sábado, fevereiro 28, 2004

Visita de estudo

Acordei de madrugada, nem três horas tinha dormido nesta noite, estava aflito para mijar.
Pouco passava das nove da manhã, saltei da cama e fui descarregar litros de destilação pela sanita abaixo. Aproximei-me de uma janela aberta, estava frio na rua mas todo o meu corpo fervia, tinha sonhado com a minha querida Elisa e ainda sentia o seu cheiro.
Comi qualquer coisa e tive de levar o carro à oficina para me concertarem o vidro partido, na porta do condutor. Sabia que o carro teria de lá ficar, por isso, telefonei ao meu amigo Zé Luís a pedir-lhe boleia de retorno a casa. Ele concordou e esperou-me na oficina.
Já não via este gajo há mais de duas semanas, as minhas aulas na faculdade tinham começado e tinha cada vez menos tempo para passar com os amigos, o pouco que tinha tentava gastá-lo na companhia de umas conas boas.
Combinámos uma saída para aquela noite, tentar retomar os bons velhos tempos.
Tinha já marcado um jantar com a Elisa mas prometi encontrar-me com ele e a namorada mais tarde, num bar do Barreiro.
A tarde passou a correr, ao fim da mesma, fui buscar o meu carro à oficina.
Tratei de ir buscar a Elisa ao Hospital, o turno dela tinha acabado as 16h30 e passámos a tarde juntos a passear pelo parque da cidade enquanto fazíamos tempo para um jantar a dois, num restaurante qualquer.

Cheguei ao Portão acompanhado pela encantadora Elisa, o jantar tinha sido bem regado e encontrava-me já um pouco embriagado. Elisa também vinha sorridente mas não sob o efeito do álcool, era mesmo a sua doçura natural.
Próximo da entrada do bar, estava o carro da Paula, namorada do meu amigo Zé Luís. Sabia também que outro amigo meu tinha vindo com eles, o Hugo, falou comigo de tarde e estava ansioso por conhecer umas gajas novas.
Entrámos no bar, alguns olhares indiscretos galavam a doce Elisa, cumprimentámos a minha amiga Valu que estava ao balcão e a Elisa subiu de imediato as escadas, para junto dos meus amigos.
Fiquei um pouco à conversa com a Valu, já não a via desde a nossa última aventura na praia e um sentimento de nostalgia começava a ser cada vez mais presente e desejava ardentemente repetir todos aqueles momentos excepto a chatice de no dia seguinte ter de passar a manhã inteira a tirar terra dos tomates de tanto roçar na areia molhada da praia.
Pedi-lhe uma bebida, ela preparou-me um Blue Lagoon.
Andas-te a esticar, baixinho! - dizia a Valu, sorrindo depois.
Porque dizes isso? - perguntei-lhe eu.
Eu vi a maneira como entraste com a Elisa, qualquer dia o namorado dela faz-te a folha. - acrescentou a Valu.
A minha amiga esboçava agora um semblante mais sério e de alguma preocupação.
Não te preocupes. Deixa que ele não me inutiliza para as tuas necessidades. - disse eu, brincando com ela.
Ai João... malandro. Se ele te estragasse qualquer coisa aí em baixo, seria eu quem dava cabo dele depois! - finalizou a Valu, desmanchando-se toda em risos descontrolados.
Ela voltou para o trabalho, eu subi as escadas até ao primeiro andar e fui de encontro aos meus amigos.
Estavam todos de copo na mão excepto as meninas, a Paula permanecia ainda na indecisão em relação ao que pedir para beber e eu levava uma garrafa de água para a minha doce Elisa.
O ambiente era de felicidade, todos riam das piadas abixanadas do Zé e íamos despejando copo atrás de copo dentro dos nossos corpos ressequidos. Os lábios molhados da Elisa incendiaram o meu pescoço, crescia dentro de mim uma chama ardente e o elevado teor de álcool que corria nas minhas veias era um combustível perigoso que quando ateado, já não saberia como o extinguir nem onde me levaria... talvez para algum beco mais discreto ou uma casa de banho menos concorrida. Nós mantínhamos uma relação secreta, aparentávamos somente amizade aos olhos de todos e nenhum dos nossos amigos sabia que nos andávamos a comer. Tive um certo receio que estivesse algum conhecido do namorado da Elisa ali no Portão mas que poderia eu fazer, esta mulher dava comigo em doido e qualquer risco era bem compensado pelo calor dos seus beijos.
O tempo passava ao sabor de bacardis e vodkas com alguns suminhos pelo meio, para as meninas.
Oiçam lá, estou com uma fome do caralho! - exclamava o Hugo.
Calma, já vamos todos comer ali na tasca do Jaquim Porco. - disse eu.
Não, foda-se, é fome mas de cona. - continuava o Hugo a insistir na mesma merda.
Eu também já papava qualquer coisa...
Ando há mais de vinte anos agarrado à punheta.
- tinha agora também a ajuda do Alexandre.
Estava tramado com estes gajos, com raparigas na mesa e eles a falarem de idas às putas.
Até acabei por achar uma certa piada àquela conversa de merda mas mantive a minha opinião que aquilo dava muito mau aspecto.
O Zé ria-se da situação, o álcool por ele ingerido também não lhe permitia fazer outra coisa mas as meninas mostravam-se muito serenas e pouco sorridentes. Eu e a Elisa queríamos aproveitar bem a noite de maneira a estarmos máximo de tempo possível juntos e afastei-me logo das intenções daqueles dois punheteiros. A Paula, já chateada com a conversa, ficou ainda mais fodida com a situação quando o Zé se disponibilizou a transportar o Alexandre e Hugo ao Pinhal de Coina, local típico de paragem de putas.
O Alexandre ficou logo todo excitado, se fosse gaja estaria com o pito aos saldos, porque deles três só o Zé tinha carro.
De contentamento, pediu uma nova rodada de bebidas à sua conta.
Estávamos todos enfrascados em álcool, muitos litros do néctar dos deuses estavam a ser destilados dentro dos nossos corpos. Alterou-nos por completo, aquilo que parecia uma íntima relação de amizade entre mim e a Elisa descambou numa forte paixão, pouco tempo demorou até nos expormos completamente. Fiquei completamente a ferver quando a Elisa passou suavemente a mão pela minha perna, por maior que fosse o nosso esforço em manter as aparências, o contacto físico era inevitável. Na frente de todos, deixei cair a minha cabeça no seu ombro e esperei pelo doce calor dos seus lábios nos meus. A excitação era mais que muita e só não lhe saltei para a espinha logo ali devido à enorme assistência presente no local mas a vontade aumentava a cada fluido trocado pelos nossos corpos. Os outros em volta não demonstraram cara de espanto, talvez já desconfiassem ou mesmo pensavam que éramos namorados de verdade desde o momento que nos viram chegar juntos. Decidimos não beber mais naquela noite, queria estar minimamente capaz para lhe saltar em cima.
Eram quase três da manhã, estava na hora de mudar de sítio.
Saímos do abafado Portão e descemos as escadinhas que nos levariam à porta da discoteca.
O Hugo lembrou-se que tinha os tomates atestados e insistiu com o Zé Luís para que o levasse de carro até ao Pinhal de Coina. O rapaz transpirava testosterona por todos os poros, o Alexandre também tinha saído do bar com a intenção de ir vazar o enorme inchaço de vinte anos que transportava em cada colhão, tinha feito a barba e até mesmo tomado banho, estava todo queque e iria tentar papar uma puta qualquer.
