar, de encontro aos nossos amigos.
Eram cinco horas em ponto quando apareceu o primeiro comboio turístico da tarde. Um espanhol dizia que agora vinham de quinze em quinze minutos e o último seria à meia-noite. Não nos faria diferença, a essa hora já queria estar enfiado na cama com a minha querida Elsa.
Percorremos a totalidade do percurso em vinte minutos, sempre junto à praia, numa passadeira de calçada construída para estes carros e bicicletas. Apreciámos os contrastes de toda a região, havia uma grande diferença na expansão turística de Ca’n Pastilla e do Arenal, onde tínhamos agora chegado.
A qualidade ia decrescendo à medida que nos afastávamos do início da praia de Palma, em Ca’n Pastilla, até chegarmos ao Arenal onde nos deparávamos com uma visão mais residencial, menos explorada pela indústria hoteleira, quase um típico bairro de pescadores, bem diferente de todo o luxo e vivacidade de Ca’n Pastilla. Sinceramente, parecia a praia dos pobres em comparação com o outro lado da região. Pensei em ir apenas conhecer a localidade e deixar a praia para a manhã seguinte, já em Ca’n Pastilla, mas estava um calor insuportável. Era um daqueles dias que até as poças de água no asfalto serviriam para as pessoas se refrescarem, tivemos obrigatoriamente de nos refugiar nas areias do Arenal repletas de gente. Esta porção de areia também fazia parte da mesma praia maravilhosa que me tinha banhado horas antes, mas estava menos cuidada e o fundo do mar estava cheio de pedras enormes, fazendo desta zona uma atracção turística de menor relevância.
Passámos umas horas no Arenal, até nos ser possível levantar o cu da areia e nos afastarmos da proximidade do mar para retomarmos a Ca’n Pastilla, no comboio turístico que simpaticamente havíamos nomeado de carrocinha. Esperáva-nos o percurso inverso de vinte minutos, agora sob um calor menos abrasador.
Deixámos a zona do Arenal rumo ao hotel em Ca’n Pastilla, parecia que estávamos de regresso à civilização e que o ritmo agitado desta zona balnear nos tinha feito falta nas últimas três horas passadas nas areias do Arenal.
Não era somente a praia e os empreendimentos hoteleiros que eram inferiores daquele lado da baía, também as raparigas e mulheres que se banhavam naquelas águas eram menos elegantes que as inúmeras avistadas em Ca’n Pastilla. O Gonçalo deveria estar a pensar no mesmo que eu, olhou para mim com aquele sorriso característico de putanheiro com o cio e tentava seguir com os olhos cada mulher interessante que passeasse junto à praia.
Chegámos ao hotel e fomos de imediato tomar um duche para retirar o sal. Ao fim de meia hora, estávamos os quatro no restaurante do hotel a jantar e logo saímos para a rua quando acabámos a deliciosa refeição.
O calor intenso e a humidade do ar próxima dos 95% deixaram-nos exaustos após a nossa já habitual voltinha junto ao mar e tendo sempre do outro lado da rua os infindáveis bares e discotecas que compunham a vida nocturna desta localidade. Voltámos ao hotel depois de mais uma jornada a rodar alguns bares, sentia-me pouco entusiasmado para fazer amor, talvez devido ao enorme cansaço e adormeci pouco depois de me deitar na cama com a Elsa a meu lado dando-me beijos no braço que a rodeava.
Acordei a meio dessa mesma noite, Elsa tinha-se deixado dormir com a televisão ligada. Desliguei a televisão e olhei para Elsa dormindo docemente a meu lado, estava de costas para mim, beijei-a na nuca e fui avançando suavemente com os lábios de encontro ao seu ombro. Ela suspirou e esboçou um leve sorriso, continuando a dormir na paz do seu sono. Pequei no lençol que nos cobria pouco mais que as pernas e tapei a minha princesa que repousava nua.
Abracei o seu belo corpo e voltei a adormecer.
Os primeiros raios de Sol de quarta-feira já há muito que tinham entrado pelo interior do nosso quarto, iluminando os nossos corpos. Acordei bem disposto, olhei para o lado e vi a coisinha mais linda deste mundo. Contentei-me por despertar um dia mais na presença desta doçura de mulher. Acordei a Elsa e meia hora depois estávamos com o Gonçalo e a Cátia, tomando o pequeno-almoço.
Era dia de excursão, as grutas de Drach e Hams aguardavam por nós. Iríamos visitar o lado mais oriental da ilha e duas das suas famosas grutas, Drach e Hams, que no dialecto da ilha significam Dragão e Anzol.
Saímos do hotel eram nove da manhã, em direcção a Manacor passando por várias povoações do centro da ilha de Maiorca. Numa delas, em Villafranca, podemos ver a confecção das famosas pérolas artificiais, numa das melhores fábricas da região. Apesar da beldade exposta no calcário das pérolas, nada reluzia mais aos meus olhos que a bela Elsa, sempre radiante e passeando entre as outras jóias.
A Cátia ficou encantada com tamanha beleza das pedras e não se conseguiu conter...
Já fui gastar dinheiro! – dizia ela, sorrindo.
Então, foste comprar gelados para nós? – perguntei eu.
Fizeste bem, já me estava a apetecer um... – acrescentou o Gonçalo, sendo interrompido pela Cátia.
Não, nada disso. Vejam lá se gostam?!
Mostrou-nos um pequeno embrulho com uma caixinha dentro, nessa caixa estava um pequeno piercing com duas pérolas de diferentes tamanhos, uma em cada ponta.
Grande nível, muito bonito. – disse eu, participando na sua alegria.
Pois, com o cartão de crédito do papá também posso gastar dinheiro nestas coisinhas. – acrescentou ela.
A Cátia tinha gasto uma pequena fortuna num pedacinho de titânio com duas pérolas nas pontas, mas estava bastante contente e o seu olhar brilhava de alegria, não fosse ela mulher e tudo o que implicasse gastar dinheiro era sinónimo de felicidade.
Depois da visita à fábrica das pérolas, partimos para Porto Cristo e visitámos as grutas de Hams, famosas pelas estalactites em forma de anzol, donde deriva o seu nome.
Era de facto um local lindíssimo, o interior da gruta fazia-nos relaxar e dar largas à imaginação, transportando-nos para uma história de aventuras e recheada de emoções fortes, tento apenas como limite a força da nossa imaginação.
Saímos de Hams e entrámos nas grutas de Drach, um lugar igualmente espectacular. Estas grutas são consideradas como uma das maravilhas do mundo com o maior lago subterrâneo da Europa. Assistimos a um grande espectáculo de luzes e som sobre as águas negras do Lago Martel, no interior da gruta. Fiquei surpreendido com tamanha grandiosidade, navegávamos no lago observando em poucos minutos o semelhante ao efeito do nascer do Sol dentro da gruta e a sua luminosidade tocando nas águas do Martel, representados por feixes de luz, ao mesmo tempo que escutávamos música clássica.
Foi uma visita agradável, desfrutámos de ambientes naturais onde a única intervenção do Homem tinha sido iluminá-los e dá-los a conhecer aos da sua espécie.
Voltámos ao hotel, jantámos e demos o habitual passeio pela praia de Palma, indo abastecer ao bar mais próximo sempre que necessário.
Eram quase duas da manhã quando regressámos aos quartos, a tarde bem passada no interior das grutas tinha-me despertado o apetite sexual e sentia nos beijos da Elsa um chamamento animal para fazermos amor. Não deu tempo para fecharmos a porta do quarto, as nossas mãos tinham tomado conta da situação.
A Cátia interrompeu-nos, tinha-se esquecido do telemóvel dentro da mala da Elsa e ficou um pouco envergonhada por nos ver agarrados daquela forma selvagem. Eu estava já em tronco nu e todo despenteado, enquanto a Elsa tinha as suas cuecas descidas pelos joelhos e as mãos na minha braguilha. Parámos naturalmente por ali, Elsa foi buscar o telemóvel da Cátia. Aproveitei para retomar o fôlego, Elsa é uma mulher bastante fogosa e que me deixava completamente de rastos.
A Cátia foi para o seu quarto e lá fechámos a porta do nosso, finalmente, e retomámos o que tínhamos começado dois minutos antes. Tínhamos a cama a cinco metros de nós mas tardávamos para lá chegar, retirámos o resto das nossas roupas junto à porta do quarto e encostei a Elsa à parede adjacente, penetrando-a de pé. O nosso ritmo era elevado, os nossos corpos pediam urgentemente por carícias e algo mais, algo que nos saciasse o corpo e sobretudo a mente. Da porta de entrada, passámos para a casa de banho, testando a resistência do lavatório, Elsa sentou o seu rabinho lá e fizemos amor, abraçados e trocando beijos ardentes, com penetrações profundas e calminhas.
Quando terminámos, passámos a cara por água e dirigimo-nos para a cama, mas antes de lá chegarmos, a Elsa deitou de barriga para baixo no sofá. Não resisti ver aquele rabinho firme olhando para mim e os contornos deslumbrantes do seu corpo atraíram-me para ele.
Fizemos novamente amor, os nossos instintos animais estavam a ser preponderantes. Agarrei nos cabelos da menina e puxava-a para mim, onde recebia com força dentro de si todo o esplendor da minha excitação. Continuava a puxar-lhe os cabelos e a dar-lhe algumas palmadinhas nas nádegas, sentia a Elsa aquecer cada vez mais e não controlando a sua respiração, escutava agora os seus gemidos mais intensos e o calor do seu corpo levou-me a aumentar o ritmo que lhe penetrava aquele pito molhado por trás...
O orgasmo foi potente, deixou-nos completamente exaustos e a suar imenso, levou-nos directamente para a cama, deixando o banho para a manhã seguinte.
Agora finalmente deitados na cama, aproveitamos o resto das nossas forças para trocarmos doces beijos até adormecermos nos braços um do outro.
Na manhã seguinte, fui acordado pelo calor e sabor aromático dos beijos da Elsa. Tomámos o nosso banho juntos e fomos ter com o outro casalinho para mais uma jornada de praia.
Iríamos aproveitar somente a tarde na parte da manhã, ficando a tarde e a noite reservadas para serem passadas na cidade de Palma, sendo o espectáculo no restaurante Cocó la nuit o grande desfecho num dia que se adivinhava diferente.
Pouco depois do almoço, apanhámos o autocarro para a cidade de Palma que ficava a oito quilómetros do nosso hotel em Ca’n Pastilla.
Saímos do autocarro que nos trouxe à cidade, na Praça Reina, diante de uma imponente catedral medieval. Fomos levados a visitar o belo monumento, mas como em Palma de Maiorca, teríamos de pagar para o fazer. Nesta ilha tudo se paga, excepto por cona visto que há muita. O próprio guia turístico, um português que vivia em palma há doze anos, nos tinha alertado para esse facto.
Depois de visitarmos a Catedral, não podemos dar o nosso dinheiro por mal empregue. Não quando se visitam locais como este, carregados de história e tradição. Talvez o dinheiro servisse exclusivamente para a preservação deste belo edifício que necessitava ser preservado.
De facto, estava rendido com tamanha força transmitida pelo monumento, para além da sua beleza arquitectónica, esta relíquia construída no século XII, possui no seu interior a maior nave central de todo o mundo.
Quando abandonámos o recinto e fizemos uma visão panorâmica pela praça Reina, tendo a Catedral nas nossas costas. Observámos a sucessão de contrastes e paisagens que nos rodeavam e envolviam. Para a direita, tínhamos as grandes cadeias multinacionais com as suas lojas cheias de classe e requinte, olhando para a esquerda, víamos o comércio tradicional da ilha e reservado a bolsos menos abastados. À nossa frente, encontrava-se toda a zona histórica da cidade de Palma.
Caminhámos pela praça, queríamos conhecer o máximo possível da cidade mas tínhamos apenas seis horas para o fazer, devido ao jantar no Cocó la nuit.
Tal como nas ruas das cidades portuguesas, em Palma também havia quem ganhasse a vida a vender rosas, mas estes não eram indianos. Um desses gajos, mal vestido e com um molhe de rosas na mão, chegou-se perto de nós quatro e esperava que lhe comprássemos alguma rosa. Tive de recusar duas ou três vezes antes de ele se convencer que não iria gastar o meu dinheiro naquilo, o Gonçalo começou também ele por recusar mas cedeu ao ver a carinha expectante da Cátia. Abriu a carteira para tirar o dinheiro e foi surpreendido pelo gajo que vendia flores, este agarrou-lhe na carteira e desatou a correr dali para fora, ainda com o molhe de rosas na outra mão.
Segundos depois, quando finalmente nos apercebemos do que realmente se tinha passado, corremos atrás daquele cabrão.
Perseguimos o animal durante bastantes metros, o bandido corria rápido como o caralho, mas acabámos por lhe deitar a mão quando ele tropeçou num canteiro do jardim e fui marrar com os cornos num caixote do lixo. Não tivemos a mínima pena do gajo e ainda lhe enchemos de porrada, libertando depois aquele pedaço de merda queimado pelo Sol, não fossem os amiguinhos bandidos dele aparecerem entretanto. Deixámos o cabrão recuperar o fôlego antes de lhe aviarmos mais porrada naqueles cornos, mas ele conseguiu escapar-se quando o Gonçalo o agarrava e lhe perguntava pela carteira, deixando o casaco para trás nas mãos do Gonçalo. Correu para se esconder nas ruas estreitinhas daquele bairro, como não conhecíamos a região, de nada nos serviu correr atrás dele. Voltámos ao local onde o tínhamos apanhado, o Gonçalo só queria recuperar a carteira e verificou se estava dentro do casaco. Lá estava ela, juntamente com um grosso maço de notas preso com um elástico. Possivelmente, proveniente de roubos anteriores.
Era uma quantia considerável de dinheiro, não o iríamos devolver porque saberíamos a quem o fazer, mas decidimos gastá-lo naquela tarde, certamente em álcool e num sítio de qualidade.
O guia tinha-nos referenciado alguns locais a não perder, a zona de Club de Mar na marina de Palma era um deles. Pensámos em ir lá, era uma das zonas finas da cidade, com melhor ambiente e mais vedetismo. Fomos ter com as meninas que nos aguardavam apreensivas na praça, contámos-lhes o sucedido e fomos visitar o clube náutico daquela afamada zona, pelo longo e belo passeio marítimo da cidade de Palma.
Ao caminharmos junto ao mar, fomos observando a evolução no planeamento urbanístico da cidade. Na extremidade onde tínhamos começado a caminhada, a poucas dezenas de metros da Catedral, ficara para trás um bairro inteiramente construído no século XVIII e logo depois um bairro judeu que datava do século seguinte.
Não observava apenas uma evolução nas construções das casas, à medida que avançávamos pelo passeio, era também uma distinção de classes sociais e de culturas.
O mar ficava do nosso lado esquerdo, a exploração da baia de Palma também era uma montra de contrastes. Tal como nas casas e ruas, ao nosso lado direito, dentro de água observava-se a mesma distinção.
Os três clubes náuticos da longa marina de Palma, acompanhavam a evolução urbanística que decorria do outro lado do passeio marítimo da cidade, sendo o inicial, aquele próximo da Catedral, o menos requintado e o da outra extremidade do passeio era sem duvida o mais luxuoso. Esse clube náutico tão bem falado era aquele situado em Club de Mar, e foi exactamente para lá que nos dirigimos.
Depois das oito imperiais bebidas no tão afamado clube, que nos custaram o equivalente a um barril inteiro de cerveja comprado no supermercado, caminhámos até ao centro da cidade, ponto de convergência de todos os povos e culturas.
Deixámo-nos perder propositadamente nas ruas daquela zona histórica da cidade, pequenas ruelas estreitinhas, todas diferentes e possuidoras de uma identidade própria, contando-nos uma história sempre que as visitávamos, acompanhada pelo som dos nossos passos.
Foram algumas horas a andar, estávamos cansados e parámos junto de uma fonte. A Elsa sentou-se ao meu lado e ficámos ali naquele banco de jardim, enquanto o Gonçalo e a Cátia tinham ido comprar Ensaimadas para comermos. Este típico doce da ilha de Maiorca são grandes caracóis em massa de bolo e podem ser recheados com qualquer coisa.
Estas férias estão a fazer-me bem. Sinto que recuperei a minha alegria.
Dizia a Elsa, olhando para mim.
E tu, fofo, como tens passado estes dias? – perguntou-me ela.
Bastante bem... – mal abri a boca, corei de imediato.
Sentia por ela um carinho especial, algo dentro de mim tinha mudado profundamente, começava a sentir uma paixão desmedida por esta doçura de rapariga. Ela encostou a sua cabeça no meu ombro e acariciou-me a face.
É bastante gratificante estar neste lugar espectacular com uma rapariga como tu, que é ainda mais maravilhosa que tudo aquilo que nos rodeia.
A minha expressão alterou-se depois de lhe dizer aquelas palavras, algo me fez chorar... que se estaria a passar comigo?
Ainda mais para um jovem rapaz como eu que te acha a coisinha mais linda deste mundo. – acrescentei.
Passei as mãos pelo seu cabelo, ela levantou a cabeça do meu ombro e abraçou-me, os seus lábios escorreram as minhas lágrimas que escorriam pela face e depressa aqueceram os meus. Tudo em nosso redor deixou de importar mais...
O ambiente circundante acabou por reaparecer na nossa percepção poucos minutos depois, o Gonçalo vinha interromper-nos.
Parem lá com isso, ainda me fazem vomitar a imperial. – dizia ele, na brincadeira.
Sim, e a mim também. – juntava-se a Cátia à festa.
Estão com ciúmes, é? Não tenham, venham cá que também vos dou um beijinho...
Não dás nada, são todos meus!
– interrompeu-me a Elsa.
Tens razão linda, todinhos. Oiçam lá, porque não fazem o mesmo e deixam de nos empatar? – acrescentei eu.
Isso agora... – lançava a Cátia a suspeita que algo já se tivesse passado entre eles.
Vocês formam um casal giro, ficam muito bem juntos. – incentivou-os a Elsa.