Vou todo bonito, talvez arranje mais barato. - disse o Alexandre, coçando depois a virilha.
A Paula quase queria bater neles dois mas o Zé acabou por lhes satisfazer a vontade.
Foram os três a caminho das putas, no Pinhal de Coina.
Na rua, à porta da discoteca, permanecia a Elisa, a Paula e eu. Entrámos sem qualquer dificuldade na Carvoaria apesar da nossa aparência embriagada, esta discoteca é uma das poucas da zona. No entanto, o nosso pensamento ia com aqueles que agora se aventuravam por outros caminhos, esperávamos que tudo corresse bem com os outros malucos.
Eles estavam completamente bêbados e o Zé não estava em condições de pegar num carro.
Passou-se uma hora sem qualquer notícia deles, descemos para a pista da discoteca e dançávamos ao som de house music.
A Elisa foi com a Paula buscar uma bebida e eu fiquei sozinho na pista.
Entretanto apareceram duas pitas com cara de esfomeadas, eram girinhas mas ainda lhes faltavam 20 quilinhos naqueles corpos para serem alguém. Ainda pensei que tivesse algum puto chavaleco atrás de mim e elas fossem na direcção dele mas não foi isso que aconteceu. Encostaram-se a mim e como se nada se tivesse passado, começaram a dançar. Isto talvez fosse o joguinho de sedução agora em moda nas escolas da chavalada mais nova. A Paula e a Elisa estavam demoradas para o bar e também não quis permanecer inculto para o resto da vida, muito menos não acompanhar as novas tendências da moda, nem mesmo que fosse esta merda.
Uma delas, a menos gira, lançava a outra contra mim como se fosse sem querer. Já que tinha permitido isto, agora também queria ver até onde elas iriam.
O tempo ia passando e as pobres raparigas não faziam progressos, talvez tivessem aprendido mal a lição com as pitas mais velhas, porque essas apesar de ainda serem novinhas, já são umas grandes cabras e fodem tudo o que tenha menos de três olhos abertos.
Às tantas já me estava a chatear e aborreci-me quando levei pela décima vez com os quarenta quilos da pita. Parei de dançar e com um olhar de sério perguntei-lhes o que se estava a passar. As miúdas não sabiam o que dizer, uma delas ria-se e a outra parecia um tomate de tão embaraçada que estava. Tinha que mandar qualquer boca estúpida para correr com elas dali, estavam a espantar a caça mais graúda, não que me fizesse qualquer diferença naquele dia, estava bem acompanhado pela Elisa.
Apontei para um puto novito com cara de desastre violento no IP5 e disse para elas...
Ali o teu namorado é que parece não estar a gostar muito das vossas brincadeiras.
Eu até o compreendo, se namorada minha estivesse a falar com um gajo bonito como eu, certamente também não acharia piada.
Vocês até têm um cú jeitoso mas pouco mais.

Olharam uma para a outra e foram a correr na direcção do bar.
Tinha finalmente espantado as pitas, não se pode ser simpático com estas gajas, pensam logo que as queremos comer.
Pouco depois chegou a Elisa, a Paula tinha ficado pelo bar, entregue aos prazeres da bebida.
A noite entrava pela madrugada dentro e quando já nada fazia prever, recebi um telefonema. Demorei a atender, estava imenso barulho na pista e o escaldante corpo da Elisa transportava-me para outro local, certamente um paraíso bem longínquo desta triste realidade. Inicialmente pensei que fosse uma mão mais acalorada da Elisa mas só me apercebi que era a merda do telefone a vibrar quando vi a minha querida com as duas mãos no meu pescoço.
Entretanto, o telefone deixou de tocar, tinha o número do Zé Luís no visor.
Fui para o corredor das casas de banho para ouvir melhor, telefonei-lhe e atendeu de pronto, estava bastante agitado.
Foda-se... grande merda que eu fiz João! Matei um gajo! - gritava o Zé.
O quê?! Que se passou caralho? - perguntei eu.
O gajo está morto... - repetia o Zé Luís vezes sem conta.
Ele desatou a chorar e pouco mais disse.
Calma lá... estás onde? - perguntei-lhe eu, sem perceber nada do que se estava a passar.
No Pinhal, foda-se. Onde querias que fosse...
O cabrão está morto, passei-lhe com a roda por cima.
- respondeu ele.
Nós vamos já para aí, não entres em paranóia. - tentava eu acalmá-lo.
O Zé Luís estava bastante transtornado e só dizia merda...
Filho da puta, este chulo do caralho tinha logo que se meter debaixo do meu carro...
Eu ainda não me tinha apercebido da real dimensão de tudo isto e não sabia ao certo o que se tinha passado com aqueles gajos.
Uma voz pouco distante do telemóvel do Zé fez quebrar o silêncio...
Olha lá Zé, a gente não pode ir ali tentar dar uma foda naquelas putas ao fundo da rua enquanto o João não chega?
Era a voz de bêbado do Alexandre, sem qualquer dúvida.
Não havia tempo para mais demoras, desliguei a chamada e ia imediatamente para o Pinhal de Coina.
Contei à Elisa o pouco que tinha percebido da conversa ao telemóvel. Fomos procurar a Paula, esta andava perdida junto ao bar.
A rapariga enervou-se ao saber das últimas notícias e arrastou-me logo para a porta de saída da discoteca.
Pagámos os cartões de consumo e metemo-nos a caminho de Coina, no meu carro. O ambiente estava de cortar à faca, a Paula gesticulava por todos os lados e a doce Elisa não sabia mais o que dizer, senão tentar acalmar a Paula.
A viagem foi curta, não demorámos mais de quinze minutos a chegar junto deles.
O Fiat Punto do Zé estava parado em plena faixa de rodagem, o motor desligado e sem luzes acesas.
Felizmente era uma zona pouco movimentada senão poderia ter originado outro acidente.
Eles estavam os três fora do carro, o Hugo vomitava encostado a uma das muitas árvores do pinhal e o Zé enchia o Alexandre de porrada, talvez para acalmar os nervos que deveriam estar à flor da pele.
Estacionei o meu carro atrás do Punto, a namorada do Zé saiu disparada e foi logo exigir explicações ao namorado. Este largou o saco de boxe Alexandre e começou ele a levar na tromba. Com alguns gritos e umas chapadas à mistura, a Paula descarregou a sua fúria no namorado e conseguiu acalmar depois, deixando o gajo explicar a merda que tinha feito.
Estávamos no local do incidente há mais de dois minutos mas ninguém se tinha lembrado do morto nem de onde ele estaria até o Zé voltar a referir que tinha atropelado um gajo, possivelmente um chulo de algum putêdo da região.
Caralho, passaste-lhe com a roda por cima... está morto. - acrescentou o Alexandre.
Que pena, logo hoje que ia despejar os colhões é que este gajo tinha de atropelar o chulo. - disse o Hugo, limpando uns restos de vomito que lhe escorriam ainda pelo canto da boca.
Vamos lá a ter calma, vocês é que parecem umas putas histéricas com falta de pau na cona.
Onde é que meteram o corpo?
- perguntei eu.
Está ali. - disse o Alexandre, apontando para debaixo do carro do Zé.
O gajo estava mesmo lá caído, completamente imóvel.
A Elisa não lhe conseguiu apanhar pulsação... o chulo estava morto.