Era mais que natural que toda aquela convivência entre eles desse certo e não fosse apenas algo passageiro, como umas fodas de ocasião.
João, continuamos a nossa conversinha no quarto. – finalizou a Elsa, antes de nos levantarmos do banco de jardim, passando as mãos lentamente pelas minhas pernas.
Eram quase nove horas da noite, apanhámos um táxi e fomos ter ao restaurante Cocó la nuit.
Na entrada para o restaurante, esperava-nos o guia português e algumas das pessoas que tinham vindo no nosso voo.
Começámos a jantar, iniciando o banquete com algumas iguarias da cozinha francesa. Felizmente, o espectáculo de transformismo estava atrasado e seria servido na hora da ceia. Ainda bem, não fosse alguma daquelas aberrações, ou meninos vestidos de meninas como dizia o Gonçalo, me estragar o jantar.
A refeição tinha sido maravilhosa, o espectáculo de transformismo deve ter agradado a quem gostava, a mim passou-me completamente ao lado.
Chegámos ao hotel a altas horas da noite e subimos logo para os quartos. Devo ter adormecido assim que saltei para a cama, não me recordo de nada mais para além da visão do rabinho da Elsa, quando na manhã seguinte ela abriu a janela do quarto e me fez acordar.
Ainda estava ensonado quando descemos para tomar o pequeno-almoço. Não dormi o suficiente durante a noite, devo ter tido algum pesadelo e aquelas bichas que desfilaram de véspera no Cocó la nuit, deveriam ter sido cabeças de cartaz também no meu sonho, transformando tudo o que era de bom e bonito num pesadelo horrível com homens vestidos de mulheres.
Fomos à praia durante a manhã e voltámos lá depois do almoço.
Esta praia é um espectáculo! – exclamei eu.
Sim, é verdade. Nunca tinha visto tanta mama destapada. – acrescentou o Gonçalo, olhando para as mamas de uma.
Ele tinha razão, esta praia era um paraíso para qualquer mirone. As raparigas, de diferentes nacionalidades, exibiam com orgulho o material genético que os seus pais tão bem tinham concebido e outras simplesmente demonstravam uma das muitas e boas qualidades da silicone. Na maioria dos casos, excluindo as da terceira idade, eram maminhas redondinhas e bem definidas, tanto as naturais como as plastificadas.
Olhei logo para a Elsa, na esperança que ela fizesse o mesmo que tantas outras. Nesta praia, isso era um acto natural e estava presente na consciência de quase todas as mulheres que a frequentavam. Elsa viu-me com cara de rebarbado e sorrindo para ela, logo desconfiou do que fosse e certamente estaria a ler com clareza os meus pensamentos. Com o seu jeitinho querido, retirou a parte de cima do biquini, exibindo graciosamente os seus belos seios.
O Gonçalo tentava utilizar a mesma estratégia com a Cátia, mas como ela era mais novinha, sentiu-se um pouco envergonhada. Após alguma insistência da nossa parte e também de um incentivo da Elsa, ela acabou por retirar a parte de cima do seu biquini, mostrando os seus lindos seios juvenis, ainda que um pouco envergonhada. Os seus seios são pouco volumosos e combinam na perfeição com o seu corpo atlético, bem mais elegantes e apreciáveis que qualquer uma das mamas made in McDonald’s que com alguma frequência se vê nas adolescentes.
Elsa retirou do seu saco de praia o protector solar e sentou-se em cima de mim. Fez as suas mãos deslizarem pelas minhas costas, espalhando o creme. As suas mãos de enfermeira eram milagrosas, deslizavam com delicadeza, massajando casa músculo do meu corpo.
Relaxei completamente, quase adormeci.
Hei, também quero! – exclamava o Gonçalo, querendo brincadeira.
Lá estava este gajo novamente a empatar o que era bom...
Olha lá rapaz, estou a pensar seriamente em mandar-te pelo correio de volta para Lisboa.
Andas a intrometer-te demais, começo a pensar que estás apaixonado por mim.
– brincava eu com ele.
Nada disso, tens muito pêlo! – disse ele.
Foi bonito, rimos muito, a conversa de merda tinha destas coisas.
Estou mesmo a precisar duma massagem. – insitia ele.
Pede ajuda técnica à Cátia, a minha enfermeira é particular. – acrescentei eu, passando uma mão na perna da Elsa.
Continuámos naquilo durante toda a tarde e assim se passou mais uma jornada de praia, sobre um calor abrasador e acompanhada de conversa de merda.
Depois do jantar demos, uma vez mais, a típica e já tão tradicional caminhada pelo passeio junto à praia, percorrendo uma nova etapa do nosso rali tascas. Ao fim de duas intensas horas de reabastecimento nos bares, ficámos carregados de álcool e mal nos conseguíamos deslocar, pelo menos não cambaleando.
Voltámos para o hotel à boleia na carrocinha, o comboio turístico da zona.O gajo da recepção, um rapazito novo, começou a rir assim que nos viu aproximar. Nem me lembrava do numero do quarto, mas o espanhol lá desenrascou aquilo e deu-nos as chaves do quarto, após consultar as fichas de entrada.
No elevador que nos levou ao quinto andar, assisti pela primeira vez a um contacto físico não formal entre o Gonçalo e a Cátia, abraçados e quase se despindo, foram trocando beijos durante a subida. Não duvidava que eles já andassem juntos, passar uma semana no mesmo quarto, e na mesma cama, com uma menina linda tornar-se bastante penoso de resistir, mas esta tinha sido a primeira vez que os via trocarem fluidos.
Eu e a Elsa ficámo-nos pelo quarto deles, era o mais próximo da saída daquele elevador e não tivemos mais forças para caminhar até ao nosso. Assim que entrei no quarto, fui passar a cara por água, a Elsa acompanhou-me e depois de também ela se refrescar tirámos parte das nossas roupas. Não havia travão possível para tanta paixão contida e o intenso calor que se fazia sentir foi um catalizador vertiginoso.
A nossa noite estava longe de terminar, saímos da casa de banho apenas mantendo a roupa interior sobre os nossos corpos, esquecemo-nos que não estávamos no nosso quarto e teríamos a companhia de mais um casal.
Tropeçámos neles no caminho para a cama, estavam os dois a rebolarem pelo chão aos pés da mesma. Nem devem ter reparado que tínhamos acabado de passar por cima deles.
Acomodei-me na cama e esperei pelo corpinho quente da Elsa. Ouvia suaves gemidos da Cátia, deveria estar a ser estimulada e ignorava por completo a presença de mais alguém naquele quarto. E estávamos, de facto, ali tão perto deles, completamente bêbados é certo.
A queca prolongava-se por tempo indeterminado, estávamos encharcados em álcool e agora em suor. O álcool actuava em nós como um combustível extremamente potente e ao mesmo tempo retardatário de um desfecho previsível para tanta troca de calores e emoções.
Quisemos mudar de cenário, tombei no chão com a Elsa nos meus braços. Os corpos vizinhos estavam agora mais próximos dos nossos e sujeitos a algumas colisões. Elsa deitou se costas sobre o soalho e recebeu-me dentro dela, enquanto afastei uma das minhas mãos do seu corpo para massajar os seios da Cátia. A menina gostou e os seus gemidos intensificaram-se, traziam mais açúcar e eram sucedidos de uma respiração calorosa que sentia na minha mão. Ela gemia cada vez mais, contraía o seu corpo de forma incontrolável e contagiava que nela tocasse.
A Elsa estava mais calminha, ia saboreando lentamente o meu calor dentro dela, contraindo as suas pernas e arranhando as minhas costas com as suas unhas.
Começava finalmente a destilar melhor o álcool e sentia que estava próximo de me vir. O Gonçalo continuava montado na Cátia, ali mesmo ao lado. Iam dando as últimas encavadelas da noite, ainda com a minha mão apertando o seio da Cátia e sentindo o seu calor aumentar. Atingiram o seu clímax pouco tempo depois, a Elsa também estava a aquecer cada vez mais, as suas contracções aumentaram de intensidade, fazendo-me penetrar aquele pito molhado com todas as minhas forças.
Aumentámos ainda mais o ritmo, entrámos em sintonia e viemo-nos ruidosamente, foi até rebentar o colhão.
Saí de cima dela e deitei-me a seu lado, aninhando ela a sua cabeça no meu peito.
O Gonçalo já ressonava que nem um porco, ainda nem há dois minutos atrás estava montado feito maluco em cima da Cátia.
A Cátia ainda tentava recuperar o fôlego, despedimo-nos dela com um sorriso e adormecemos juntos, todos deitados no chão.
Acordámos na manhã seguinte pelo bater de alguém na porta do quarto. Era sábado, tínhamo-nos esquecido seria dia de excursão, um cruzeiro pelo sudoeste da ilha. Foi o guia português que nos veio acordar, eram quase nove da manhã, hora agendada para a partida do hotel. Ele estava com pressa e insistiu para que nos despachássemos.
Voltei com a Elsa ao nosso quarto, trocámos rapidamente de roupa e descemos para a entrada do hotel, onde uma multidão de turistas nos aguardava impacientemente.
Chegámos pouco depois ao porto, o barco sempre tinha esperado por nós.
O barco ia percorrendo toda a costa sudoeste da ilha de Maiorca, onde vimos paisagens belíssimas de rochas erguidas e pequenas praias escondidas. Quando passámos junto à costa, em Magalluf, o barco parou e quem quisesse poderia dar saltos para a água. Estávamos a cem metros da praia, em águas plenamente límpidas onde se via o fundo do mar, este sempre calminho e apenas agitado pela propulsão do barco e dos muitos saltos que demos.
De Magalluf navegámos até Camp de Mar, região conhecida por albergar algumas das maiores estrelas a nível mundial. Avistámos ao longe as montanhas compradas por algumas celebridades e foi com especial atenção que reparei na imensa mansão do Schumacher. O barco parou novamente e tivemos tempo livre para desfrutarmos das areias limpas daquela praia.
O almoço, servido a bordo na viagem de regresso, foi Paella e bem regado com bastantes jarros de sangria.
Chegámos ao final da tarde ao hotel, jantámos e fomos directos para os nossos quartos, saltando assim uma etapa do já habitual rali tascas. Estávamos um pouco cansados, mas não adormecemos de imediato. Elsa lançou-me para cima da cama e sentou-se sobre a minha cintura. Tirou-me a roupa e fizemos amor, perdendo completamente a noção temporal...
O Sol de domingo começava a iluminar-nos a cara, tínhamos desligado o ar condicionado a meio da noite e abrimos a porta envidraçada que nos separava da varanda.
O ar fresco da manhã refrescava os nossos corpos despidos, passei a mão pela face da Elsa e beijei-a nos lábios. A sua boca estava adocicada, talvez fossem ainda alguns vestígios da garrafa de moscatel que despachámos durante a noite.
Ela acordou, olhou-me nos olhos e esboçou um sorriso, respondendo-me ao beijo com um outro seu.
Tomámos o nosso duche matinal e fomos ter com os outros ao restaurante do hotel.
Eles já lá estavam quando chegámos, tinham começado a tomar o pequeno-almoço e trocavam algumas carícias.
Perdemos pouco tempo ali, fomos imediatamente depois para a praia. Era o nosso último dia naquelas areias deste pequeno paraíso no Mediterrâneo e teria de ser bem aproveitado.
Passámos longas horas nas areias da praia de Palma, nem recolhemos ao hotel para almoçar, somente ao final da tarde quando o Sol já tinha ido embora para outras paragens.
Eles subiram logo para o quarto, enquanto eu fiquei na recepção a tratar de alguns detalhes. Passei depois pela piscina do hotel, ali ao lado, e foi então que vi algo que não me deixou indiferente. Naquelas águas, uma rapariga nadava de um lado para o outro, mexendo-se com uma graciosidade extrema. Era a Patrícia, eu sabia que reconhecia aquele rabinho de qualquer lado.
Sentei-me numa das cadeiras da piscina e esperei que ela saísse. Veio naturalmente ter comigo assim que me viu, não parecia surpreendida por me ver ali, era como se sempre soubesse que eu estaria naquele local. O seu corpo continuava elegante como sempre, caminhava na minha direcção somente com as cuecas do biquini vestidas, deveria ser agora moda as miúdas andarem em topless.
Não desconfiava do que se passasse na sua cabeça, mas eu estava surpreendido de a ver ali. Ela seria a última pessoa que esperaria encontrar num local destes, pensei que ainda estivesse fugida às autoridades.
Olá, João. – disse ela, enxugando-se com a toalha.
Olá, linda. Não esperava encontrar-te aqui. – respondi.
E não esperaria mesmo, que fazia ela num hotel bastante concorrido de uma estancia balnear super popular... Quais seriam as suas razoes?!
Ela sentou-se na mesma cadeira onde eu estava e continuou a enxugar o seu corpo.
A maneira como te mexias chamou-me à atenção. Parecia poesia, pensei que fosse uma visão, mas afinal eras mesmo tu.
Não comeces, João! Sabes que me derreto toda com essas coisas.
– disse ela.
Está bem, prometo ficar por aqui nos elogios.
Mas diz-me, que te trouxe aqui?
– acrescentei, sorrindo.
A Diana disse-me que te encontraria aqui. Apeteceu-me ver-te antes de partir. – explicava ela.
Vieste de propósito até aqui? – perguntei.
Sim, para te ver.
E para onde vais partir?
– insisti eu.
Vou amanhã para Nova Iorque. Não tenho muito tempo livre, posso não voltar mais a ver-te e quis agradecer-te por tudo o que fizeste por mim.
Não precisas de agradecer, tudo o que fiz foi com gosto.
– disse eu.
Eu sei, lindo. Olha, toma para ti e também para a Elsa.
Patrícia deslizou a mão por dentro das cuecas do biquini, retirou uma bolsinha que trazia lá dentro e entregou-ma.
Estou no quarto 554, passem por lá antes de saírem esta noite. – finalizou ela.
Trocámos dois beijos na cara e ela levantou-se da cadeira, saindo da zona da piscina.
Ela sabia que eu estava naquele hotel, inclusive o andar do meu quarto, visto estar a apenas duas portas de distância da minha. Subi para o quarto e contei as novidades à Elsa, só então me lembrei que a Patrícia me tinha entregue uma bolsa de veludo com algo lá dentro. Coloquei a mão no bolso para a retirar, quando a abri vi lá dentro duas pedras brilhantes. Eram diamantes! Talvez fossem ainda alguns dos restantes do golpe que ela tinha dado na joalharia em Lisboa.
Diamantes?! – exclamava a Elsa, questionando-me porque os tinha aceite.
Sim, e um deles é para ti. – acrescentei eu.
Descemos para jantar, contei ao Gonçalo e à Cátia o que antes tinha dito à Elsa. Eles estavam incrédulos, também pensavam que a estas horas já a Patrícia estivesse do outro lado do mundo, escondida num recanto qualquer e não somente a algumas portas de distância do quarto deles.
Depois do jantar, fomos todos buscar a Patrícia ao quarto, eram quase dez horas da noite. Ela abriu a porta e mandou-nos esperar na cama, enquanto ela se calçava e acabava de arrumar umas coisas. Patrícia tinha já a mala de viagem preparada, dissera-me junto à piscina que iria para Nova Iorque, esperava que não fosse fazer outro assalto e simplesmente mudasse de ares para tentar retomar o rumo da sua vida pacífica, sem estas merdas à mistura. Era tudo o que eu mais queria para ela, vê-la feliz e sem ter a polícia sempre atrás de si.
Ela acabou de se aprontar, descemos para a rua e fomos percorrer a última etapa do rali tascas. Hoje tínhamos a companhia de uma amiga especial, a jornada começou logo no primeiro bar que encontrámos e pouco tempo depois corremos para o seguinte, assim sucessivamente até ficarmos um pouco mais do que alegres.
Refugiámo-nos na areia da praia, junto ao mar e escutando a sua voz. Estava bastante calmo e sereno, como sempre nesta baía.
Após algum tempo de repouso para dar descanso ao fígado, retomámos ao circuito de bares. Depois de nos enfrascarmos em álcool e atestarmos o depósito, decidimos parar numa casa de Body Painting. Cada um de nós tatuou no seu corpo o caracter chinês referente ao ano de nascimento. Não era nada definitivo, apenas duraria algumas semanas e serviria para nós recordarmos de alguns bons momentos passados em Maiorca. Iria recordar certamente ao observar a tatuagem que a Elsa fez na virilha, um pequeno caracter que lhe ficava extremamente sensual.
Regressámos ao hotel, eu e a Elsa convidámos a Patrícia a passar a noite no nosso quarto. Poderia ser um dos últimos momentos que passaríamos juntos, gostaria de estar um pouco com ela.
Patrícia aceitou e entrou connosco no quarto, deitou-se na cama connosco e ficámos os três na conversa durante horas. Adormecendo já com a claridade dos primeiros raios de Sol.
O telefone do quarto tocou, eram quase onze horas da manhã. Era o Gonçalo, tínhamos faltado ao pequeno-almoço e teríamos de nos preparar para o voo de regresso.
A Patrícia adormeceu na nossa cama, mas não se encontrava lá quando acordámos. Certamente teria ido apanhar o seu voo para Madrid e depois para Nova Iorque, ou talvez tivesse prevalecido o seu instinto de fugitiva e a tivesse levado a sair do quarto sem nós. É uma rapariga linda e tem um corpinho de manequim, pena andar sempre em fuga.
Chegámos a horas ao Aeroporto, mas como quase sempre acontece, o voo partiu pouco depois da hora marcada.
Uma hora e meia depois aterrávamos em Lisboa, longe da praia de Palma e de volta à confusão da grande cidade.
Levantei o carro no parque do Aeroporto e voltámos para o Barreiro.
Deixei primeiro o Gonçalo em casa e depois a Cátia. A Elsa não tinha os pais em casa, estavam de visita aos Alpes suíços, e aproveitei para passar lá a noite. Finalmente chegava a casa na companhia da minha doçura. Aconchegámos os nossos corpos no sofá da sala e adormecemos, nos braços um do outro.

segunda-feira, agosto 02, 2004

A casa em Lagos

Senti alguns raios de Sol no rosto, começava a despertar.