Era tudo mau demais para ser verdade, teríamos de abafar aquilo de qualquer maneira.
O elevado grau de alcoolemia deles incriminava-os directamente em homicídio.
Tentei pensar num plano para fazer desaparecer o corpo, talvez tirá-lo da estrada e abandoná-lo no denso pinhal mas eram quase cinco horas da manhã, toda aquela zona deveria estar repleta de putas a foderem camionistas e seríamos rapidamente apanhados com o corpo na mão.
Tinha que se remover o corpo dali e depressa, não tivesse alguém ter assistido ao incidente e já comunicado à polícia, talvez mesmo as próprias putas que andavam a ser chuladas pelo gajo atropelado.
Retirámos o gajo debaixo do carro, quase não se via sangue no chão nem nas roupas brancas do chulo.
Tivemos o cuidado de não pisarmos qualquer poça de sangue, por muito minúscula que fosse. Seriam sempre marcas deixadas no local da tragédia e que nos poderiam incriminar no futuro.
Metemos o corpo na bagageira do carro do Zé Luís e combinámos largar o morto na Lagoa de Albufeira, ali a menos de dez quilómetros de distância. A Paula não gostou da ideia de ser ela a conduzir o carro com o morto lá dentro mas o Zé nem para conduzir um carro telecomandado estava capaz e teve mesmo de ser ela a levar o Punto.
Chegámos à Lagoa de Albufeira, o sol ainda estava escondido mas estava para nascer dentro de em breve e sabíamos que teríamos de ser rápidos a fazer as coisas. Não estranhámos o largo aglomerado de carros presentes junto às vedações que separam a estrada da areia da praia, era noite de fim-de-semana e estava tudo ali para dar uma queca de sábado à noite.
Estacionámos os carros, tentámos que fosse o mais afastado possível dos outros carros mas não havia muito espaço para grandes escolhas. Abriu-se a bagageira do Punto, pegámos no morto pelos braços e arrastámos o corpo pela areia da praia.
Pouco andámos, a menos de vinte metros de distância, havia quem fizesse fogueiras, outros dormiam e alguns aproveitavam ainda a Lua para dar uma foda de despedida. Não havia 10 metros de areal que percorrêssemos que não fossemos logo avistados, desistimos da ideia de despejar ali o chulo e voltámos com ele para o carro.
Nas outras praias da região o cenário deveria ser o mesmo, não dava para abandonar um corpo numa praia que mais parece um sexodromo. Enquanto uns fodiam na areia, nós estávamos bem fodidos ali dentro do carro e com um apêndice bem merdoso no porta-bagagens.
Senão havia praias, pinhais ou outros sítios que pudessem estar sem gente a foder, teríamos de levar o corpo para um sítio calmo e sossegado numa madrugada de Domingo, sem mirones nem distracções por perto.
Cemitério... é isso! - pensava eu em voz alta.
A doce Elisa olhou para mim e nem sabia o que dizer, fez-me uma festa na face e abanou a cabeça. Talvez fosse uma ideia estúpida mas não havia outra e muito menos eles estavam em condições físicas ou psicológicas para discutirem fosse o que fosse.
Combinámos então ir para o cemitério da Vila Chã, à saída do Barreiro.
Apanhámos a estrada de volta para o Barreiro, ia tudo a correr normalmente dentro das possibilidades até que reparamos numa brigada de trânsito a fazer uma operação de controlo.
Só avistámos os carros da GNR já muito em cima e não podíamos agora dar meia volta.
Estávamos já em Coina, a quinze minutos do cemitério. Por momentos tive aquela sensação de velho combatente, morrer na praia.
O meu carro ia na frente, a Paula seguia-me de perto mas por sorte ou ironia do destino, os agentes da GNR somente mandaram parar o meu carro. A Paula seguiu caminho.
O agente da autoridade chegou perto do vidro, pediu-me os documentos e quando cheirou o meu hálito a álcool, ordenou-me que saísse imediatamente do carro. Soprei no balão, a máquina deu 0.48g/l.
Esta foi por pouco, se tivesse sido umas horas antes, certamente teria ficado sem carta.
O Hugo tinha vindo no meu carro com a Elisa, enquanto o Alexandre ia no outro carro com o casal.
Talvez por ver a GNR ali tão próxima dele, o Hugo entrou em pânico, começou a gritar e a chorar.
O agente viu aquela triste figura, mandou o gajo sair do carro...
Eu não matei ninguém...
Que se passa consigo, rapaz? - perguntou-lhe o agente.
Eu não matei ninguém...
Este gajo estava todo queimado, só dizia merda e ainda nos ia arranjar maneira de ficarmos ligados ao que se tinha passado anteriormente. Agarrei no Hugo pelos braços e meti-o dentro do carro.
Desculpe, senhor guarda, ele bebeu demais. Viemos agora duma festa de aniversário em Sesimbra.
Tentei abafar aquilo ali mas o cabrão do guarda não tinha ficado muito convencido.
O silêncio imperou durante alguns segundos, por fim o gajo lá me mandou seguir viagem.
A Paula esperava-me um quilómetro adiante, na beira da estrada.
Seguimos viagem para o cemitério, agora sem interrupções.
Aqueles últimos dez quilómetros pareciam intermináveis mas chegámos ainda antes do nascer do sol.
Os ponteiros do relógio deveriam marcar uma hora perto das seis da manhã mas com tanta agitação e nervosismo nem me dei ao trabalho de olhar para o relógio. Só esperava que o nosso trabalho a fazer no cemitério não coincidisse com o do coveiro.
Invadimos o cemitério, saltando o portão metálico com o corpo às costas.
Certamente não iríamos escavar uma cova mas também não iríamos abandonar o corpo na primeira esquina que encontrássemos.
O cemitério é relativamente pequeno e não tem muito para onde se esconder o chulo.
Olhámos para a capela, era ali o sítio ideal naquele monte de podridão para se despejar o nosso apêndice das últimas horas.
O Hugo tinha ficado a dormir no carro e o Alexandre ia-lhe fazer companhia. Tanto a Paula como a Elisa, estavam agora praticamente sóbrias depois do susto apanhado e eram as únicas pessoas que juntamente comigo tinham pulado o portão do cemitério.
O trabalho estava praticamente concluído, agora só faltava sair dali e depressa.
A Paula foi na frente, fui ficando para trás com a Elisa. Começámos aos beijos no meio das campas.
As nossas hormonas escolhiam as horas menos próprias para se fazerem sentir, estávamos os dois completamente excitados com tamanha emoção que íamos embalando para uma queca certa senão fosse os gritos da Paula a anunciar que se aproximava alguém.
Elisa tinha já a camisola despida e eu o botão das calças desapertado, a meio caminho dos joelhos.
Ouvimos os gritos da Paula mas já era tarde demais.
Acompanhando a voz da Paula, estavam as sirenes de dois carros da polícia... estávamos bem tramados.
Os polícias entraram pelo cemitério dentro, talvez alertados por algum vizinho.
Ficámos paralisados, não sabíamos o que dizer. Para piorar a situação, o corpo do chulo não estava completamente escondido, os primeiros raios de sol começavam a iluminar as pernas do gajo e os polícias rapidamente deram com ele.
Levantaram o chulo, apalparam o pulso ao gajo e deram-lhe duas chapadas.
Que estranho, seria algum fetiche marado dos polícias?... Espancar mortos.