Foi um acordar diferente, os meus primeiros suspiros foram acompanhados por uma sensação de vivacidade na gaita. Talvez estivesse ainda a despertar de um sonho e o meu corpo e mente estivessem a deixar o mundo da fantasia e a reentrar no mundo real. Não foi o caso, sentia uma sensação de poder no tolinhas e era bem real. Carolina dava-me os bons dias da melhor maneira possível, chupando com vivacidade o caralho. Este bicho há muito que tinha despertado, desde o momento que ela o colocou na sua calorosa boca.
Carolina sorriu assim que me viu acordar, trepou pelo meu peito e ajeitou-se de modo a ser penetrada. Beijava-me o pescoço e colocava os seus mamilos a jeito de eu os chupar.
Foi uma foda potente e pouco demorada, estávamos os dois cheios de energia após uma boa noite de sono. Tomámos um duche e iríamos retomar as nossas vidas separadas e que em comum tinham somente algumas fodas partilhadas.
Fiquei para almoço, ela insistia em tratar-me bem e não coloquei objecções.
A preparação do almoço foi um pouco mais demorado que o previsto. Carolina, quando saiu do banho, vestiu apenas uma camisa branca desabotoada e ao ver aquele rabinho destapado foi demasiado penoso para lhe ficar impune.
Fizemos amor na bancada da cozinha, ela sentada sobre a pedra de granito escuro da bancada, gemia que nem uma louca. Acabámos por almoçar perto das horas do lanche, era tempo de me ir embora e ficámos de repetir a aventura numa futura noite.
Despedi-me dela, e voltei para casa, feliz dos momentos que passei na sua companhia, mas também com uma grande preocupação em mente, não saberia como contar ao meu amigo Zé Luís aquilo que tinha feito com a Mónica, nos chuveiros da Residência do ISEL.

Passaram uns dias desde o meu último encontro com a Carolina, tinha chegado a quarta-feira seguinte, uma vez mais a semana continuava sem emoção e pouco havia a fazer que não fosse beber uns copos e dar umas fodas. O meu amigo Gonçalo tinha acabado com a namorada na noite anterior e pediu-me para ir beber uma imperial com ele. O coitado necessitava de desabafar, possivelmente contar-me algumas das suas aventuras extra conjugais e as razões porque acabou com a miúda, vindo de quem era, sabia que iria passar a tarde inteira no café a emborcar imperiais.
Fomos a uma esplanada no centro do Barreiro, reconheci o carro do Zé Luís estacionado ali perto e senti aquela sensação de desconforto no estômago, teria de o encarar mais tarde ou mais cedo, depois de lhe ter comido a gaja que ele anda.
Ele estava mesmo na esplanada, na companhia da Mónica e de outro casal.
Fui ter com eles, preferia ficar numa mesa à parte e falar calmamente com o meu amigo Gonçalo mas convidaram-nos para nos sentarmos naquela mesa. Cumprimentei a Mónica e o Zé Luís e conheci o outro casal, que afinal era somente de amigos.
Estava um pouco nervoso, não sabia como encarar o Zé de frente. Para desanuviar um pouco a tensão, brinquei com a Marina, amiga da Mónica, e com o Gonçalo, visto os dois agora não terem qualquer relacionamento e formariam um casal engraçado.
Eles riram-se e acho que queriam aprofundar a brincadeira, quem não ficou muito contente foi o outro rapaz amigo dela, talvez por ele também estar interessado em saltar-lhe para a espinha. Bem que o compreendia, Marina não era uma mulher vulgar, os seus vinte anos tinham-lhe sido muito generosos, aliando uma carinha bonita a um corpo bem feitinho e umas pernas espectaculares.
Não me iria envolver com esta rapariga, apesar de a achar bastante atraente. O Gonçalo tinha engraçado com ela primeiro e pareceu-me que o sentimento foi recíproco.
Então, vocês já namoram? – perguntei eu ao Zé.
Continuava nervoso, a Mónica seria a única naquela mesa que saberia o que se estava a passar, mas apercebi-me da cumplicidade do olhar da Marina, na sua direcção, quando perguntei aquilo ao Zé.
Estamos a caminhar a bom ritmo para isso. – respondeu o Zé, todo entusiasmado.
Sim... – acrescentou a Mónica, soltando um sorriso cínico.
Ainda bem, fico feliz por vocês.
Avistei a minha amiga Xana a chegar à esplanada, tinha que aproveitar ali a oportunidade para me alhear dali. Não seria por mal, mas começava a ficar enjoado destas histórias cor-de-rosa por fora e verdadeiras tormentas por dentro.
A Xana veio na minha direcção, acompanhada de uma amiga. O Gonçalo também a conhecia e pediu às meninas que se sentassem connosco na mesa. Este gajo estava a estragar o meu plano de fuga daquela mesa, mas teve desculpa, foi um gesto simpático e a beleza destas lindas iria certamente colorir o ambiente.
Estavam agora oito pessoas naquela mesa, ninguém falava de outra coisa a não ser férias. O outro rapaz, que já me recordava do nome, falou na hipótese de irmos ainda naquele dia para o Algarve, ficaríamos alojados numa casa sua em Lagos.
Era um convite tardio, um pouco em cima da ocasião, mas a ideia agradou-me. Ele disse que iria naquela mesma tarde, com a Mónica e a Marina. O Zé Luís trabalhava no dia seguinte até às quatro, mas comprometeu-se a ir assim que saísse do emprego. Eu e o Gonçalo também aceitámos o gentil convite e ficámos de ir buscar o Zé ao trabalho, partindo depois para Lagos, no meu carro.
Vocês também podem vir! Aliás, gostaria imenso que viessem. – disse o dono da casa, para a Xana e a sua amiga.
Parvo não era ele, se iam gajos para lá, também teriam de ir meninas suficientes que compensassem. A Xana disse que iria comigo e a Marta, a sua bonita amiga, começou por hesitar mas acabou por aceitar juntar-se ao grupo depois da Xana insistir com ela.
Bebemos mais uma bebida e fomos embora, o dono da casa precisava de se despachar e organizar o resto para a partida. Acabámos todos por levantar o cú da mesa e deixar para trás uma promissora e possivelmente bem passada tarde a emborcar imperiais.
O Gonçalo acabou por não me contar nada daquilo que queria. Infelizmente, a tarde não seria passada à volta duma mesa de café e bem regada com imperiais. A presença da Mónica e das outras meninas, foi o travão perfeito para a bebedeira que se adivinhava e eu tanto ansiava.
Levei o Gonçalo a casa, agora mais relaxado, mas ainda sóbrio, ao contrário das suas pretensões.
Eram quase cinco da tarde, não me apetecia ir para casa mas também não estava com mais disposição para conversas em cafés nem encontros atribulados na presença de amigos encornados.
Telefonei para a Cátia, só a minha amiguinha não me chateava a cabeça neste momento e apenas ela me compreenderia com aquela sua doce inocência tão particular na sua idade.
Olá linda, apetece-te aturar um jovem desnaturado? – perguntava eu.
Doidinho! Vem-me buscar e vamos ao café.
Não... café não! Tudo menos isso.
Está bem, onde me levas então?!
– perguntou ela.
Olha, precisas de alguma coisa no Fórum Montijo? – acrescentei eu.
Precisar, até preciso, de um biquini novo.
Óptimo, vamos lá então. Estou na tua casa daqui a cinco minutos.
Até já, doçura.
– despedi-me dela, soltando depois um beijo.
Desliguei a chamada e fui buscar a menina.
Ela desceu as escadas do seu prédio e aproximou-se do carro, desde logo reparei na sua camisola elegante que escondia os seus belos seios juvenis. Cátia vinha bonita e radiante como sempre, entrou no carro e fomos logo para o Fórum Montijo.
No caminho, acabei por lhe contar o porquê de não querer ir a um café novamente naquela tarde e tudo aquilo que os seus lindos olhos castanhos não tinham presenciado na festa feita na Residência do ISEL.
Ela não ficou muito contente com o que eu tinha feito, mas os seus quase 18 anos davam-lhe a maturidade necessária para entender estas coisas.
Cátia é uma rapariga do tipo romântica, talvez se chegue mesmo a escandalizar com o meu constante comportamento boémio mas não podia fazer para remediar isso, simplesmente tenho o tolinhas maior que o coração e não era tão dado àquelas mariquices de sentimentos como ela.
Fizemos as nossas compras no Fórum e acabámos por beber lá um cafezinho, mas não num café. Tinha ajudado a Cátia a escolher o seu novo biquini, aquele corpinho de princesa tinha agora tomado conta da minha imaginação e alimentava-a constantemente, por fora, fazia transparecer um sorriso malandro cada vez que olhava aquela carinha e começava a notar-se nas minhas calças, um notável alto de pau feito.
Entrámos no carro já um pouco excitados, a Cátia ficou com as hormonas aos saltos assim que começou a gastar dinheiro em compras e estava agora nitidamente mais excitada, a minha alegria corporal surgiu naturalmente assim que a vi somente com o biquini vestido, através da cortina da cabine de provas.