Este deve ter bebida a Central de Cervejas inteira. - dizia um polícia para o outro.
Vamos embora, tudo para a esquadra. Têm muito que explicar... - falava o outro polícia, em voz alta.
Apontando depois o dedo na direcção da porta de saída do cemitério.
Eu próprio agora estava cheio de dúvidas e incertezas, o chulo afinal não estava morto.
Os agentes da autoridade obrigaram-nos a segui-los até uma esquadra do Barreiro.
Tinha ido tudo para a esquadra, até o próprio chulo que pensávamos morto.
Entrámos na esquadra, tinha a sensação que conhecia aquele lugar de qualquer lado.
Estavam duas agentes femininas na recepção, iriam tomar conta das ocorrências a partir dali mas o Zé queria fazer logo o seu comentário, ainda que embriagado. Ele tinha vindo a dormir desde a Lagoa de Albufeira e acordou no momento que a polícia chegou ao cemitério.
Foda-se, ouve lá. Que putas tão feias! - disse o Zé Luís, olhando para as duas agentes na recepção.
Pronto, estava mais que certo que a bebedeira ainda não lhe tinha passado mas ele não se ficou por ali...
Ò chefe... quanto é ali aquelas? - insistia o Zé.
Agarrei nele e sentei-me com ele nos sofás da esquadra antes que lhe dessem um enxerto de porrada, neste caso até seria merecida.
A Paula fez-nos companhia, enquanto que o Hugo e Alexandre se sentaram mesmo no chão frio. A Elisa continuava à conversa com um dos agentes que nos tinham encontrado no cemitério, tentando arranjar alguma desculpa plausível mas sem qualquer sucesso até ao momento.
O chefe da esquadra apareceu, agora é que isto ia dar em merda... agora me lembrava porque tinha achado este local familiar desde logo que entrei e só agora me lembrei que o pai do Zé Luís era polícia.
Tentei explicar ao pai do Zé, o chefe da esquadra, exactamente aquilo que se tinha passado. Ele ficou irritado, mandou-nos embora para casa e chamou uma ambulância para transportar o chulo ao hospital. O Zé Luís não teve a mesma sorte, o pai meteu-o numa cela vazia, de porta aberta, para dormir um bocado até lhe passar a bebedeira.
Eram oito e pouco da manhã, tinha acabado de subir ao segundo andar do meu prédio, entrei dentro de casa e fui directo para a cama.
Estava completamente exausto, a noite tinha tido tanto de emocionante como de problemática mas finalmente as coisas não acabaram muito feias para nenhum dos lados.
Antes de adormecer, já depois de ter caído no colchão, telefonei para a Elisa, aquela doçura de mulher.
No som de despedida dos seus beijos, fechei os olhos, desliguei a chamada e adormeci.

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Alto risco

Acordo em sobressalto, tinha a sensação que tinha feito merda ou me faltava qualquer coisa.
Comecei primeiro a suar, sentia-me preocupado mas persistia um vazio enorme na minha memória. Esta merda acontece sempre quando é o despertador do telemóvel a acordar-me, lembrei-me então da tão aguardada concentração de carros na ponte Vasco da Gama.
Fui dar uma mija, penteei o cabelinho à foda-se e voltei ao activo.
Desci as escadas de encontro ao carro, tinha a nítida sensação que me estava a esquecer de qualquer coisa. Fosse ela qual fosse, teria de esperar que o meu cérebro retomasse o pleno das suas funcionalidades. Felizmente, o caralho desperta antes da actividade cerebral, senão bem fodido estava em dias de maior sono.
Tinha acordado um pouco para lá da hora prevista e estava atrasado para a concentração.
Fiz o percurso de minha casa, no Barreiro, ao Parque das Nações, em menos de vinte minutos. Puxei ao máximo por todos os cavalos do meu Astra e cheguei mesmo em cima do início das festas.
Foda-se... as minhas amigas! - pensava eu, em voz alta.
Tinha-me esquecido completamente da Rute e da Filipa, dificilmente as iria voltar a ver naquela noite.
Achei por bem telefonar-lhes, não perdia nada e sempre ouvia as suas doces vozes.
Estou...? Olá Filipa. Cheguei agora a Lisboa... saí à pressa de casa.
Fico à vossa espera, adorava ver-te hoje novamente, ainda tenho o teu gostinho nos meus lábios.
Fica então combinado linda, beijinhos!
- desliguei depois.
A espera prolongava-se, aquelas raparigas nunca mais apareciam.
Os carros chegavam às dezenas, a concentração de gente e máquinas era cada vez maior.
Fui ter com o Miguel, meu velho amigo putanheiro, companheiro de grandes loucuras e aventuras intermináveis na exploração de pito alheio na região de Lisboa e arredores. Ele estava junto do seu carro, um novíssimo Honda S2000, sem duvida uma grande máquina.
Exibia o carro às miúdas que o rodeavam, cada uma mais bonita que a outra, encostavam os seus peitos avantajados nos vidros do carro. Miguel estava todo contente, este era o seu ambiente preferido e apressou-se a apresentar-me as suas novas amigas, algumas delas seriam as suas fodas naquela noite e talvez também as minhas, caso o atraso das minhas amigas se prolongasse eternamente.
No meio daquelas beldades também se encontrava uma ranhosa, acontece sempre. Por muito boas que sejam as amigas, tem de haver sempre uma Frankenstein para estragar o ambiente e essa deveria ser a mais esfomeada delas todas.
A cabra era também a mais atiradiça e era mais dada que as putas no Monsanto.
Oh dread, vai uma queca no escuro? - perguntava ela, com um sorriso desdentado na boca.
Queres o quê, caralho? Nem penses que toco nessa cona mal cheirosa. - avancei eu.
Vai à merda filho da puta, deves ser paneleiro. - gritou ela.
Não. Gosto de pito molhado mas é bem lavadinho. - disse eu, querendo acabar a conversa por ali.
Então caralho, não chateies o João. Baza foda-se! - meteu-se o Miguel na conversa.
Epah desculpa lá, estas gajas quando estão esfomeadas fazem de tudo. - finalizou o Miguel.
A gaja ainda estava por perto, não se tinha dado por vencida, soltei então umas doces palavras na sua direcção...
Rapariga, tu com esse aspecto, nem servias para bater punhetas ao ceguinho.
Seguiu-se depois uma gargalhada geral e a gaja foi-se embora, em busca de caça noutras pradarias.
O meu telemóvel tocou entretanto, era a Rute a dizer que tinham chegado.
Indiquei-lhes a minha localização e em poucos minutos estavam comigo. Vinham bonitas e bem arranjadas, o Miguel ficou logo de olho nelas mas não conseguiu dar-lhes muita atenção, não tanta como certamente gostaria, estava rodeado de outras beldades e as minhas amigas teriam de ficar em lista de espera.
Assistimos a algumas corridas, cada um tentava mostrar o máximo das potencialidades da sua máquina, eu tinha somente ido para assistir e contentava-me em galar as gajas boas que por lá passeavam a cona.
Estava tudo a correr bem e como planeado, dizia-me o Miguel.
Até que a polícia chegou ao local da concentração, fez grande alarido com as sirenes. Dezenas de carros dispersavam, criando uma nuvem de fumo, inúmeros faróis ofuscavam os agentes da autoridade e era um autêntico salve-se quem puder.
Eu e a Filipa conduzimos os nossos carros para próximo da ponte Vasco da Gama, estacionámos à beira rio, junto a um dos pilares da ponte. Não se avistavam outros carros nas proximidades e toda aquela excitação anterior da fuga arrastou os nossos corpos para um estado carente de paixão e de extrema adrenalina.
Mal travei o carro e desliguei o motor, comecei a sentir as mãos da Rute a vaguearem pelo meu corpo. Necessitava daqueles toques para me consolarem o espírito e correspondi aos suaves toques da Rute, igualmente com o meu afecto. A nossa ligação amorosa estava criada, momentos depois, entrou a Filipa no meu carro, não querendo perder nada da festa.
Eu permanecia no banco do condutor, agora rebaixado para trás. A Rute, ao meu lado, desapertou-me a braguilha e massajava-me as pernas. Filipa ocupava o meio do banco traseiro, beijava-me os lábios com intensa paixão que me deu uma grande tesão e começava lentamente a desabotoar-me os dois botões do meu pólo.
Estávamos cheios de tesão, os nossos corpos tinham-se fundido num único e somente nos preocupávamos em explorar ao máximo o prazer infinito de cada um e íamos apreciando o sabor dos nossos toques.
Filipa tirou as suas calças de ganga, ajeitou as virilhas à altura da minha boca e esperou que lhe desse a devida atenção.
Eu continuava a beijar a Rute e a massajar-lhe os biquinhos das mamas que estavam rijinhos como nunca mas o aroma a pito molhado da Filipa chamava-me e escondia-se somente debaixo dumas cuequinhas já completamente encharcadas pela sua excitação. Retirei-as delicadamente e coloquei imediatamente a minha boca sobre aquela cona maravilhosa. Chupei e lambi cada pedacinho que aquecia fervorosamente a cada passagem da minha língua e ia escutando os excitantes gemidos da Filipa.
A Rute não tinha ficado parada, chupava-me a gaita e recebia da minha mão, um toque sensual pelas suas costas.
A nossa harmonia foi subitamente interrompida, não nos apercebemos na hora do que se estava a passar.
Uma porta do carro abriu-se, um braço ergueu-se e puxou a Filipa para fora do carro. No mesmo instante, tanto a minha porta como a do lado da Rute, se abriram e dois gajos gritavam para dentro do carro, mandando-nos sair. Consegui fechar a minha porta mas reparei que a Filipa estava fora do carro e à mercê daqueles animais, não podia arrancar com o carro e deixar a minha amiga naquela situação.
Eram três bandidos, tinham um aspecto de merda e cada um cheirava mais mal que o outro.
A doce Filipa estava no chão, completamente despida da cintura para baixo e eles deveriam querer comê-la.
Um dos gajos, estava diante da minha porta e batia ferozmente no vidro para que eu abrisse a porta. Agarrei no bastão de ferro que guardo religiosamente na lateral da minha porta e escondi-o dentro da manga do pólo.
O filho da puta lá abriu a porta e saí do carro, deu-me logo uma chapada e disse que eu ia ser catado.
Mal o preto tentou entrar no carro, talvez para tirar a chave, deixei o bastão deslizar pelo braço e dei-lhe uma pancada na clavícula com toda a raiva contida dentro de mim. O gajo até ganiu e ouvi o som do osso a partir, ele foi lançado contra a porta do carro, de tal maneira que a fechou. Quando virou o focinho, já com uma grande expressão de dor, levou com outra bastonada, desta vez no braço e caiu estatelado no chão.
O outro bandido, um gajo loiro e de rabo-de-cavalo, estava a menos de um metro, já com as calças em baixo, preparado para saltar para cima da Filipa. Não teve uma reacção instantânea devido ao seu estado e quando se apercebeu da realidade, já o seu companheiro estava caído no chão. Levantou-se mas nem teve tempo para puxar as calças para cima, levou logo com o ferro na barriga e depois no joelho, tombou no chão e cuspia sangue por todo o lado.
Pensava que tinha a situação controlada mas esqueci-me de um dos filhos da puta. Senti uma violenta pancada de lado, nas costelas, olhei para o chão e vi que o cabrão me tinha acertado com uma pedra de calçada.
Do meu ângulo de visão, somente via dois bandidos no chão, já inconscientes, e ouvia os passos do outro que se aproximava de mim, pronto para me aviar porrada. Doía-me a merda do lado esquerdo todo, desconfiava que tinha alguma costela partida.
Levantei finalmente a cabeça, o cenário que vi não era confortante. A Rute estava apavorada e metia as mãos na cabeça, a doce Filipa ainda permanecia imóvel no chão, talvez em estado de choque.
O gajo cercou-me, eu ainda me ressentia da dor nas costelas e não consegui evitar que ele me agarrasse no pescoço e me colocasse uma navalha capa-grelos encostada à garganta.
Larga o pau dread... Vou-te chinar cabrão! - gritava o preto.
Sabia que ele não iria recuar e o mais certo seria cortar-me após ver o estado em que ficaram os outros cabrões que vinham com ele, já inconscientes e cobertos de sangue. Estávamos a menos de um metro do carro, de frente para a porta do condutor, a Rute foi ter com a Filipa e ambas pediam ao bandido que me largasse.
Tinha de raciocinar rápido e agir ainda mais depressa, estava numa corrida pela própria sobrevivência e a minha vida, tal como a da Rute e da Filipa, dependeria do que fizesse naquele instante.
O preto estava cada vez mais impaciente e eu começava a sentir cada vez mais a pressão exercida pela lâmina da navalha. Ele era claramente um amador, apenas um puto que estava acostumado a maiores facilidades e tive medo que a inexperiência dele o agitasse ainda mais e o levasse a cortar-me o pescoço.
O intenso treino de autodefesa que tinha recebido estava agora pela primeira vez a ser posto em prática, como resultado disso estavam dois bandidos inconscientes no chão e outro com uma navalha a romper-me a pele. Mantive a calma e disse ao gajo que podia levar o carro, indiquei-lhe que tinha as chaves no bolso das calças e ele só precisava de as pegar e sair dali.
A navalha deixou de fazer tanta pressão na minha garganta, o gajo baixou uma mão para me alcançar o bolso esquerdo das calças e ficou sem defesas. Era aquele o momento certo para agir, talvez o único. Larguei o bastão de ferro no chão, libertei assim a outra mão.
Agarrei-lhe na mão que sustentava a navalha e torci-lhe o braço todo até estalar, ficando eu agora por trás do gajo, que não aguentou a dor e largou a faca no chão. O filho da puta começava a gemer e eu passei-me com aquela merda, um sentimento de revolta nascia dentro de mim e não saberia como me controlar sem antes lhe dar um enxerto de porrada.
Os papéis tinham-se invertido e os bandidos já não controlavam nada da situação, todo o mal que aqueles gajos tinham feito a mim e a elas transtornou-me completamente a mente e num acto de revolta, espetei com a cabeça do gajo no vidro da porta do meu carro, foi uma marrada espectacular, digna dos melhores bovinos taurinos de Portugal.
Era sangue por todo o lado, o gajo parecia uma puta histérica aos gritos e quando finalmente o larguei, desatou a correr e desapareceu na escuridão da noite. Deve ter ficado com a cara toda fodida e com alguns vidros espetados mas não sentia qualquer remorso e tive pena de não lhe partir a merda dos ossos todos.
Fui ter com as minhas amigas, estavam abaladas com os acontecimentos mas agora mais calmas.