Trocámos uns suspiros e suaves toques pelas pernas, ela reparou no tolinhas inchado debaixo das calças e eu nos seus mamilos, espetados e rijinhos, sobressaindo em relevo na sua camisola.
Não dava mais para aguentar o bicho dentro das calças, ela sorriu e fez um olhar inocente de menina bem comportada, passou a língua pelos lábios, humedecendo-os carinhosamente e chamando pelo calor dos meus.
Encostei o carro na primeira oportunidade que tive, numa urbanização ainda em construção, a poucos quilómetros do Fórum Montijo.
Queria comê-la e sem pudor, numa brutal cena de sexo que lhe ficasse na memória, mas a Cátia era diferente de todas as outras raparigas que conhecia, talvez o seu ar inocente de menina não fosse somente de fachada e sim realmente algo profundo no seu íntimo, tive receio de lhe magoar os sentimentos.
Desapertei o cinto de segurança, chegámos os bancos para trás e encostei os meus lábios no seu pescoço. A minha excitação exigia-me que lhe rasgasse as cuequinhas e a possuísse de forma selvagem mas retraí-me, por respeito à sua inocência.
Percorri lentamente com os lábios e a língua, tocava-lhe nas pernas e ia subindo a mão pela sua barriguinha lisa. Os seus lábios vieram ao encontro dos meus, beijámo-nos calorosamente e os nossos corpos aqueceram ainda mais quando despi a sua camisola, dando-lhe beijinhos nos ombros e massajando um dos seus seios.
O calor que saía dos nossos lábios era cada vez mais intenso, a Cátia agarrou-me na mão que massajava o seu seio redondinho e arrastou-a para o meio das suas pernas. Senti a sua fervorosa excitação, ela fez mais pressão e empurrou a minha mão mais para junto de si, aconchegando-a no calor do seu sexo.
Ela suspirava, mordia-me a orelha e apertava a fazia cada vez mais pressão sobre a minha mão, agora com a ajuda das suas pernas que se contorciam. Recebia doces beijos dela, abri o fecho das suas calças de ganga e deixei escorregar a minha mão por dentro das suas cuequinhas. Senti de imediato a sua crescente humidade e a alegria do seu sorriso, deixou-me com um brilho nos olhos.
Ela levou as mãos às suas calças e despiu-as, pedindo que fizesse o mesmo. Estávamos na rua, metidos numa urbanização deserta e sem ninguém a ver o que fazíamos mas não queria que a nossa primeira foda fosse ali no meio do mato e muito menos dentro do carro.
Coloquei novamente a mão nos seus lábios vaginais, a bela Cátia agarrou-me no pepino e fazia dele o que queria. Não estávamos para grandes pormenores, queríamos algo rápido e que nos satisfizesse. Massajei o seu sensível clítoris até à exaustão e a menina acabou por se vir, contraindo-se poderosamente e soltando ruidosos gemidos.
Os seus gritos de prazer e a sua mão delicada, desencadearam em mim sensações espectaculares e libertei toda a excitação acumulada desde o momento que a tinha visto naquela dia.
Tinha a casa vazia naquele dia e convidei a Cátia para ir lá jantar, ela aceitou e fomos de imediato para casa.
Não queria perder esta doçura de vista, pelo menos por enquanto e nada mais me passava pela mente que não fosse estar com ela e fazê-la sentir feliz. Queria dar-lhe um pouco mais que uma simples massagem, tínhamos a noite toda para pôr isso em prática.
Tinha alguma comida no frigorifico mas a nossa prioridade passava muito além de simplesmente jantar, decidi preparar-me uma coisa especial e que se lembraria mais tarde.
Tomámos um duche rápido, os dois na banheira mas sem contacto sexual, parecíamos duas crianças a brincar inocentemente com a água e estávamos felizes. Quisemos uma vez mais guardar o melhor para o fim, os nossos corpos entravam num desejo carnal enorme e toda aquela espera fazia parte do nosso pequeno jogo sexual.
Secámo-nos no meu quarto, Cátia tirou uma camisa do meu armário e colocou-a sobre o corpo, aguardando-me na cama. Vesti uns calções curtinhos e fui buscar a comida.
Não queríamos nada de muito pesado para a noite, peguei no tabuleiro e meti lá toda a fruta que tinha em casa e umas fatias de pão integral.
Nada que mais tarde pudesse provocar uma paragem de digestão em plena foda, fruta neste caso era o ideal para a ocasião, leve no estômago e afrodisíaca nas nossas mentes.
Anda cá, João! – expressava-se a Cátia, deitada na minha cama.
Aproximei-me da cabeceira da cama, sentei-me e coloquei o tabuleiro entre nós.
Relaxa... Deixa-me tratar de ti. – disse eu, vendo a sua crescente excitação.
Cheguei o pequeno tabuleiro mais para junto dela e agarrei num cacho de uvas, levei-o à sua boca, deixei que mordesse numa uva e em seguida arranquei eu outra. Percorri com o mesmo cacho pela covinha que os seus seios formavam e subi aqueles montes redondinhos até ao seu pico e deixei que as uvas escorressem ainda a água que tinham sobre aqueles mamilos rijinhos. Fui ao encontro daqueles cumes com a boca, aqueci-os até começar a ouvir os gemidos da bela Cátia. Tinha colocado umas pedras de gelo nos copos de água que vinham no tabuleiro, meti a mão num desses copos e retirei um cubinho de gelo. Percorri-o pelo seu pescoço, sentia a Cátia mais excitada que nunca e a sua respiração era cada vez mais ofegante.
Beijava cada pedaço do seu corpo após passar anteriormente com o cubinho de gelo, que agora desaparecia no intenso calor do seu corpo. Meti novamente a mão no copo e retirei outro cubo de gelo, começando exactamente do sítio onde o outro efémero cubo tinha terminado a sua calorosa expedição.
Cátia fervia por todos os poros, nem as pedras de gelo conseguiam arrefecer a sua excitação que tinha a chama bem acesa e aguardava impacientemente por mais contacto físico. Ela agarrou-me nos cabelos e acompanhava agora com as mãos, o percurso que a minha boca fazia seguindo o cubo de gelo, na sua curta etapa pelo corpo da minha bela princesa.
Tinha pegado no quarto cubo de gelo, após gastar inteiramente o terceiro sobre o seu mamilo direito e saboreando as amplitudes térmicas magnificas que se verificavam naquele pedacinho do seu corpo. Passei de imediato para as suas coxas, bem firmes e trabalhadas, a pedrinha de gelo foi descendo mais para baixo enquanto a minha boca fez uma breve paragem pelos seus lábios vaginais, sentindo a sua humidade e saboreando uma vez mais o calor do seu corpo. Não me demorei muito tempo de volta do seu clítoris, ainda bastante sensível, não queria que a menina se viesse já e a minha língua retomou o trilho deixado segundos antes pelo cada vez menor cubo de gelo.
Outra pedrinha que deu a sua essência para delícia da minha amiga, peguei noutro cubo de gelo, era o último e teria de ser bem aproveitado. A Cátia queria-se tocar no clítoris, não deixei que o fizesse e que deixasse o seu corpo comigo, ela sorriu e recostou a cabeça na almofada, suspirando de prazer.
Peguei no seu pé e passei o gelo pela parte debaixo do mesmo, numa zona super erógena e um dos pontos mais quentes de todo o corpo humano. Cátia quase se veio quando juntei o calor dos meus lábios ao fresquinho agradável deixado pela pedrinha de gelo. Deixei-a recompor-se durante uns segundos antes de passar para o outro pé, fiz o mesmo procedimento e desta vez foi-lhe inevitável de soltar toda a sua excitação num longo e ruidoso grito de prazer. A minha linda tinha-se vindo, suspirava e arfava como se tivesse sido penetrada durante horas.
Abracei-a e dei-lhe morangos à boca, passava-os pelo meu corpo antes de os colocar na sua boca e no seu suado corpo antes de os colocar na minha. Saboreávamos mais um pouco um do outro, e quando a Cátia se recompôs para mais uma jornada de prazer, afastei o tabuleiro para o chão e coloquei-me sobre ela, puxando-lhe as pernas para cima e penetrando-a devagar, como se algo de muito delicado fosse, o seu corpinho deitado sob o meu.
Estávamos demasiado excitados, o ambiente, a comida e o próprio calor do tempo que se fazia sentir lá fora, tinham tomado conta dos nossos corpos e fazíamos amor a um ritmo lento mas delicioso, trocando beijos e carícias.
A menina estava farta de estar submissa aos meus comandos e decidiu ela tomar o controlo, deitou-me de costas na cama e posicionou-se sobre mim, sentando o seu firme rabinho nas minhas coxas e massajava-me o tolinhas para este não perder qualquer ponta de todo o seu vigor.
Espera, também tenho uma surpresa para ti... – dizia ela, numa voz doce.
Ainda sentada sobre o meu colo, largou-me a gaita para dar um novo uso às suas mãos, puxou violentamente o lençol que tínhamos afastado por causa do calor e atou-me uma das pontas à minha mão esquerda, fazendo passar o lençol pela cabeceira da minha cama e de encontro à outra mão que já sabia o que lhe esperava. Tinha agora as duas mais atadas e estava completamente à mercê desta doçura que tinha em cima de mim.