A Filipa puxou as calças para cima e correu para o seu Mercedes. Eu abri a porta do meu carro e removi os vidros espalhados no assento, liguei o motor e saí dali com a Rute, a Filipa seguia-nos de perto, no seu carro.
Depressa chegámos ao tabuleiro da ponte Vasco da Gama, as costelas continuavam a doer-me e a Rute insistiu que eu fosse ao hospital.
Fomos então directos para lá, hospital do Barreiro, local onde trabalha a minha querida Elsa.
Entrei na parte do serviço da Elsa e ela foi logo ter comigo.
Expliquei-lhe o que se tinha passado e imediatamente fui atendido por um médico.
Tirei uma radiografia às costelas e não estava nada partido, foi uma sorte.
O médico de serviço chamou a polícia e pediu-me que aguardasse para lhes prestar declarações.
Enquanto esperava, Elsa despachou o turno e levou-me para uma salinha de repouso.
Não estava lá mais ninguém, comi umas bolachas e expliquei à Elsa aquilo que se tinha passado, com todos os detalhes. Pensei que ela ficasse magoada por eu ter estado a comer a Rute e a Filipa mas pelo contrário, esboçou um sorriso e aproximou os seus lábios carnudos dos meus. Fiquei louco de desejo, beijei a Elsa profundamente e não nos largámos durante largos momentos.
João... faz-me vir. - pediu-me Elsa, fazendo beicinho.
Aqui?! - disse eu, coçando o queixo.
Claro, tonto. Onde querias que fosse, em casa? - avançou Elsa de imediato, sorrindo discretamente.
Um calor enorme percorreu todo o meu corpo, senti-me mais quente que nunca e desabotoei imediatamente a bata de enfermeira da Elsa.
A porta não estava trancada e havia sempre o medo que pudesse entrar alguém, o que fez aumentar a nossa excitação e desejo por aquele momento.
Subimos para cima da mesa, sentei-lhe o belo rabo na madeira e coloquei a minha cintura entre as suas pernas. Elsa estava já de bata aberta e percorria as suas mãos pelo meu cabelo. Cheguei os meus lábios aos seus seios, estavam já rijinhos e queriam saltar para fora do soutien que parecia cada vez mais pequeno.
Desapertei o soutien e deslumbrava agora toda a magnitude daqueles belos melões, durinhos e de biquinhos empinados para cima, chamavam cada vez mais pelo calor da minha boca. Chupei-lhe os mamilos e desci a minha boca pela sua barriga, parando sobre as cuequinhas, já um pouco humedecidas.
A porta da sala abriu-se!
Elsa ficou envergonhada e tapou-se de imediato, eu estava com a boca sobre as suas virilhas e tive pouca reacção. Era a Filipa, tinha perguntado a outra enfermeira por mim, coitadinha estava preocupada com o meu estado de saúde e eu estava melhor que nunca.
A doce Filipa ficou imóvel, naturalmente sem saber o que dizer. Fechou a porta e contra todas as minhas expectativas, caminhou na nossa direcção e passou a sua mão pelo meu cabelo.
Agarrou fortemente no colarinho do meu pólo e puxou-me para cima, de encontro aos seus lábios. Beijei a minha querida com carinho, quando soltei os lábios dos da Filipa, devolvi o calor aos lábios da Elsa mas passei uma mão pelas costas da Filipa.
Intercalei os beijos pelas duas, elas iam aquecendo e eu começava já a deitar fumo. Estava completamente a ferver com toda aquela excitação e feliz por ter junto estas duas doçuras na mesma situação amorosa.
Os nossos corpos rebolaram pela mesa, dávamos prazer uns aos outros, elas estavam felizes e iam-se tocando. Sentia algumas dores nas costelas mas o desejo por elas era mais forte e depressa me esqueci de tudo o resto e somente pensava nelas e na melhor maneira de explorar aquele momento a três.
Elsa foi a primeira a vir-se, toda ela fervia e arrastou a Filipa para o seu primeiro orgasmo, sendo penetrada por mim.
Tentava aguentar-me ao máximo mas não era nada fácil, elas estavam a elevar-me a picos de prazer raramente antes alcançados.
Mudámos de posições, seguiram-se variadas penetrações e inúmeras carícias com as línguas na mistela de corpos amontoados.
Explodimos por diversas vezes de prazer, os nossos corpos estavam cansados e respirávamos bastante ofegantes.
Começámos a vestir-nos e tínhamos que retomar a vida normal.
Saí daquela sala, o meu último ninho amoroso, parecia uma autentica sauna. Fui logo abordado por um agente da autoridade.
Avisou-me que tinha de me dirigir à esquadra na manhã seguinte porque agora era hora de eu descansar um pouco.
Estive pouco mais de dois minutos à conversa com o senhor agente, entretanto saíram a Elsa e a Filipa da mesma sala, penteando os seus lindos cabelos e fazendo sorrisos indiscretos. Elsa retomou o turno e soprou-me um beijo delicioso. A Filipa veio ter comigo e encostou a sua cabecinha ao meu ombro.
Estou a ver que você já está melhor. Vá lá para casa e veja se agora tem juízo. - disse-me o agente.
Passava meia hora das quatro da manhã quando finalmente abandonei o hospital, despedi-me da Filipa e da Rute. Elas foram para casa e eu dei uma voltinha de carro antes de rumar até à minha. Estava claramente mais calmo e sem forças, aquelas duas beldades tinham dado conta do resto de mim.
Cheguei a casa, desliguei o telemóvel, pela primeira vez em muitos anos, e fui directo para a cama, não queria ser incomodado.
Ajeitei a cabeça na almofada e tentei adormecer mas todas aquelas imagens de sangue e terror, tais como as de prazer, ainda estavam bastante vivas na minha memória.
Fechei os olhos para não mais abrir naquela noite, finalmente adormeci.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Sem limites

Saltava e corria por bordéis de putas finas que me mamavam na gaita sem parar, litros de álcool me escorriam pela garganta abaixo, estava feliz e todo contente da vida.
Mas que merda... estão a tocar uma sirene dentro do bordel?
O barulho era ensurdecedor, aquela merda nunca mais se calava e estava-me a espantar as fêmeas todas. Apagavam-se da minha vista num piscar de olhos, o ambiente avermelhado típico das casas de putas começava a esbater-se, as paredes ficaram mais claras e o álcool deixara de escorrer.
Estava fodido com isto, afinal era o despertador a tocar, as pálidas paredes eram as do meu quarto e tudo não tinha passado dum sonho.
Agarrei-me logo ao tolinhas, não tivesse o pobre animal ficado transtornado com tamanha interrupção. Pelos vistos tinha gozado mais que eu, estava ensopado nos seus próprios fluidos e ainda saltitava de contente dentro dos Calvin Klein, agora inundados de vida.
Era dia duma concentração de carros na ponte Vasco da Gama. Eu não gostava nada daquela merda mas sempre haviam umas gajas boas a assistirem ao aparato e isso para mim era motivo suficiente para eu ir também.
Fui ao duche e nem me preocupei com a punheta matinal, tratei de me lavar convenientemente.
Sai da banheira e fui fazer o almoço, ainda de toalha à cintura e com o tolinhas a apanhar ar.
Ouvi o telemóvel a tocar no quarto, desligou-se quando lá cheguei. Era a puta da bateria que estava em baixo.
Voltou novamente a tocar, era a Rute.
Estou? Olá João.