Fiquei louco de excitação à medida que a sua língua explorava cada pedaço do meu corpo, foi descendo até ao caralho, onde o chupou e devolveu-lhe o papel preponderante de toda a acção.
Aconchegou-se no meu colo e com a ajuda das suas mãos, colocou a gaita dentro do seu corpo. Ela tinha ganho alma própria e deixará à muito de estar submissa a mim, Cátia mexia-se agora que nem uma maluca e as suas mãos pequeninas apertavam-me o pescoço, excitando-me cada vez mais e fazendo com que o meu tolinhas se mexesse incontrolavelmente dentro dela, dando-lhe mais prazer a ela e levando-me a lugares onde nunca antes tinha chegado.
Ambos gemíamos imenso, estava a sentir algum cansaço, esta juventude de hoje começava a acabar comigo. Cátia contraía-se cada vez mais e as suas mãos beliscavam-me os mamilos, fazia cada vez mais força com o seu corpo e viemo-nos intensamente, possivelmente acordando os vizinhos mas nenhuma dessas preocupações teria lugar naquela noite.
Abraçámo-nos e deixámos que o cansaço e o sono tomassem conta de nós, estando os nossos corpos já adormecidos à muito, depois de tanto desgaste físico e emocional.
Beijámo-nos uma vez mais, abraçados, fechámos os olhos e caímos no sono.
Conseguia escutar um telefone a tocar, de inicio pensava que fizesse parte do meu corrente sonho molhado, mas o barulho tornou-se demasiado incomodativo e acordei. Tinha em volta dos meus braços uma ternura de rapariga, parecia um anjinho a dormir e nem pestanejava com o toque bem audível do telemóvel.
Era a Xana, só esta miúda para me telefonar às duas da manhã.
Queres vir agora a minha casa? – dizia ela, num tom sensual.
Não posso, Xana. Estava já metido na cama e a dormir.
Eu posso aparecer por aí, ainda sei o caminho para tua casa.
– acrescentou ela.
Não vai dar, desculpa. Estou completamente exausto.
Está bem, João. Por hoje fica assim, mas de amanhã não escapas!
Sim, amanhã fazes o que quiseres de mim, hoje vou dormir.
– finalizei eu.
Esperava que a bela adormecida, que tinha nos braços, não acordasse entretanto.
No outro dia de manhã, o despertador tocou, sem que eu tivesse programado aquela merda para fazer barulho e muito menos para aquela hora da madrugada. Deve ter sido lá colocado propositadamente pela minha mãe, para que acordássemos antes de ela ir para o emprego. Tínhamos uma espécie de acordo entre nós dois, ela não se opunha a que raparigas dormissem na minha cama desde que eu as apresentasse depois. Deveria ser uma maneira de ela se afirmar como fêmea dominante ali em casa e ficaria igualmente a saber com quem eu me relacionava. Por mim não haveria qualquer problema, tinha uma casa para foder com quem quisesse e só teria de as apresentar à minha mãe. Com o meu pai era diferente, não as queria conhecer porque já passou o tempo que ele lhes perdeu a conta e para não confundir nenhuma, preferia nem se meter nisso, deixando a minha vida sexual entregue à minha consciência.
A doce Cátia despertou com o barulho e espreguiçou, esticou aqueles braços que tinham passado a noite repousando no meu peito e abriu os olhinhos, dando-me depois um beijo de bom dia.
Hoje era o dia da partida para o Algarve, ela infelizmente não iria comigo e começava já a sentir saudades do seu calor tão característico, não muitas, mas já uma dose considerável.
Levei a menina a casa e tratei de me preparar convenientemente para três dias de folia em Lagos.
Já sabia qual o procedimento habitual nestas ocasiões, atestar o depósito do Astra, duas garrafas de água para a viagem e cinco caixas de preservativos para a malta brincar com balões de água.
Organizei essa merda toda durante a manhã e, depois de almoço, estava já pronto para partir. Tínhamos todos de esperar pelo Zé que saía do trabalho às quatro. A Mónica e a Marina tinham ido com o dono da casa, na tarde anterior para lá e aguardavam-nos ainda nesta tarde, antes da hora de jantar.
Passei a tarde em casa da Xana, a sua amiga Marta foi lá ter depois da foda e comecei a conhecê-la melhor, esta bela morena afinal sempre tinha mais que um belo palminho de cara, era divertida e passámos uns bons momentos na brincadeira.
Eram quatro da tarde, finalmente o Zé me telefonava para que o fosse buscar ao emprego. Passei primeiro na casa do Gonçalo e por fim entrou o Zé no carro. Estávamos agora a caminho de Lagos.
Tinha algo de muito importante para contar ao meu amigo Zé, desde a festa na Residência que fiquei de consciência pesada, não sabia por onde começar a falar, mais baixei o volume do rádio e reflecti um pouco nas palavras que deveria usar para lhe contar que tinha dado uma valente foda com a miúda que ele também andava a comer.
Não foi fácil e como era de esperar, ele não reagiu nada bem. Não haviam momentos certos para se contarem estas coisas mas esperei até estacionar o carro numa estação de serviço, perto de Setúbal.
O Gonçalo e as meninas tinham ido fazer um xixi e comer alguma coisa ao bar, chamei o Zé e comecei a contar-lhe os pormenores.
Que é que tu foste fazer, caralho?! – gritava ele, no parque de estacionamento.
Desculpa, foi um acto irreflectido.
Ela é gira, à partida neguei isso a mim mesmo mas depois fiquei seduzido pelo ser ar matreiro...
Cala-te, foda-se! Não me digas mais nada.
– interrompia ele.
Não foi por mal, ela não teve culpa do que se passou. – acrescentei eu.
Que estúpido, João. Custava muito teres pedido?
Pedido?! Como assim?
– ficava eu sem perceber.
Queres na cara ou no estômago? – continuava ele com as perguntas parvas.
O quê? Mas que merda estás tu a dizer agora...
Ai! Foda-se, essa merda doeu!
– exclamei eu.
O cabrão deu-me um murro na barriga, tinha uma certa razão e por isso não ripostei.
Ficamos por aqui, ouviste?
Espero que mudes essa tua atitude em relação à Mónica.
– finalizou ele.
O gajo virou as costas e foi mijar, deixei de o ver.
Fiquei junto ao carro, minutos depois voltaram todos juntos e prontos para prosseguir viagem.
Chegámos ao final da tarde a Lagos, o carro vinha cheio e não quis vir depressa para poupar gasolina. O Zé continuava de trombas mas agora ele que se entendesse com ela, eu já tinha feito a minha parte.
Foi fácil dar com a casa de férias, está situada num local que me é bastante familiar, já desde os meus tempos de puto e jovem aprendiz das artes pitorescas, tirando alguns Verões depois, o mestrado em pito estrangeiro do Norte e Centro da Europa.
Estacionei o carro na espaçosa garagem da vivenda, as meninas assavam sardinhas enquanto o dono da casa tratava de nos acomodar confortavelmente em sua casa. Foi um gajo porreiro em deixar-nos vir todos, tinha de lhe arranjar uns engates de primeira qualidade se ele quisesse.
Havia quartos individuais que chegassem para todos, mas cedo se percebeu que ninguém iria dormir sozinho naquela noite.
Partilhei o quarto com o Gonçalo, a Xana e a Marta acomodaram-se no quarto ao lado e o Zé esquivou-se para o quarto da Mónica. As coisas pareciam organizadas mas algo me dizia que esta provisória distribuição de camas iria ser alterada ainda antes de alguém adormecer.
Jantámos numa mesinha em cima da relva, no jardim das traseiras, junto à piscina. Não via a hora de me lançar lá para dentro e de preferência na companhia de alguma das meninas, mas naquela noite preferia encharcar-me em álcool e rir que nem um parvo durante a noite toda.
Não ficou muito longe do que se passou, excepto rir durante toda a noite.
Acabámos o jantar e fomos jogar Pictionary para a sala, cerveja e três garrafas de vodka acompanhavam as nossas jogadas, foi macacada total durante umas horas e simplesmente me lembro de acordar na manhã seguinte, num dos sofás da vasta sala, todo suado e com a Xana a dormindo a meu lado. Uma garrafa de vodka vazia jazia entre nós. Tinha apenas uma última recordação da noite anterior, eu sentado naquele mesmo sofá e de garrafa na mão, dividindo goles do sagrado liquido destilado com saborosos, mas também alcoolizados, beijos da Xana.
Estava um calor infernal, os nossos corpos pingavam suor por todos os poros, tínhamos dormido vestidos e abraçados um ao outro sobre aquelas temperaturas altíssimas. Despi as roupas suadas e mandei-me de cabeça para a piscina, a Xana não demorou muito a seguir-me e ficámos lá de molho até que os outros viessem ter connosco.
Estávamos quase todos de ressaca, mais notada nos rapazes que realmente abusaram da garrafeira, que apesar de estar bem composta, ficou reduzida a metade após uma noite de folia.
Nada que um banho de piscina e duas aspirinas não ajudassem a resolver.