Olá Rute, há tanto tempo que não te vejo! - disse eu, cheio de saudades da minha amiga.
Pois é lindo, por falar nisso... gostava de te ver hoje. Sabes... para matar saudades.
Sim, claro. Onde nos encontramos? - perguntei eu.
No mesmo sítio de sempre. Quando a Filipa chegar, vamos logo para o Clube Naval. - avançou a Rute.
Filipa?... Ela é jeitosa? - perguntei eu, todo entusiasmado.
Oh João, tu não tens remédio! Sim, ela é muito gira. - finalizou a Rute.
Não via a Rute desde a festa da espuma no Inloko e que infelizmente ela não pode ir.
Tínhamos ficado somente por um cafezito nesse dia mas fiquei com esperanças de repetir aqueles momentos novamente na companhia da minha amiga. Ainda tinha bem presente na memória, o calor dos seus beijos na minha cara, na amarga hora da despedida.
Acabei de almoçar, borrifei-me com Hugo Boss e fui ter com elas.
Depressa cheguei ao café, entrei e sentei-me numa mesinha com vista para o Tejo.
Elas ainda não tinham chegado, pedi uma imperial e esperei pelas meninas.
Começava a pensar que tinha sido gozado, já tinha bebido a imperial e nenhum sinal delas.
Finalmente chegaram, pediram desculpa pelo atraso e sentaram-se na mesa. Reparei desde logo na carinha de anjo da Filipa, muito querida esta amiga da Rute e agora também minha amiga. Bem me tinha dito a Rute que a Filipa era muito gira, tinha os seus cabelos escuros e descaídos pelos ombros, as suas bochechas eram macias e os seus lindos olhos iluminaram os meus.
Então pah! Não me falas. - reclamava a Rute, dando-me um toque no braço.
Desculpa linda, eu deveria estar noutro mundo. - disse eu.
Na verdade, tinha ficado encantado com a Filipa e tudo o resto deixou de ter importância.
Gostava muito da minha amiga mas as minhas saudades por ela depressa se dissiparam e foi aumentando cada vez mais o interesse pela Filipa, aquela bela desconhecida que tinha caído do céu, num local próximo de mim.
A conversa caiu na monotonia e iniciou-se o perverso jogo de olhares. Eu galava a Filipa de alto a baixo, aquele peito redondinho deixava-me louco de desejo e desencadeava memórias eróticas na minha mente doentia por sexo. A Rute estava mais serena, entretinha-se com o seu copo de sumo, agora vazio, mas a Filipa sorria para mim sempre que me apanhava a olhar-lhe fixamente. Era como se ela soubesse que era boa e atraente e eu seria apenas mais um parvo encantado com a sua doçura.
Começava a fazer-se tarde para elas, tinha de ir para casa estudar.
Temos de ir, a gente vai ter exame depois de amanhã. - disse a Rute, preparando para se levantar da mesa.
Espera Rute! O João pode-nos ajudar na matéria. - avançou a Filipa, sorrindo para a amiga.
Achei piada à situação, o único conhecimento em anatomia que tinha era sobre o pito da mulher, se era para isso que me queriam, então tinham encontrado um mestre em explicações no assunto.
Percebes alguma coisa de intramusculares? - perguntou a Rute.
Sim, claro. Se começares agora no ginásio, deves iniciar o treino com o menos peso possível nas máquinas e só depois aumentas e dose. - respondi eu, não sabendo do que ela estava a falar.
Ai João, que tolinho... - disse a Rute, rindo-se do meu disparate.
Estava mais que visto que a minha ajuda para o exame delas não passaria propriamente por estudar anatomia, pelo menos aquela que vem referenciada nos manuais escolares.
Pagámos a conta no café e fomos directos para casa de Rute, localizada à saída do Barreiro.
A Filipa veio para passar a noite em casa da amiga, supostamente para estudarem. Tirou a roupa do porta-bagagens do seu Mercedes e subimos as escadas. O meu corpo aqueceu instantaneamente ao receber um toque inocente da Filipa, a sua mão tocou levemente nas minhas calças. Sobre o tolinhas, que despertou de imediato.
Passado este momento mais erótico, por muito breve que tenha sido, fomos para o quarto da Rute e trancámo-nos os três lá dentro. O pai da Rute passeava pela casa e ficou um pouco intrigado assim que me viu subir as escadas com a filha.
Começámos a sessão de estudo, eu pouco ou nada sabia daquela merda mas tentava não as desanimar.
O estudo foi subitamente interrompido pelo pai da Rute. Não deve ter achado muita piada ao facto de ter um gajo dentro do quarto da filha e deu a desculpa que precisava falar com ela. Ele disse que necessitava de ir ao supermercado e que não tinha braços suficientes para carregar todos os sacos.
Disponibilizei-me para o ajudar mas este recusou, pediu explicitamente a ajuda da filha.
Desconfio que fosse uma desculpa para não deixar a casa entregue a três jovens completamente doidos por sexo e com as hormonas já a começarem a fervilhar que nem loucas.
A Rute vestiu o casaco e acompanhou o pai. Fiquei sozinho em casa com a Filipa, pousei imediatamente o pesado manual de anatomia e deitei-me de costas na larga cama da Rute. Estava somente a relaxar e de momento, não tinha qualquer outra intenção, juro!
Filipa descalçou os sapatos e foi-se deitar também na cama, junto a mim, encostando a sua face ao meu peito.
Senti imediatamente uma enorme vontade de a beijar, os seus doces lábios atraiam os meus.
Estava quase para adormecer agora. - disse eu, para desanuviar a minha mente.
Filipa inclinou os seus olhos na direcção dos meus, olhou-me fixamente e sussurrou...
Beija-me João. - colocando uma mão no meu pescoço.
Fiquei cheio de tesão ao escutar as suaves palavras da Filipa, senti todo o meu corpo apelando a um chamamento carnal. Ela estava uma delicia, uma pesseguinha irresistível que me atraía cada vez mais, o seu corpinho esbelto encantava os meus pensamentos mais íntimos e há muito tempo que já a despia mentalmente.
Agarrei a sua mão e puxei-a até aos meus lábios, Filipa aqueceu e soltou um suspiro.
Rebolei para cima dela e muito carinhosamente a beijei. O calor dos seus beijos aumentavam a cada toque meu pelo seu corpo. Filipa entrelaçou as suas pernas nas minhas e conseguia agora sentir o crescente calor do seu pito molhado.
Demorámo-nos enrolados em beijos e carícias pelo pescoço, o seu gostinho adocicava os meus lábios e aquecia-me a alma por dentro. Fiquei completamente derretido com o seu calor, as suas mãos percorriam-me o peito ainda coberto pela camisa e massajavam todos os pedacinhos por onde tocavam.
Voltámos a rebolar, agora abraçados, Filipa ficou em cima de mim e sentou-se na minha cintura.
As suas mãos envolveram o meu pescoço e desceram para o colarinho da camisa, esta pouco tempo de aguentou no corpo, Filipa puxou violentamente por todos os seus botões e tirou-me do corpo. Desceu lentamente a sua língua pelo meu peito, agora desnudo, até chegar ao fecho das calças. Massajou-me a gaita, ainda escondida por debaixo da ganga, tratou de me desapertar as calças e colocou-a na boca.
Eu estava cheio de tesão, a língua da Filipa mexia-se maravilhosamente e os seus lábios davam um calor especial em cada chupão. Nem conseguia pensar direito e o ambiente onde tudo tinha começado também tornava as coisas mais escaldantes, o próprio perigo de sermos apanhados a qualquer momento pela Rute, alimentava cada vez mais a excitação nos nossos corpos.
Calma linda, deixa-me também tratar de ti. - disse eu baixinho, agarrando no cabelo da Filipa.
Baixei o resto das minhas calças e a Filipa deitou-se de costas, sobre a cama já desfeita.
As minhas mãos percorreram todo o seu corpo, desde os ombros aos seus pés, onde lhe massajei e beijei os mesmos. O seu corpo fervia, subi com a cabeça até encontrar os seus seios, despi a sua camisola e chupava-lhe agora a ponta dos mamilos vigorosamente e apertava fortemente os seus redondinhos seios nas minhas mãos.
Fui percorrendo cada pedacinho do seu corpo com a língua, humedecendo cada ponto quente e parei sobre as suas virilhas. Desapertei o fecho das suas calças e mordiscava por cima das suas cuequinhas, começava a sentir o seu doce aroma a pito molhada e ficava cada vez mais excitado.
Tirei-lhe as calças depressa, não podia perder mais tempo longe daquela cona.
Enfiei os indicadores dentro das suas cuecas transparentes e puxei-as para mim, Filipa esperneou-se e soltou um novo suspiro de prazer. Tinha agora o seu pito rapadinho ao dispor da minha boca e avancei na sua direcção. Lambi e chupei cada pedacinho enquanto a Filipa agarra fortemente nos meus cabelos, fazendo pressão contra a sua rata.
Ela estava completamente molhada e contorcia-se cada vez mais de excitação. Puxou-me pelos cabelos e pediu que a penetrasse. Massajou-me a gaita uma vez mais para recuperar todo o meu vigor e colocou-a dentro dela.
Filipa tinha-se ajeitado de costas na cabeceira da cama e as suas pernas estavam em redor das minhas ancas e movendo-se cada vez mais para cima. Ela abraçava-me e beijava-me o pescoço.
O ritmo aumentou, tal como o nosso desejo pelo outro, sentíamos a aproximarmo-nos cada vez mais depressa dum clímax aguardado mas quisemos aguentar mais um pouco naquele enrolamento e mistura de corpos.
Acalmei então o ritmo com que a penetrava, baixei a minha cabeça pelo seu peito e lambia por onde passava. Deixei de a penetrar e comecei a mordiscar a sua barriga, descendo muito lentamente até às suas coxas, virei-a de barriga para baixo e passei a boca pelas suas nádegas. Esta escorregou suavemente de encontro aos seus lábios vaginais, estavam inchados e vermelhinhos, chupava-os e arrastava os dentes neles.
A Filipa começava a arfar e agarrou-se à cabeceira da cama. Coloquei uma almofada debaixo da sua barriga e levantei-lhe um pouco as ancas, posicionei-me por trás da minha querida e penetrei-lhe o pito até nos virmos. Filipa gritava que nem uma leoa e arrastou-me consigo na sua excitação.
Não aguentámos muito tempo até explodirmos de prazer, os nossos corpos trocavam um primeiro contacto e tinha sido tão forte, que tudo ficou preto diante dos meus olhos e somente sentia aquele enorme prazer proporcionado pela Filipa. Esta sorria e repousava agora deitada a meu lado na cama, o seu corpo ainda completamente nu, encantava os meus olhos que não descolavam dele.
Querida, foi bom para ti? - perguntei eu.
Foi! E para ti? - disse a Filipa, ainda arfando um pouco.
Sim, também. - respondi eu, abraçando-a contra o meu corpo.
Tu és uma doçura. - dizia-lhe eu, enquanto lhe beijava os lábios.
Adormecemos enrolados um no outro, aquecendo os nossos corpos com o calor de ambos.
Ouvimos a campainha tocar, deveria ser a Rute e só nos apercebemos na figura que nos encontrávamos assim que colocaram a chave na porta, seguiram-se passos pela casa e o barulho das vozes estava cada vez mais próximo de nós.
Tínhamos perdido completamente a noção do tempo, nada mais fazia sentido que senão o outro.
A Rute entrou pelo quarto e viu-nos naquela figura, completamente nus e abraçados, na sua cama.
Meteu as mãos à cabeça e disse mais de cinco caralhadas antes de fazer qualquer comentário que se percebesse. A Filipa levantou e foi ao banho, deixando-me ali sozinho com a Rute.
Rute saiu do quarto e disse para o pai ir buscar qualquer coisa ao carro, algo que se tinha esquecido, este vinha ainda a subir as escadas e não assistiu a nada constrangedor, excepto aos gritos da filha. Ela voltou ao quarto e perguntou-me que merda se estava ali a passar. Não sabia o que lhe responder, fiquei um pouco envergonhado com todo aquele aparato.
Posso vestir qualquer coisa entretanto? - perguntei eu.
Não! Ficas mesmo assim, não tiveste problemas em estar nu diante dela, agora conversas comigo assim. - respondeu a Rute, numa forma agressiva mas os seus lábios iam igualmente soltando um sorriso.
Está bem, como queiras. - disse eu, encostando-me na cama.
Realmente não chegou a haver conversa, a água já corria no banho da Filipa e a Rute mandou-me vestir assim que ouviu os passos do pai, subindo pelas escadas. Ela saiu do quarto para entreter o pai e eu vesti-me depressa, como se nada se tivesse passado.
Mas em todo o meu corpo ainda sentia o doce aroma da Filipa e nos meus lábios ainda escorria todo o seu amor. Era impossível reagir como se nada se tivesse passado, tinha sido tudo demasiado intenso e as coisas ainda estavam bastante quentes.
A Filipa voltou, enroladinha numa toalha que só lhe cobria uma curta parte do corpo.
Caminhava muito sensualmente pelo quarto fora e toda aquela vivacidade dos momentos anteriores, voltou num instante e fiquei novamente com vontade de a comer. Toda aquela sensualidade da Filipa fez com que eu ficasse de pau feito, a Rute notou o alto nas minhas calças e soltou um sorriso inocente.
Ela vestiu-se muito lentamente, cada peça de roupa demorava longos momentos a cair no seu corpo, provocava-me a cada movimento e também fazia aumentar os nervos da Rute tinha ficado um pouco chateada com toda aquela situação.
Voltaram ao estudo, o ponteiro do relógio aproximava-se das sete horas da tarde.
Já passava da minha hora de jantar, tinha sido convidado para uma concentração de carros naquela noite.
Despedi-me das meninas mas com a doce promessa que as iria voltar a ver em breve.
A Filipa disse logo que ficava mais uns dias em casa da Rute e assim poderíamos ver-nos sempre que quiséssemos. Convidei-as para saírem à noite e elas ficaram de responder depois de jantar, iriam caso tivessem estudado grande parte da matéria que tinham planeado.
Beijei os saborosos lábios da Filipa e passei a mão pelo cabelo da Rute, saí e fui jantar a minha casa.
Jantei e encostei-me um pouco no sofá, marquei o despertador do telemóvel para as 22h, não fosse adormecer entretanto. Tinha de estar na concentração de carros antes da meia-noite e de preferência na companhia das minhas queridas amigas.
Estava exausto pela grande foda na Filipa, a miúda tinha-me deixado de rastos e a mijar fininho.
Recostei-me no sofá e deixei-me adormecer, na esperança de voltar a acordar em breve.