Almoçámos tardiamente nessa tarde e quisemos permanecer dentro de casa, sem nos misturarmos com o mundo lá fora.
Fui ao quarto buscar algumas caixas de preservativos, quando regressei ao jardim, olharam para mim e começaram a rir. Deveriam pensar que tinha ido buscar aquilo para enrabar as meninas ali no quintal, mas logo que enchi a primeira borrachinha com água da torneira e a lancei para o meio do jardim, deu-se início a uma nova festa.
Alguns preservativos pareciam salames cheios de água e uns poucos acabaram por rebentar na cabeça e nas mãos de algumas pessoas. O dono da casa estava a gostar e foi buscar mais umas garrafinhas de vodka à garrafeira, meteu música alta e estava agora a decorrer uma verdadeira festa com todos os ingredientes necessários, álcool e gajas para toda a gente.
Não haviam vizinhos que nos chateassem a cabeça e a festa prolongou-se pela noite dentro, até começar a arrefecer na rua, era agora de madrugada. Tínhamos todos recolhido ao conforto do interior da sala de estar mas a noite ainda aclamava pela nossa presença e continuámos em pleno convívio.
Começámos a jogar ao Verdade ou Consequência, algo me dizia que aquilo poderia descambar numa situação merdosa, mas com o carregamento alcoólico que transportava no corpo, quis jogar e ria comigo próprio das respostas que haveria de dar caso me fossem perguntadas certas questões. Nada me afectaria naquela noite, estava imune a tudo e protegido pelo Santo Vodka.
O jogo tinha começado há menos de meia hora, o Zé preparava-se para colocar uma questão à Mónica e esta respondeu imediatamente consequência, que seria irem os dois para um quarto lá de cima e mais qualquer coisa que ele disse e eu não cheguei a perceber. Estava demasiado tocado pelo álcool para perceber tudo o que ele estava a dizer e nem percebi o que é que eles tinham ido fazer lá para cima. Também o Zé visivelmente embriagado, cambaleava subindo as escadas, sendo ajudado pelo Mónica.
Devem ter ido dar uma foda e usaram uma estúpida consequência do jogo para se despedirem mais cedo de nós, naquela noite. O jogo prosseguiu sem eles, pelo menos durante mais uns minutos.
Começava igualmente a fazer-se tarde, verdadeiramente tarde para nos nossos cérebros queimados e completamente embriagados. As meninas deram os primeiros sinais de cansaço e somente a Marina ficou na sala comigo e com o Gonçalo, tendo a Xana e a Marta subido para o quarto delas. O dono da casa continuava trancado numa das casas de banho do piso inferior, desde que o Zé e a Mónica subiram para dar a queca. Deve ter ido vomitar ou esgalhar o pessegueiro, mas pelo tempo que demorava lá dentro, desconfio que tenha ido mesmo bater uma punheta de vaza colhão.
O Gonçalo continuava a jogar com a Marina. Eles estavam a conhecer-se melhor e eu retirei-me para um dos sofás ao lado.
Depois de me espreguiçar e arrotar, levantei-me do sofá e despedi-me daqueles dois.
Pairavam ali duas pessoas que mais cedo ou mais tarde iriam dar uma valente foda, foi notório assim que senti o cheiro a pito molhado que rodeava a Marina.
Antes de subir ao primeiro andar, passei pela casa de banho onde o rapaz se tinha trancado.
Está tudo bem contigo? – perguntei eu, através da porta.
Sim...
Podes ir embora.
– respondeu ele.
Ele proferiu aquelas palavras num tom de voz ofegante, o gajo estaria certamente a esgalhar o pessegueiro. Talvez o cheiro a pito molhado da Marina e a escapadela da Mónica o tivessem contagiado.
Deixei o rapaz prosseguir com o que estava a fazer e subi as escadas para o andar de cima.
Escutei uns barulhos de foda e, levado pelo álcool, decidi que iria fazer merda.
Queria armar-me em empata-fodas, arte que tinha aprendido com o meu amigo Alexandre, que infelizmente não pode vir connosco nesta viagem ao Algarve por ainda se encontrar a recuperar de um ferimento de bala na nalga esquerda.
Abri sorrateiramente a porta do quarto, na cama estava o Zé montado na Mónica, até ali nenhuma novidade.
Fiz demasiado baralho com a porta e não consegui evitar de rir.
Que é que queres agora, foda-se? – perguntou o Zé.
Eu? Pode ser o mesmo que tu, uma foda.
Está bem, és a seguir dela! É pena teres tanto pêlo no cú, senão eras já agora!
– estava agora o cabrão a mandar piadas parvas, deve ter engolido um palhacinho.
Estás parvo ou quê?! – interrompi o gajo, antes que ele dissesse mais merda.
Sai lá daí de cima que eu já não fodo há mais de um dia. – acrescentei.
Põe-te a andar daqui para fora, vai bater à punheta. – disse o Zé, que continuava montado nela.
Fez-se algum silêncio, fiquei a olhar com cara de parvo para eles e eles para mim.
Calma, porque não nos divertimos os três? – meteu-se a Mónica na conversa.
O ambiente azedou, o Zé já tinha parado de a fornicar e agora levantou-se da cama.
Então aquilo confirma-se...
Vou dormir para o sofá, caguei para vocês.

Ele agarrou num lençol e foi para a sala, continuando a resmungar pelas escadas abaixo.
Então, e agora nós? – perguntou a Mónica.
Nós? Eu vou dormir, tu podes continuar aí deitada que também ficas bem.
Fui um pouco bruto nas palavras que lhe dirigi, mas tinha tido demasiadas preocupações devido à entrada dela na minha vida e adicionando o mortífero efeito do álcool, não me restava outra alternativa que não fosse aquela.
Saí do quarto e encostei a porta, Mónica permaneceu nua sobre a cama, agora de pernas fechadas.
Andei uns passos pelo corredor e ouvi novamente a voz do Zé Luís, vinha lá debaixo e deveria estar a gritar para o Gonçalo e Marina.
Foda-se, arranjem um quarto!
Deixem-me dormir, caralho.
– gritava ele.
Logo de seguida, ouvi passos subindo as escadas, era o Gonçalo e a Marina correndo praticamente despidos, com algumas roupas na mão, e pediram-me para usarem o quarto onde eu também estava acomodado, para além do Gonçalo que o partilhava comigo.
João, espera...
Deixa-nos ir para esse quarto, se faz favor.
– abordou-me o Gonçalo.
E eu vou dormir para onde? Com o Zé na sala? Não me parece. – disse eu.
Não, pede à Xana que te deixe entrar.
Deixa lá, depois pago-te uma imperial!
– insistiu ele.
Já me bastava ter empatado uma foda naquela noite, deixei os dois pombinhos irem foder em paz e fui bater na porta do quarto ao lado, onde estavam a Xana e a Marta. A Xana veio à porta, apenas usando uma camisa de dormir.
Linda, deixa-me entrar. – pedi-lhe eu, fazendo beicinho e carinha de cachorro abandonado.
Ela agarrou-me no colarinho da camisa e puxou-me para dentro do quarto.
Na cama de casal, estava a Marta a dormir, parecia um anjinho.
Deitei-me no meio das meninas e apesar do intenso calor, ficámos abraçados durante horas, na conversa e trocando beijos molhados. No quarto ao lado estava o único par feliz daquela noite, dormiam agora, após alguns minutos de foda selvagem, escutada no quarto onde estava. Devem ter partido alguma coisa ali dentro do quarto, pelo menos o candeeiro da mesa-de-cabeceira devem ter ido ao chão e aqueles dois devem ter feito um buraco na cama, tal era a fome de foda deles.
Os gemidos da Marina excitaram-me e despertaram na Xana e na Marta uma predisposição para fazerem amor, mas não nós comemos naquela noite, trocámos apenas uns beijos mais quentes e umas carícias mais atrevidas, nos nossos corpos suados e bem aconchegados.
O álcool que todos tínhamos no organismo ainda continuava a fazer das suas e deixou-nos bastante sonolentos, elas encostaram a cabeça nos meus ombros e eu as mãos pelas suas costas, felizes e cansados, deixámo-nos adormecer.
No dia seguinte, acordámos todos antes do meio-dia.
Depois do que tinha acontecido na noite anterior e visto não haver mais álcool na garrafeira, nem condições psicológicas de certas pessoas, decidimos todos juntos por antecipar um dia a data de regresso ao Barreiro.
O intenso calor que se fazia sentir neste Sábado solarengo não nos permitia que passássemos mais tempo deitados na cama.
Almoçámos cedo, novamente no jardim, e estava na hora de voltarmos para casa.
Era melhor sair do Algarve logo depois do almoço que depois apanhar o cansativo trânsito que se acumulará ao final da tarde, também para muitos, fazendo a sua viagem de regresso a casa.
Assim fizemos a nossa viagem de regresso, longa, demorada e cansativa. Nem acreditava que tinha passado os últimos dois dias no Algarve e nem uma foda tinha dado.Deixei os rapazes entregues e levei as meninas a casa por último, voltei depois para a minha casa. Cheguei estafado e completamente exausto da viagem e do calor, sentei-me no sofá, liguei a televisão e deixei-me adormecer.